Flávio Azevedo
Por cerca de 15 anos este jornalista trabalhou como técnico de enfermagem. Nos últimos anos a serviço da profissão, ele atuou no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). |
A nossa seguidora Vanessa
Lessa, indignada, postou no meu perfil no Facebook que por conta de problemas
de Saúde, uma pessoa de Rio Bonito, no último fim de semana (16 e 17/02) precisou
recorrer ao município de Tanguá, porque em Rio Bonito não havia médico de
plantão. Sobre esse problema, eu primeiro destaquei que o governo que era ruim
para a Saúde já se foi há 49 dias e os médicos continuam sumindo. Ué...! O que
estará acontecendo?
Bom, aproveitei a
ocasião para dar um desabafo nos puxa-sacos e boca abertas que apoiam o atual
governo. É sempre bom lembrar que, sobre Saúde, a postura que eu tinha no
governo anterior está mantida. Quando eu dizia que os
problemas da Saúde (sobretudo falta de profissionais médicos) nem sempre é de
quem está sentado na cadeira do Executivo ou comandando a Secretaria Municipal de
Saúde, as pessoas me chamavam de protetor de secretário!
Aliás, quem diria! O sujeito sair de Rio Bonito para buscar
atendimento em Tanguá! Quando eu trabalhava no SAMU, sempre fazia atendimento
em Tanguá, Itaboraí e Silva Jardim. Nesses municípios, as pessoas,
simplesmente, imploravam para serem removidas para o hospital de Rio Bonito (Darcy
Vargas)!
Como se não bastasse, a nossa também seguidora, Rita Teixeira; comenta
na mesma postagem da Vanessa, que, em Silva Jardim, município onde ela
trabalha, as pessoas continuam pedindo para serem trazidas para Rio Bonito; “e
isso aconteceu no sábado (16/02)”. Porém, ela foi parar em Niterói com uma
gestante, porque em Rio Bonito não tinha um obstetra de plantão. Em Itaboraí, a
terra do Comperj, ela conseguiu apenas uma avaliação, mas vaga que é bom nada.
Foram seis horas com a paciente na ambulância, já que em Silva Jardim também não
tinha o tal especialista.
Eu, Flávio Azevedo, que por vários anos trabalhei como técnico de
enfermagem, confesso que conheço bem essa história. Sei o que é ficar 12h com
um paciente moribundo no "camburão" da SAMU! Por conta disso, em 2007
ou 2008, eu fui à Central da SAMU em Niterói, falei um monte de desaforos para
quem coordenava o serviço; ouvi também um monte de impropérios e absurdos; e resolvi, definitivamente, virar
jornalista (estava na faculdade e já exercia a função), por entender que aqui
eu incomodo muito mais e consigo interferir de maneira importante nesse
processo perverso e politiqueiro!
Recomendo a leitura do texto “Faltam Médicos e Respeito” escrito e publicado
aqui nesse espaço em abril de 2012. No link a seguir:
http://jornalistaflavioazevedo.blogspot.com.br/2012/04/hipocrisia-na-saude.html
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