domingo, 20 de janeiro de 2013

É preciso confiar em Deus e continuar marchando


Flávio Azevedo

Miraculosamente as águas do mar se abriram e uma avenida foi criada para que os israelitas passassem.
Uma das histórias mais significativas da Bíblia está escrita no livro de Êxodo. Os primeiros capítulos dão um panorama dos 430 anos de escravidão dos israelitas no Egito, nação considerada o berço da civilização moderna. O sofrimento dos cativos era grande. Aliás, boa parte das pirâmides e outras maravilhas do Egito antigo contam com mão de obra escrava dos israelitas e outros povos. A narrativa bíblica diz que com o objetivo acabar com esse cativeiro, Deus chamou Moisés para liderar os israelitas. Faráo discordou, mas depois de muitos flagelos, ele autorizou a partida dos israelitas.

Ao ver, porém, toda aquela mão de obra, gratuita, indo embora, faraó se arrependeu e enviou os seus exércitos em busca dos israelitas. A missão dos generais era trazer os escravos de volta. Ao ver os soldados inimigos se aproximando, diz o capítulo 14 que os filhos de Israel temeram. O temor era compreensível, porque se na retaguarda os soldados se aproximavam, diante deles estava o mar vermelho e, ao lado, eles estavam cercados por montanhas.

Ao ver o povo com medo e lamentando a sorte, Moisés consultou a Deus, que respondeu: “Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marche”. Alguns podem ter pensado: “Mas marchar para dentro d’água? Como assim?”. Segundo o relato bíblico, Moisés ergueu os braços, o mar se dividiu e uma estrada de areia se abriu diante dos israelitas. Quando o último israelita alcançou a margem oposta, Deus ordenou que Moisés estendesse novamente a mão sobre o mar para que as águas retornassem ao seu lugar. Moisés obedeceu e os egípcios se afogaram. O relato bíblico diz que “nenhum deles ficou”.

Na tentativa de capturar os israelitas, o exército de faraó se afogou 
Diante dessa narrativa, que lições nós podemos tirar? Primeiro: o contato que Moisés demonstra ter com Deus. A verdade é que Deus quer ter o mesmo contato conosco nos dias atuais. Basta ter fé, consagração e comunhão. Segundo: diante de cada problema que nos aflige, é sempre importante consultarmos a opinião de Deus. Eu não tenho dúvida que se abrirmos os ouvidos da fé, certamente iremos ouvir de Deus a seguinte ordem: “marche!”.

O livro de Mateus, no capitulo 24, verso 13, o evangelista escreve parte de um dos sermões de Jesus Cristo. Nesse trecho o mestre disse que “aquele que perseverar até o fim será salvo”. Perseverança, um termo pouco conhecido nos dias atuais, onde segundo o polonês Zygmunt Bauman, tudo é líquido, tudo é relativo, tudo é volátil, porque a correria dos tempos modernos ofuscou a perseverança. Sendo assim, se um problema lhe aflige, lembre-se sempre que a orientação de divina para nós é: “continue marchando”.

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