segunda-feira, 6 de maio de 2013

"Anjos da Morte" dominam a Saúde Pública do Brasil


Flávio Azevedo

O médico Adalberto Siufi, segundo investigações, é um grande patife e deveria estar atrás da grades.
O Fantástico desse domingo (05/05) apresentou mais um escândalo na área da Saúde que me deixou com náuseas. A ânsia de vômito não foi motivada por nenhum vídeo de cirurgia, mas por conta da conduta de alguns médicos que estão sendo investigados por terem cobrado tratamentos que nunca foram realizados e por faturar sessões de quimioterapia realizadas em pacientes que já tinham ido a óbito há meses. Os abutres se dizem médicos e atuam hospitais públicos. Um homem morreu de câncer, mas o hospital cobrou pelo menos três sessões de quimioterapia depois do óbito. Vítima de um câncer na cabeça, um rapaz de 17 anos, um mês depois da morte, aparece como estando em tratamento.

E o fechamento do setor de radioterapia de um hospital público para beneficiar clínicas particulares? Também teve isso. Os crimes ocorreram no Hospital do Câncer de Mato Grosso do Sul e no hospital ligado a Universidade Federal do mesmo estado. Entre os investigados, os médicos José Carlos Dorsa Vieira Pontes e Adalberto Siufi. Dorsa era diretor do Hospital Universitário, e Siufi dirigia o hospital do câncer.

Segundo as investigações, José Carlos Dorsa é outro patife que deveria ser trancafiado e ter chave jogada fora.
As investigações mostram uma forma cruel de desvio de dinheiro público no Hospital Universitário. O setor de radioterapia, um dos principais tratamentos de combate ao câncer, teria sido fechado de propósito, para que os pacientes fossem tratados pelas clínicas privadas do grupo investigado. Com o atendimento interrompido no Hospital Universitário desde 2005, os pacientes com câncer passaram a ser encaminhados para o Hospital do Câncer.

Num relatório, a Polícia Federal afirma que se trata de um "conluio entre Adalberto Siufi e José Carlos Dorsa para manter desativada a radioterapia do Hospital Universitário para que os pacientes fossem encaminhados ao hospital do câncer e de lá para a clínica", do próprio Adalberto.

Segundo a Controladoria-Geral da União, a clínica particular do doutor Adalberto recebeu quase metade do que o Hospital do Câncer gastou entre 2008 e 2011. “Em quase R$ 25 milhões de contratos do hospital do câncer, temos R$ 11 milhões direcionados especificamente à empresa desse servidor”, ressalta Carlos Higino de Alencar, secretário-executivo da CGU.

O Fantástico entrevistou uma ex-funcionária, e segundo ela, os pacientes não recebiam corretamente os remédios para combater o câncer. “Os medicamentos eram prescritos em doses reduzidas e onde os pacientes assinavam as frequências e nem sempre era feitas as medicações. Então, eles tinham a frequência de que estavam ali, mas não recebiam a medicação devida”, diz a ex-funcionária.

Esse é o "Anjo da Morte" figura que representa, com clareza, vários operadores da Saúde no Brasil.
Diante de histórias como essa, que não nos surpreendem mais, as únicas coisas que podemos fazer é confirmar que o ser humano é mal, que a Justiça brasileira é ridícula, que os nossos políticos são coniventes e que nós, o povo, somos um bando de frouxos. Antes de você se escandalizar com as minhas declarações, saiba que na internet, inúmeras matérias sobre os investigados e a conivência dos poderes sobre esse assunto, me deixa muito a vontade para fazer tais afirmações!

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