sábado, 4 de fevereiro de 2012

Morre Marquinho Calil

Flávio Azevedo

E o setor cultural de Rio Bonito perde mais um do seus abnegados representantes: o escritor Marco Antônio Calil Tannos, ou simplesmente, Marquinho Calil, como era mais conhecido. Marquinho tinha 56 anos e foi encontrado morto, na tarde ontem (3 de fevereiro), no interior do seu carro, em Icarái/Niterói. Segundo fontes próximas a Marquinho, que era diabético, ele estava com uma seringa de insulina nas mãos quando foi encontrado.
– Em casa, várias vezes Marquinho passou mal, desmaiou e no Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV), o médico diagnosticava hiperglicemia (aumento do açúcar no sangue). Ele ficava internado um ou dois dias, se recuperava, voltava para casa, mas não se cuidava e não atendia as recomendações médicas – revela a nossa fonte.

A versão, porém, é constestada pela familiar Livia Calil, que em postagem no Facebook esclarece que o escritor realmente foi encontrado morto, mas não possuía seringa nas mãos. “Existia no carro uma caixinha de isopor com a seringa e insulina, pois ele diariamente precisava utilizá-la”, esclarece.

Especula-se que Marquinho poderia ter sentido algum mal-estar e, conhecedor do seu problema de Saúde, tenha vindo até o carro tomar uma dose de insulina (era diabético), mas sofreu um ataque cardíaco antes de conseguir se medicar. A família ainda aguarda a liberação do corpo, que está no Instituto Médico Legal (IML), de Tribobó, e anuncia o sepultamento para o Jardim das Acácias, hoje (04/02), às 15h.

Memória

Nascido em nove de maio de 1955, Marquinho Calil, entre muitas ações importantes para o fortalecimento da Cultura riobonitense e da tradição sirolibanesa, sobretudo das famílias que escolheram Rio Bonito para viver, lançou no dia 29 de maio de 2009, no Centro Cultural da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), de Rio Bonito, o livro “Saudades do Monte Líbano”, onde ele narra a chegada dos seus avós (Ana e Nagem Calil) ao Brasil.

Além da viagem que quase foi fatal para o casal de imigrantes, o livro de 132 páginas tem poemas de Gibran Khalil Gibran e narra a adaptação do casal a uma nova cultura. A obra também conta como o casal chegou à cidade de Rio Bonito. As fotografias do acervo particular da família é outra atração da obra que foi escrita em conformidade com o manuscrito de Francisco Calil, filho de Ana e Nagem Calil.

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