sábado, 17 de agosto de 2019

Papo de Boteco no “Bar do Mineiro” em Rio Bonito

Flávio Azevedo
O jornalista, Flávio Azevedo; e o comerciante, José Carlos Gomes Novais, o Mineiro.
Radinho tocando música popular, o velho balcão frigorífico, ao fundo a cozinha, onde tira-gostos e comidas muito específicas são preparados. Atento ao movimento de pessoas, sempre alerta a quem chega, sai e passa, o comerciante, José Carlos Gomes Novais, o “Mineiro”; há 31 anos comanda um dos botecos mais tradicionais de Rio Bonito. Ele se estabeleceu no local numa época que a palavra empreendedorismo ainda não constava no dicionário. Habituado aos números e com a experiência de bancário decidiu empreender.

O ano era 1988. Recém-chegado de Minas Gerais, com esposa e dois filhos pequenos, a solução para acabar com a procura por emprego foi abrir o próprio negócio. Numa das ruas mais movimentadas do Centro de Rio Bonito, a Dr. Francisco de Souza, nasceu o “Bar do Mineiro”, espaço que acolhe um público muito específico e que assim como os antigos botecos vagarosamente desaparecem e sucumbem diante das mudanças impostas pela modernidade, pelas sofisticadas lanchonetes e requintados cafés.

Os novos modelos vão fazendo ficar pra trás um modelo muito especifico de estabelecimentos, as instalações simples, as vezes, rústicas, mas acolhedora e tradicional em toda e qualquer cidade.
– Aqui eu tenho o tradicional boteco, o cospe grosso e tenho uma clientela maravilhosa. Gente interiorana que senta aqui bebe, come, não reclama, paga, não pesquisa preço. Recebo aqui pessoas simples e humildes que saem daqui deixando alegria e levando esperança. Eu não tenho nenhuma vontade de mudar essas instalações, porque essa é a alma desse lugar – conta Mineiro, um sujeito sempre alegre e simpático que recebe a todos sempre com muito gosto.
Pensando sempre em trazer novidades para os nossos seguidores, a ideia, agora, é produzir uma série de reportagens inesperadas dando protagonismo a figuras simples, pessoas humildes, lugares inusitados e anônimos que por vezes sem saber ajudam a construir um Brasil de dimensões continentais que está sempre em ebulição.

Convido você a conferir a primeira reportagem do nosso quadro “Papo de Boteco” que estreia conversando com um dono de boteco, o amigo “Mineiro”. Vamos em frente! #flavioazevedo

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