Por Flávio Azevedo
Em 2011, a intenção do Ministério do Desenvolvimento Social é dobrar para quase 58 mil o número de alunos atendidos pelo Programa de Mobilização Nacional da Indústria do Petróleo (Prominp). No Estado do Rio de Janeiro já foram atendidas 11 mil pessoas. O Rio deverá manter a dianteira na concentração de vagas, num universo de 32 mil matriculados no último ciclo de cursos. Previstas para o segundo semestre de 2011, ainda não se sabe o número exato de quantos serão beneficiados com aulas gratuitas de reforço em Português, Matemática e Raciocínio Lógico.
Segundo o secretário de Articulação para Inclusão Produtiva do ministério, Ronaldo Coutinho Garcia, isso depende de quantas pessoas a Petrobras vai qualificar no próximo ciclo. “Se fosse pelos números de hoje, em que o Prominp pretende formar 29 mil, seriam 58 mil”.
– O objetivo é assegurar aos beneficiados pelo programa Bolsa Família, a chance de fazer um curso de alta qualidade e colocação no mercado de trabalho em setores que estão em franco crescimento. O programa visa mudar, radicalmente, a condição de vida dessas pessoas – analisou Garcia.
O índice de aproveitamento dos alunos que passam pelo Prominp é de 81% no mercado formal, sendo 68% na indústria do petróleo. É o caso do universitário Alan Costa, de 24 anos, morador do Centro de Rio Bonito, que depois de fazer um dos cursos do Prominp conseguiu colocação no mercado de trabalho.
– Na verdade, eu não estou trabalhando na área que eu estudei, mas durante o curso, você tem a oportunidade de conhecer pessoas, fazer amizades e criar novos vínculos que se tornam contatos importantes para que você consiga emprego –, pontua o universitário, que dá uma dica para quem pretende fazer o Prominp. “Em sala de aula, além do aprendizado, você recebe informações sobre outros cursos para melhorar a sua qualificação e melhorar o currículo. Tem gente que faz um curso e para, mas tem que continuar estudando e se qualificando”.
O Prominp, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, foi instituído pelo Governo Federal com o objetivo de maximizar a participação da indústria nacional de bens e serviços, em bases competitivas e sustentáveis, na implantação de projetos de petróleo e gás natural no Brasil e no exterior.
Geração de emprego
No início de dezembro, o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, apresentou durante a abertura do seminário “Pré-sal – um novo marco para o Rio”, os benefícios que o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) vai proporcionar a região.
Com a terraplanagem concluída e as obras civis para implantação da primeira de duas refinarias já iniciadas, o empreendimento deve gerar, segundo Paulo Roberto, 25 mil empregos diretos durante a fase de obras. Ele também destacou os impactos diretos e indiretos do Comperj na economia local. “Serão 200 mil beneficiados. Vamos precisar de hotelaria, transportes, alimentação e teremos obras por, no mínimo, 10 anos, e precisamos ter suporte para isso tudo”.
O executivo afirmou que 5 mil pessoas já passaram por cursos de formação para trabalhar nas obras, e que entre 75% e 80% dos qualificados estão trabalhando para empresas que prestam serviços à Petrobras.
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