A partir do
próximo dia 10 de janeiro, as tarifas do transporte público municipal serão
reajustadas. Segundo fontes, o aumento será da ordem de 10%. A tarifa “Centro”,
de R$ 2,70 sobe para R$ 3,00. A tarifa “interior”, de R$ 3,40 vai para R$ 3,80.
Uma fonte na São Geraldo, empresa que explora o setor, afirma que cerca de 70%
dos passageiros são beneficiários de Gratuidade (idosos, estudantes, pessoas
com necessidades especiais, entre outros), sobrando para os 30% pagantes, o
custeio da prestação do serviço.
A
matemática usada pelas empresas do setor nunca me convencem, mas também não me
convence a postura de quem concede a prestação desse serviço. Se existe perda
de arrecadação com os cerca de 70% de gratuidade, outra perda são os ônibus que
fazem transporte de pessoas para sepultamentos, geralmente para atender pedidos
políticos.
A prática é
olhada como comum e simpática por boa parte da população, que não consegue ver
o que existe por trás disso. Apesar da cordialidade que esse ato representa, não
é possível esconder que o combustível e o motorista do coletivo que está
transportando os “enlutados” serão pagos por alguém. Advinha por quem? Sim,
pelos 30% que pagam a tarifa.
Muito se
fala de implantar outra empresa de transporte público em Rio Bonito, para que
exista concorrência, o que seria muito salutar. Todavia, se a cidade continuar na
mão de prefeitos “comerciantes” e que chegam ao poder porque tiveram as suas
campanhas “financiadas” por interesses empresariais, não vai adiantar nada,
porque as outras empresas que começarem a operar por aqui irão incorporar a
mesma “parceria” que existe na atualidade.
Concluo
destacando que enquanto as cidades forem governadas por políticos que alcançam
os seus cargos através do financiamento proveniente dos interesses hegemônicos,
as injustiças seguirão ocorrendo.
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