Flávio Azevedo
Ao lado de Matheus Neto (D), o ex-prefeito José Luiz Antunes se defendeu das acusações de “má gestão” em contra atacou: “ela não gosta de pagar”. |
Com o objetivo de responder as
críticas da prefeita Solange Almeida, em entrevista coletiva concedida no dia 3
de janeiro, o ex-prefeito José Luiz Antunes convocou à imprensa local, na tarde
do último dia 31 de janeiro, para apresentar a sua versão dos fatos. Ao lado do
seu vice-prefeito, Matheus Neto, ele afirmou que deixou em caixa, saldo de R$
12 milhões, que poderiam ser utilizados para efetuar o pagamento dos servidores
municipais; confirmou dívida (restos a pagar) de R$ 15 milhões; e informou que
quando assumiu a gestão do município em 2005, ele também pagou os meses de
dezembro e janeiro dos efetivos e contratados, “porque ela também não pagou os
efetivos e contratados do tempo dela”.
O ex-prefeito destacou que antes de
sair, em 31 de dezembro de 2004, a então prefeita também pagou os salários e
décimo terceiros dela e de todo seu staff, “mas deixou os efetivos sem
pagamento, tanto é que em janeiro eu paguei duas folhas salariais”. O antigo
chefe do executivo chamou a sua sucessora de “mal pagadora” e anunciou que
ingressaria com ação no Ministério Público, caso os salários de dezembro não fossem
efetuados até 05/02, “porque eu deixei dinheiro para ela fazer os pagamentos”.
– Eu classifico como uma grande
covardia o que está sendo feito com o servidor. Acredito que seja nosso dever
dar ciência a sociedade sobre o que está acontecendo. Ela fala em herança
maldita, mas será que não tem herança bendita não? Quando ela divulga que vai
pagar os servidores até março, isso não é desrespeito apenas com o servidor,
mas com a sociedade, inclusive, o comércio, que depende desses salários. Ou
seja, essa atitude prejudica o município como um todo – destaca o ex-prefeito,
acrescentando que “esse tipo de argumentação demonstra que ela é ruim de
paga... Ela não gosta é de pagar”.
Criticado pela prefeita Solange
Almeida por ter efetuado o pagamento do décimo terceiro salário dele, do vice e
de todo seu staff de trabalho, o prefeito não foge da crítica, mas afirma que
“ela agiu da mesma forma em 2004”.
– Essa é a diferença da gestão
anterior e a gestão atual. Eu lembro que quando assumi o meu mandato em 1º de
janeiro de 2005, a prefeita havia recebido o salário dela, o décimo terceiro dela
e pagou todos os comissionados dela. Se eu não pago os meus seria difícil eles receberem.
Porém, quem pagou os efetivos e contratados em 2005 foi a minha administração.
Com a arrecadação de janeiro, nós pagamos duas folhas de pagamento. Eu não
entendo a razão dela estar nos apedrejando, se ela fez a mesma coisa em 2004.
Além disso, se a situação da Prefeitura é tão crítica, não adianta ficar
falando muito, tem que trabalhar e mostrar número – desafiou.
Dando continuidade as suas
considerações, o ex-prefeito classificou como “inverdades”, as colocações da
prefeita sobre desabastecimentos do Hospital Colônia e Residências
Terapêuticas. Ainda segundo Mandiocão, o corte de energia do prédio da
Prefeitura, numa sexta-feira (28/12), foi uma artimanha política. “A Prefeitura
devia, nós reconhecemos, mas os números apresentados pela Ampla (R$ 300 mil) eram
superiores ao que nós entendíamos como correto (cerca de R$ 100 mil)”. Sobre o
Instituto de Previdências dos Servidores, o ex-prefeito reconhece a existência
de uma dívida, “que não é pequena”, mas argumenta que “nós herdamos uma dívida
de R$ 40 milhões, que começou na administração dela”, disparou.
Matheus
Neto
Também comentou as declarações da
prefeita o então vice-prefeito, Matheus Neto, destacando que no mês de janeiro
a ideia era não fazer crítica, por entenderem (ele e José Luiz) que é uma
gestão que está apenas iniciando e que precisa de tempo. “E não estamos aqui
para criticar, o que nós não podemos admitir é a covardia que está sendo feita
com os servidores municipais. Se ficou restos a pagar, também ficaram, em
conta, saldos para fazer os pagamentos. O que eu entendo é que estão querendo
manchar a imagem de uma administração que foi uma marca para o patrimônio
público municipal”.
Ainda com o discurso afiado por ter
sido o candidato do prefeito José Luiz nas eleições municipais de sete de
outubro, Matheus Neto destaca que “para ela pode ser normal falar em processo,
porque ela sabe o que é responder os inúmeros processos que ela responde, mas não
vamos permitir que ela associe a nossa imagem a dela”.
– Se isso que nós estamos falando não
é verdade, que ela mostre os extratos bancários. A covardia com o servidor fez
com que nós, que havíamos tirado o mês de janeiro para descansar, sem querer
fazer nenhum tipo de crítica ao novo governo, viéssemos aqui nos apresentar
perante a população, porque embora nós tenhamos sido derrotados nas últimas
eleições, nós temos responsabilidade com os nossos eleitores – disparou
Matheus.
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