Flávio
Azevedo
Martin Luther King Júnior foi assassinado aos 39 anos e se tornou um ícone de liderança em todo mundo. |
O ativista e
líder religioso Martin Luther King Júnior nasceu em Atlanta em 15 de
janeiro de 1929. Ele tornou-se,
por conta da liderança que exercia sobre a comunidade negra, um dos mais
importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos EUA. Em 1955
ele liderou o boicote aos ônibus de Montgomery, porque uma mulher negra foi
presa por não ceder o lugar a uma pessoa branca. O boicote foi encerrado com a decisão da Suprema Corte Americana em
tornar ilegal a discriminação racial em transporte público.
Os seus esforços, sempre nessa direção,
culminaram na
mobilização conhecida como “Marcha sobre Washington”, fato ocorrido em 1963.
Nesse dia, no Memorial Lincoln, ele proferiu o célebre discurso “I Have a Dream”
(Eu Tenho um Sonho). Em 14 de outubro de 1964 ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz pelo
combate à desigualdade racial através da não violência. A partir daí a sua
influência se expandiu e a sua pregação contra a desigualdade, a pobreza e repudiando
a Guerra do Vietnã ganharam o mundo.
O ativista era seguidor das ideias de desobediência
civil não violentas defendidas pelo indiano Mahatma Gandhi. Segundo historiadores,
Martin Luther King percebeu que as manifestações organizadas, e, não violentas,
seriam atacadas com violência pelas autoridades racistas. Entretanto, ele
desconfiou que através da cobertura midiática o seu movimento ganharia a simpatia
da opinião pública, o que realmente aconteceu. Direito ao voto, o fim da
segregação e discriminações no trabalho e outros direitos civis básicos também
foram alvo dos seus esforços.
Martin Luther King era odiado por
muitos segregacionistas, o que foi confirmado com o seu assassinato,
ocorrido no dia 4 de abril de 1968, em Memphis, momentos
antes de uma marcha. Em 1986, 18 anos depois, foi estabelecido
um feriado nacional nos EUA para homenagear Martin Luther King, o chamado “Dia de Martin
Luther King”, comemorado sempre na terceira segunda-feira do mês
de janeiro. O racismo nos EUA, porém, é tão forte, que somente em 1993, o
feriado foi cumprido em todos os estados do país (sete anos depois de instituído).
Nenhum comentário:
Postar um comentário