quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mais uma da empresa São Geraldo

Flávio Azevedo

Depois de alguns dias de descanso, eu retomo às minhas atividades. Confesso que ainda meio sonolento, mas esperançoso de que o mundo tenha mudado – para melhor é claro! Entretanto, embora nós tenhamos um novo campeão no Carnaval Carioca (Unidos da Tijuca) e o Vasco tenha, finalmente, vencido o Flamengo, a impressão que tenho é que essas são as únicas novidades. Em Rio Bonito tudo continua como antes... Ou seja, ruim!

Por exemplo, no Facebook, no Grupo Rio Bonito, encontro o triste desabafo de um cidadão chamado Antonio Rogério Damasco Escudeiro, de 64 anos. Ele reclama – e não é a primeira vez que ouço essa reclamação – do trato da empresa São Geraldo com os idosos.

Aliás, a empresa também é alvo de reclamação dos alunos do Espaço Municipal de Ensino Supletivo (EMES). Segundo os estudantes, os coletivos da referida empresa não transportam os alunos do EMES porque a unidade não é considerada pela direção da empresa uma escola regular.

Mas vamos ao que escreveu o nosso amigo Rogério Escudeiro:

“Os idosos são vítimas dos mais diversos tipos de violência. Estas variam de insultos e agressões verbais nos transportes ou instituições públicas e privadas; e as decorrentes de políticas socioeconômicas que reforçam as desigualdades presentes na sociedade (violência social).

São poucas as informações e estudos sobre a percepção social e, principalmente, a falta de conhecimento da legislação em vigor sobre o direito de ir e vir de doentes portadores de deficiência física.

Sou portador de Diabetes Melitus, tipo II, com neuropatia de membros inferiores. Tive um Acidente Vascular Cerebral (AVC) há quatro meses, que provocou uma hemiparesia à esquerda.

Faço acompanhamento psiquiátrico, psicológico e fisioterápico no Centro de Reabilitação, na Bela Vista, três vezes por semana. Tenho que deslocar-me varias vezes para atendimento médico no Ambulatório Municipal Loyola.

Dei entrada, no dia 24/11/2011, no Instituto Leão XIII, em Rio Bonito com todos o LAUDOS MEDICOS. Deram-me um protocolo da solicitação do vale social que é aceito em varias empresas de transportes urbanos, como Barcas e Metrô, no Rio de Janeiro.

Somente a empresa SÃO GERALDO, DE RIO BONITO NÃO ACEITA. Hoje, necessitando fazer Fisioterapia, passei por constrangimento, por um fiscal mal preparado que falou em voz alta “se eu desconhecia que o tal protocolo não me dava o direito de entrar pela porta traseira do ônibus. Que isto era ordem da administração”.

Hoje sou dependente dos meus familiares e não tenho como arcar com todas estas despesas. E, principalmente, e um direito legal jurídico que nos da a Constituição Brasileira.

Portanto, fica aqui a minha revolta por tamanha falta de respeito a esta empresa que presta serviço a população riobonitense”.


Esse tipo de reclamação, inclusive, já foi tratado no Conselho Comunitário de Segurança (CCS), quando uma pessoa abordou a insegurança que atinge os idosos não só nos assaltos e saidinhas de banco, “mas principalmente quando nós temos os nossos direitos desrespeitados; e isso acontece sempre”, disse a reclamante.

Se eu já ouvi essa reclamação mais de uma dúzia de vezes, será que as autoridades não sabem desse problema? Se a diretora do EMES, a professora Suely de Paula, já vem abordando esse assunto há tanto tempo, levando, inclusive, ao conhecimento da Secretaria de Educação e Cultura (Semec), será que as demais autoridades do nosso município não tem conhecimento disso?

O que está acontecendo? Parafraseando o vereador Aliézio Mendonça (PP), a impressão que temos é que a administração da nossa cidade sofre de uma TETRAPLEGIA IRREVERSÍVEL. A pergunta que fica é: “até quando nós riobonitenses continuaremos reféns dessas empresas que gerenciam o município no lugar das autoridades competentes”?

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