segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Martin Luther King Jr., um exemplo de líder


Flávio Azevedo

Martin Luther King Júnior foi assassinado aos 39 anos e se tornou um ícone de liderança em todo mundo.
O ativista e líder religioso Martin Luther King Júnior nasceu em Atlanta em 15 de janeiro de 1929. Ele tornou-se, por conta da liderança que exercia sobre a comunidade negra, um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos EUA. Em 1955 ele liderou o boicote aos ônibus de Montgomery, porque uma mulher negra foi presa por não ceder o lugar a uma pessoa branca. O boicote foi encerrado com a decisão da Suprema Corte Americana em tornar ilegal a discriminação racial em transporte público.

Os seus esforços, sempre nessa direção, culminaram na mobilização conhecida como “Marcha sobre Washington”, fato ocorrido em 1963. Nesse dia, no Memorial Lincoln, ele proferiu o célebre discurso “I Have a Dream” (Eu Tenho um Sonho). Em 14 de outubro de 1964 ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz pelo combate à desigualdade racial através da não violência. A partir daí a sua influência se expandiu e a sua pregação contra a desigualdade, a pobreza e repudiando a Guerra do Vietnã ganharam o mundo.

O ativista era seguidor das ideias de desobediência civil não violentas defendidas pelo indiano Mahatma Gandhi. Segundo historiadores, Martin Luther King percebeu que as manifestações organizadas, e, não violentas, seriam atacadas com violência pelas autoridades racistas. Entretanto, ele desconfiou que através da cobertura midiática o seu movimento ganharia a simpatia da opinião pública, o que realmente aconteceu. Direito ao voto, o fim da segregação e discriminações no trabalho e outros direitos civis básicos também foram alvo dos seus esforços.

Martin Luther King era odiado por muitos segregacionistas, o que foi confirmado com o seu assassinato, ocorrido no dia 4 de abril de 1968, em Memphis, momentos antes de uma marcha. Em 1986, 18 anos depois, foi estabelecido um feriado nacional nos EUA para homenagear Martin Luther King, o chamado “Dia de Martin Luther King”, comemorado sempre na terceira segunda-feira do mês de janeiro. O racismo nos EUA, porém, é tão forte, que somente em 1993, o feriado foi cumprido em todos os estados do país (sete anos depois de instituído).

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