Flávio Azevedo
O médico Adalberto Siufi, segundo investigações, é um grande patife e deveria estar atrás da grades. |
O Fantástico desse domingo (05/05) apresentou
mais um escândalo na área da Saúde que me deixou com náuseas. A ânsia de vômito
não foi motivada por nenhum vídeo de cirurgia, mas por conta da conduta de alguns
médicos que estão sendo investigados por terem cobrado tratamentos que nunca foram
realizados e por faturar sessões de quimioterapia realizadas em
pacientes que já tinham ido a óbito há meses. Os abutres se dizem médicos e
atuam hospitais públicos. Um homem morreu de câncer, mas o hospital cobrou pelo
menos três sessões de quimioterapia depois do óbito. Vítima de um câncer na
cabeça, um rapaz de 17 anos, um mês depois da morte, aparece como estando em tratamento.
E o fechamento
do setor de radioterapia de um hospital público para beneficiar clínicas
particulares? Também teve isso. Os crimes ocorreram no Hospital do Câncer de
Mato Grosso do Sul e no hospital ligado a Universidade Federal do mesmo estado.
Entre os investigados, os médicos José Carlos Dorsa Vieira Pontes e Adalberto
Siufi. Dorsa era diretor do Hospital Universitário, e Siufi dirigia o hospital
do câncer.
Segundo as investigações, José Carlos Dorsa é outro patife que deveria ser trancafiado e ter chave jogada fora. |
As
investigações mostram uma forma cruel de desvio de dinheiro público no Hospital
Universitário. O setor de radioterapia, um dos principais tratamentos de
combate ao câncer, teria sido fechado de propósito, para que os pacientes
fossem tratados pelas clínicas privadas do grupo investigado. Com o atendimento
interrompido no Hospital Universitário desde 2005, os pacientes com câncer
passaram a ser encaminhados para o Hospital do Câncer.
Num relatório,
a Polícia Federal afirma que se trata de um "conluio entre Adalberto Siufi
e José Carlos Dorsa para manter desativada a radioterapia do Hospital
Universitário para que os pacientes fossem encaminhados ao hospital do câncer e
de lá para a clínica", do próprio Adalberto.
Segundo a
Controladoria-Geral da União, a clínica particular do doutor Adalberto recebeu
quase metade do que o Hospital do Câncer gastou entre 2008 e 2011. “Em quase R$
25 milhões de contratos do hospital do câncer, temos R$ 11 milhões direcionados
especificamente à empresa desse servidor”, ressalta Carlos Higino de Alencar,
secretário-executivo da CGU.
O Fantástico entrevistou uma
ex-funcionária, e segundo ela, os pacientes não recebiam corretamente os
remédios para combater o câncer. “Os medicamentos eram prescritos em doses
reduzidas e onde os pacientes assinavam as frequências e nem sempre era feitas
as medicações. Então, eles tinham a frequência de que estavam ali, mas não recebiam
a medicação devida”, diz a ex-funcionária.
Esse é o "Anjo da Morte" figura que representa, com clareza, vários operadores da Saúde no Brasil. |
Diante de histórias como essa, que não
nos surpreendem mais, as únicas coisas que podemos fazer é confirmar que o ser
humano é mal, que a Justiça brasileira é ridícula, que os nossos políticos são
coniventes e que nós, o povo, somos um bando de frouxos. Antes de você se
escandalizar com as minhas declarações, saiba que na internet, inúmeras matérias
sobre os investigados e a conivência dos poderes sobre esse assunto, me deixa
muito a vontade para fazer tais afirmações!
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