A partir do documentário que fiz da minha visita ao ponto da Serra do Sambê onde no passado existiu uma colônia de Italianos, eu começo a receber novas informações, contato de netos de quem viveu naquele lugar e narrativas que enriquecem ainda mais esse patrimônio histórico cultural de Rio Bonito/RJ.
Um dos presentes que ganhei veio do amigo, músico e pesquisador, Marcelo Kaus; líder da Banda Maverick. Kaus é um apaixonado pela história da presença dos italianos na Serra do Sambê e estudioso de tudo que envolve a queda do Marimbá. O desastre aéreo aconteceu em 13/01/1939. Ele, inclusive, conheceu o filho de Severiano Lins, piloto da aeronave.
Entre as fotos que ele me envia está essa imagem de integrantes da família Ceccarelli (foto). Esse registro é da época em que o avião caiu. Começo a pensar que o desastre aéreo acabou dando visibilidade a colônia de italianos. Penso que se não fosse a queda do Marimbá muito pouco saberíamos da presença desse pessoal no sertão de Rio Bonito.
Chamo atenção para a estrutura da moradia. Uma casa de tábuas exatamente como narram os serranos que conheceram a “Casa Branca”, última construção dos italianos a desaparecer. O meu guia até o local, o glorioso, Pingo; conheceu a “Casa Branca” antes de ser demolida e descreve a moradia com detalhes que estão presentes nessa foto.
Não estou dizendo que essa moradia da foto é a “Casa Branca”, construção que acabou virando ponto de referência daquele trecho da Serra do Sambê, sobretudo entre aqueles que passavam por lá e não sabiam da presença italiana no local no início do século. Aqui uso a imagem para confirmar a narrativa de Pingo.
Diante disso tudo fica muito nítido que a construção demolida para dar lugar a pasto (é impossível não ficar aborrecido com isso) era um fragmento histórico importante e consequentemente um patrimônio que foi destruído. Vamos em frente! #flavioazevedo #riobonitotrilhas #turismodenatureza #CaminhosdeRioBonito
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