Flávio Azevedo
A Câmara Municipal de Rio Bonito retorna do recesso parlamentar amanhã (16/02), a partir das 17h30min. Os vereadores irão iniciar um ano legislativo de muito trabalho por conta das eleições de outubro, quando, de acordo com os próprios parlamentares, quatro dos atuais vereadores (o total é 10) não tentarão retornar ao parlamento. São eles: Saulo Borges (PTB), Marcus Botelho (PR), Rita de Cássia (PP) e Aliézio Mendonça (PP).
Depois do Carnaval, a campanha eleitoral de 2012 estará efetivamente nas ruas. Informações de bastidores noticiam que o vereador Saulo Borges poderia ser o vice-prefeito na chapa encabeçada pela ex-prefeita Solange Almeida (PMDB). Já o vereador Marcus Botelho, afirma que está desgastado com a vida pública e prefere não participar do próximo pleito, o que poucos acreditam.
Também apresenta esse motivo (cansaço da vida pública), o vereador Aliézio Mendonça. Segundo ele, “depois de exercer cinco mandatos no Parlamento Municipal vou descansar e nunca mais serei vereador”, disse o parlamentar em entrevista concedida em dezembro de 2011. Há também quem duvide dessa certeza do vereador Aliézio.
A maior incógnita, porém, é a vereadora Rita de Cássia, que também seria candidata ao Executivo. Há quem diga que a parlamentar, que foi secretária municipal de Educação e Cultura nos dois mandatos da ex-prefeita Solange Almeida, estaria trabalhando para ser vice-prefeita na chapa da própria Solange (elas são comadres) ou na chapa encabeçada pelo vice-prefeito Matheus Neto (PSB).
Cenário político
Entre os vereadores, estariam garantidos para o próximo mandato (2013/2016), os parlamentares Humberto Belgues (PSDB), líder da oposição; e Carlos André Barreto de Pina, o Maninho (PPS), nome de confiança do governo no parlamento ao lado de Márcio da Cunha Mendonça, Marcinho Bocão (DEM). Por ser um vereador de bairro, Bocão não tem reeleição garantida.
Sobre a renovação da Câmara, surgem nomes como o do secretário municipal de Esporte e Lazer, Ronen Antunes (DEM) – que pode ser o vice-prefeito de Matheus Neto – os empresários, Cláudio Fonseca (Claudinho do Bumbum Lanches); e Marcos Fonseca (Marquinho da Luanda Car). Também figuram com favoritismo, o técnico de enfermagem, Damião do Basílio (que perdeu a última eleição (2008) por um voto); o médico Jorge Brandão (ex-vereador); e o ex-vereador Reginaldo Dutra, que disputou a Prefeitura em 2008, tendo como vice, a ex-prefeita Solange Almeida. A dupla foi derrotada pelo dueto, Mandiocão e Matheus Neto. Reis tem bom trânsito com o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Paulo Melo (PMDB), o que segundo analistas políticos é importante para ele voltar à Câmara.
Outra incógnita nas eleições municipais desse ano é o deputado estadual Marcos Abrahão (PT do B), que vai tentar chegar ao Executivo pela 3ª vez. Integrante da base que dá sustentação ao governador Sérgio Cabral (PMDB), Abrahão anunciou sua pré-candidatura logo depois de ser reeleito como deputado (2010). Segundo analistas políticos, a disposição financeira do deputado para disputar as eleições de 2012 pode ser determinante para a vitória dos seus adversários.
Correndo por fora do oba-oba, o ex-diretor da Guarda Municipal de Rio Bonito, Vencerlau Machado (PC do B) também vai participar da disputa pela cadeira do Executivo. Machado e seus correligionários defendem a sua candidatura como a quarta opção de voto e uma alternativa para quem deseja fugir do troca-troca que atinge a política local (Bidinho-Aires/Aires-Bidinho e/ou Mandiocão-Solange/Solange-Mandiocão). Além disso, Machado seria a opção de quem não deseja votar em Matheus ou Solange e tem medo de apostar em Marcos Abrahão, que ainda é olhado por parte do cidadão riobonitense com desconfiança para assumir a Prefeitura de Rio Bonito.
Apesar disso, outras correntes entendem que Machado não representaria renovação, por conta de ter participado da atual gestão e pela polêmica que envolveu a sua saída da direção da Guarda Municipal. Aliás, a exoneração de Machado ainda não foi comentada publicamente pelo prefeito José Luiz. Em 2008, Lenilda Machado, sua esposa, candidata a vereadora teve expressiva votação e por poucos votos não chegou ao Legislativo.
Concluindo esse RX da política local, eu afirmo que os políticos passam mais tempo desqualificando a candidatura alheia do que fazendo campanha para a sua. O mais triste é que esse fenômeno se repete entre os eleitores e cabos eleitorais.
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