Flávio Azevedo
Vendo algumas análises estapafúrdias, pesquisas que não sabemos a procedência e muito senso comum analisando o cenário político de Rio Bonito, eu descubro que tem muita gente equivocada e dando opiniões pautadas nos seus próprios interesses. Se isso é comum entre o eleitorado, que é passional e interesseiro, não deveria ser entre os políticos, que entra ano e sai ano e continuam pensando eleições com amadorismo, despreparo e acreditando em qualquer aventureiro que aparece com uma pesquisa fajuta que não se sabe de onde é.
Até alguns veículos de comunicação de outros centros, que nada sabem da política local, aparecem para botar uns trocados no bolso e são recebidos como se fossem oráculos da verdade. Isso mostra que os nossos políticos não aprenderam a lição nos últimos anos, onde quem foi mais organizado e cometeu menos erros acabou vencendo as eleições.
A minha análise muito particular afirma que desrespeitar – como eu tenho visto – o nome de Solange Almeida (PMDB) como máquina de puxar voto é suicídio. A liderança da ex-prefeita e a idolatria que boa parte dos riobonitenses tem por ela, também são elementos importantes nessa disputa. Desqualificar essa situação é um erro que pode custar caro aos adversários da formiguinha. Se as matérias contra ela são pagas, quem está pagando está jogando dinheiro fora!
Os adversários que tratem de começar a trabalhar! Na verdade, como a política em cidades do interior é baseada no "o que você vai me dar para fechar com você?", todos os candidatos estão com o freio de mão puxado e esperando um pouco mais para abrir os cofres e não serem extorquidos pelo povo (o que vem acontecendo há bastante tempo em tende a piorar nessas eleições)!
Também acho precipitado desconsiderar – como fazem os partidários de Solange – a candidatura de Matheus Neto, que representa o governo e tem a máquina a seu favor (isso é sempre importante!). Também é equivocada a comparação de Matheus com Dr. Anselmo (2004), porque, à época, o vice-prefeito de Solange disputou a eleição contra dois pesos pesados (Mandiocão e Aires). E, diga-se de passagem, a diferença de votos não foi tão ampla como pensaram. O cenário hoje é outro, então respeitem Matheus ou estarão cavando a própria sepultura!
Quanto a Marcos Abrahão, candidatíssimo em todas as eleições municipais, ainda não é a vez dele. A desconfiança do riobonitense no deputado para um cargo Executivo ainda é grande. Nos últimos anos, ela tem diminuído consideravelmente, mas não o suficiente para ele ser vitorioso nas próximas eleições. Se fazer um pouco mais presente na cidade, nas mesas de debates e nos ambientes políticos também seria salutar para o deputado.
Alguns analistas – não sei se intencionalmente – estão ignorando Vencerlau Machado e Rita de Cássia. Estariam blefando? Não hora "H" serão candidatos a vereador? Não é o que eles dizem e não é o que interessa para quem se julga analista político. Mesmo que eles tenham 500 votos na disputa pela Prefeitura, esses votos certamente farão diferença determinante na disputa entre os favoritos.
Portanto, também devem ser respeitados e considerados nas análises políticas. Ignorá-los é um erro. É importante, sobretudo, conhecer o perfil de quem vota nesses dois nomes e que discurso eles estariam usando.
Já o vereador Saulo Borges, nome que nos surpreende ao aparecer como opção nas próximas eleições, é uma pena que tenha cometido dois erros fatais. Em minha modesta opinião, ele deveria ter sido candidato em 2008. Nos moldes de Marcello Zelão, em Silva Jardim, ele perdia a eleição (2008), mas já deixava o nome dele na cabeça das pessoas para 2012. O parlamento prejudicou Saulo, sobretudo porque ele tomou partido nos problemas que por lá ocorreram (e não fora poucos!). Se ficasse neutro e criticasse os dois grupos que se formaram na Casa, seria mais bem visto na cidade. Algo semelhante acontece com a vereadora Rita de Cássia.
Por outro lado, se ele tivesse colocado o "bloco na rua" em 2009 – onde foi decisivo o jornal Gazeta Rio Bonito –, apontando o erro dos adversários e defendendo projetos progressistas para o município, depois de quatro anos, o cenário para o vereador estaria muito mais favorável!
Penso assim! Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos dessa novela mexicana chamada sucessão municipal!
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