Flávio Azevedo
O vereador Humberto Belgues defende o seu ponto de vista da tribuna da Câmara. |
Em 2012, o pião da legenda deixou de fora da Câmara Municipal de Vereadores de Rio Bonito, o funcionário público, Humberto Belgues (PSL); que retorna esse ano a Casa Legislativa e tem afirmado da tribuna da Câmara que retornou disposto a mostrar serviço. Logo na primeira sessão ordinária de 2017, realizada no dia 16/02, o parlamentar fez algumas críticas ao governo anterior e disse que “se eu fosse vereador na legislatura passada, vários erros cometidos pela ex-prefeita teriam sido evitados, porque eu não deixaria certas coisas acontecerem”.
– Quando a Câmara de Vereadores fiscaliza e age com firmeza, o prefeito erra menos e quem ganha é o município. Já estamos atentos ao mandato do prefeito, José Luiz Antunes (PP); para ajudá-lo a não cometer erros como aconteceu com a sua antecessora. Tem gente que me rotula como oposição, por conta dessa postura, o que não me deixa nem um pouco chateado, uma vez que a minha preocupação é com Rio Bonito e nosso povo – disse o vereador, que já está provocando polêmicas desde os primeiros dias de mandato.
Na sessão legislativa do dia 21 de fevereiro, Humberto apontou falhas no processo seletivo que a Prefeitura está fazendo para Secretaria Municipal de Promoção Social. Segundo o parlamentar, a ausência de vagas para pessoas com necessidades especiais pode cancelar o certame. Ele afirmou que o processo seletivo está sendo realizado em prazo muito curto para que toda população tivesse conhecimento. O vereador disse ainda, que a prova foi marcada para uma data muito próxima as inscrições e tudo isso pode cancelar o certame.
– Eu não estou pedindo o cancelamento do processo seletivo, mas que ele seja readequado, porque da maneira que está, se algum candidato se sentir prejudicado e recorrer a Justiça, certamente conseguirá anular. As pessoas com necessidades especiais foram excluídas, o que é uma falha grave num tempo em que tanto se fala de inclusão – disparou o vereador, ressaltando que embora saiba que será criticado pelos simpatizantes do governo, “esse é o meu papel e que essas falhas não se repitam nos próximos processos seletivos”.
A Prefeitura Municipal de Rio Bonito (PMRB) acabou adiando a data da prova de 24/02, para 12/03, porque cerca de 2 mil pessoas se inscreveram para concorrer as 67 vagas oferecidas. O vereador Humberto Belgues aproveitou para falar do polêmico concurso público realizado pela PMRB em 2016.
– É esse tipo de postura que eu adoto ajuda a evitar os erros. Muita gente até hoje critica o que aconteceu no concurso feito pela PMRB ano passado. Existe suspeita de fraudes, o certamente acabou sendo cancelado e o caso está sendo investigado pelo Ministério Público (MP). É exatamente por essa razão que eu estou aqui apontando essas falhas. Para que evitar que se repita o constrangimento que aconteceu nesse concurso da Prefeitura, uma vergonha para todos nós – explicou o vereador.
Outras questões
Na sessão Legislativa seguinte, Humberto Belgues criticou a intempestividade do Decreto que proibiu, durante os festejos de Carnaval, a comercialização de bebidas em garrafas no Mercado Municipal.
– Nós sabemos que essa proibição é uma prática normal em eventos maiores, mas o Decreto deveria ter sido publicado há cerca de duas semanas, porque, agora, os comerciantes já compraram os seus produtos e como vão fazer? Fechar as portas? – questionou Humberto, que disse estar cansado de ver tanto erro. “Tem dia que eu resolvo não dizer nada, porque quanto mais falamos mais o governo erra, mas eu não consigo ficar quieto, não é da minha natureza e eles não aprendem”, dispara o vereador, reiterando que “o prefeito e experiente, mas muita coisa mudou”.
Outra polêmica que tem sido comentada pelo vereador é relacionada ao contrato entre a PMRB e a casa de festas Espaço Ceccarelli, que o prefeito teria dito em reunião com os vereadores, que a PMRM pagava R$ 40 mil mensais aos proprietáris do espaço. O parlamentar destacou que o valor não era esse e que a Câmara segue aguardando o envio do contrato para análise dos edis. “Não estavam encontrando o processo, mas eu fui lá, encontrei e olha que eu nem fazia parte do staff de trabalho da gestão anterior! O prefeito é experiente, mas isso não é suficiente para ver tudo sozinho. Além disso, ele precisa estar mais bem assessorado e principalmente dialogar mais com a Câmara e com a sociedade”, concluiu.
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