Flávio Azevedo
Um cidadão corajoso está fazendo, já há alguns dias, lotada, com uma Doblô, para a Serra do Sambê. O preço é popular (R$ 1,00). A tarifa do ônibus é R$ 1,80. Os moradores do bairro estão muito satisfeitos e desejando vida longa ao novo serviço. Avisamos ao corajoso cidadão, que o grupo de mídias “O TEMPO EM RIO BONITO” está com ele e caso queiram impedi-lo de trabalhar, nós vamos para dentro. A cobrança às autoridades será no sentido de exigir da empresa, melhor prestação de serviço. Já o poder público deverá legalizar as linhas alternativas para bairros que não são atendidos porque a empresa considera deficitário.
O monopólio da empresa que explora o Transporte Público de Rio Bonito, diga-se de passagem, com péssimos serviços, precisa acabar. Que surjam outros corajosos para fazerem lotadas para bairros como Green Valley, Jacuba, Boqueirão, Rio Vermelho, Braçanã e muitos outros pontos que sofrem com o desserviço da referida empresa.
Em ano eleitoral e com inúmeros compromissos de bastidores que envolvem o setor (Transporte Público), acreditamos que logo nós teremos notícias de primeira página.
Repercussão
No Facebook, o apoio a iniciativa do “Corajoso da Serra”, nome que já foi dado ao proprietário do Doblô, é geral. Entre os muitos comentários favoráveis, está o da internauta Denise Campos, que chama o cidadão de “empreendedor” por ter, segundo ela, “uma admirável atitude”.
– Atitude de Empreendedor, vendo oportunidade nas necessidades e dando suporte. Que este cidadão procure os órgãos competentes e se legalize nesta missão. Estamos com você! O povo destes bairros é muito sofrido. Em dias de sol quente e chuva, eles andam quilômetros a pé... Parabéns pela iniciativa – comenta.
A internauta Rosilaine Cunha, que se identifica como moradora da Cidade Nova, diz que “podia ter (lotada) para todos os bairros, porque eu que moro na Cidade Nova, ando de ônibus e fico, às vezes, 40min esperando uma condução”.
Já a internauta Simone Braga, moradora da Serra do Sambê, espera que o serviço não seja proibido pelos órgãos do governo.
– Espero, sinceramente, que não tentem tirá-lo, porque em todas as outras cidades tem lotada e é muito bom os moradores. Imagina neste sol que tem feito, esperar 1h por uma condução para um lugar como a Serra, que está a 15 minutos do centro? Sem contar que no horário mais quente (entre 1h às 3h) não tem ônibus – reclama a internauta.
A moradora da Serra também aponta outra questão crucial, o valor da tarifa cobrada aos usuários do ônibus que faz a linha do bairro. “Tem também a questão da passagem, que acho um absurdo ter o mesmo valor da linha do centro para o Basílio (por exemplo). Digo em relação à distância. Boa Sorte ao cidadão que teve compaixão dos moradores da Serra do Sambê e espero que outros tenham a mesma coragem em outros bairros também”, finaliza.
O último depoimento é da internauta Elyane Marinho, que aborda o suplício dos usuários e deixa claro o desrespeito da empresa com os passageiros, de acordo com ela, “principalmente no horário do almoço”.
– Ontem fui para o ponto às 12h35min e se não fosse uma carona chegaria atrasada no trabalho, pois já eram 13h e não veio nenhum ônibus Rio do Ouro/Praça Cruzeiro. Elyane termina com uma reflexão que define o motivo de tanto desrespeito ao cidadão. Ela escreve em letras maiúsculas que representam a sua indignação: “COMO SOMOS UM POVO PACÍFICO, NÓS ACEITAMOS TUDO SEM FAZER NADA!”.
Preocupação
O internauta Jorge Alberto, porém, demonstra uma pertinente preocupação. De acordo com ele, é importante ter cuidado ao incentivar o uso de transportes alternativos de forma “clandestina.
– Que tipo de fiscalização existe pra saber em quais condições se transporta os passageiros, as condições do veículo e do motorista? Hoje é apenas uma, mas se comprarem a idéia, e começarem espalhar vans a torto e a direito, os inúmeros problemas aparecerão rápido. Sei que a proporção ainda é bem menor, mas as milícias do Rio começaram com esse serviço em prol de ajudar o “povo”, e é hoje uma das suas maiores fontes de renda – analisa o internauta, que aborda o funcionamento das cooperativas, “que cobram absurdos pelos pontos”, as ameaças de mortes e etc. “Reivindiquem , cobrem dos vereadores, na câmara e nas urnas, protestem, mas sem querer legitimar o errado”.
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