Flávio Azevedo
A celeuma do dia outra vez alcança o poder Judiciário e novamente quem protagoniza a máfia da vez é o Supremo Tribunal Federal (STF) onde magistrados picaretas estão encastelados decidindo contra o cidadão, contra a decência, contra o Brasil. Alguém fica surpreso quando vê ministros da Suprema Corte se achando deuses? É claro que ninguém vai duvidar, sobretudo se você conhece serviçais do referido poder que se comportam como ministros do STF fossem.
Desço aqui ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), para lembrar que nessa Casa uma prefeita que deveria ter sido afastada no seu segundo ano de mandato, por força do seu partido, acabou concluindo os quatro anos de mandato trazendo prejuízos para o município. A mão amiga da vez foi do ministro, Napoleão Nunes Maia Filho; que com adiamentos, pedidos de Vista, estratagemas e malandragens, manteve uma condenada no poder durante todo mandato. Esse é outro que pensa ser Deus.
Dito isso, desço um pouco mais. Agora, na instância estadual, para lembrar que no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em setembro de 2016, uma decisão picareta, durante a madrugada, para atender o capricho e o pedido de um amigo, tornou possível a candidatura de um candidato a prefeito ficha suja que tinha contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e Câmara Municipal. A suspeitíssima decisão foi do desembargador Siro Darlan.
Não satisfeitos com essa grande sacanagem, três meses depois, em dezembro, a decisão de Siro Darlan foi confirmada pela desembargadora, Renata Cotta; também atendendo o fisiologismo da Casa. Para quem não lembra ela deferiu a vitória sub judice do referido prefeito ficha suja. Aliás, aos que não se lembram o que houve eu refresco a memória: o Judiciário invadiu o poder Legislativo municipal e cancelou o Ato de rejeição das contas do candidato picareta. A decisão, se você não leu, me pareceu mais uma advocacia administrativa que uma decisão judicial. Esse tipo de interferência só parte de quem acha que é Deus. Ou seja, esse tipo de picaretagem percebida no STF se repete em outras instâncias.
Todavia, a primeira instância também tem os seus deuses bizarros. Meses atrás, uma jovem riobonitense chamada para estagiar na Comarca local através de uma empresa que presta serviço para o Tribunal de Justiça selecionando candidatos, acabou não sendo aproveitada, porque um servidor já tinha destinado a vaga para alguém. A desculpa encontrada para descartar a candidata que havia sido selecionada pela empresa, mas fora da vontade da tradicional panela, foi alegar que o horário disponível da estagiaria não era compatível com as necessidades do setor.
É claro que essa rigidez com horários só aparece quando não existe interesse em aproveitar o estagiário. Nós sabemos que quando a pessoa é apadrinhada por alguém da panela ou figurão, o estagiário será aceito e se não tiver vaga ou horário alguém dará um jeito nem que seja para esquentar a água do cafezinho consumido pelo Policial Militar que está de plantão na Comarca.
Eu detesto esse costume de criticar assuntos de Brasília, quando pertinho de nós crimes e falhas cabeludas acontecem. Mas por que assuntos locais não são abordados com a mesma ênfase que se ataca temas distantes? Simples! Porque é possível encontrar o picareta da vez no mercado, na barbearia, na padaria, na lanchonete, na fila do banco, na igreja ou na festinha de um amigo. Ou seja, o espírito vaselina, marca das cidades interioranas, fala mais alto e aberrações locais passam despercebidas e ofuscadas por temas nacionais como se por aqui na cidade pequena vivêssemos num mosteiro.
Mas vamos em frente! #flavioazevedo
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