Obrigado Tina!

Flávio Azevedo

Minha amiga, Cristiana Tibúrcio é sempre um insentivo para mim diante dos desafios do dia-a-dia.

Na posse dos novos conselheiros tutelares de Rio Bonito, ocorrida nesse domingo (10/01), na Câmara de Vereadores, eu reencontro uma pessoa que significa bastante para mim. Quando vejo Cristiana Tibúrcio, esposa do amigo, Renato Melo da Rosa, eu percebo que a minha passagem pela enfermagem não foi em vão. Não lembro bem o ano, mas devem estar completando uns 15 anos, que “Tina”, como nós a chamamos carinhosamente, sofreu um episódio de eclampsia, parou na Unidade Intermediária (UI) – naquele tempo não tinha CTI no Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV) – e nos deu foi trabalho!

A gravidade do caso me deixava cético com relação a sua recuperação. Abraçar o amigo Renato Melo e levar notícias dela para ele não era uma tarefa fácil. Ele sempre confiante, eu, sinceramente, nem sempre. A equipe do HRDV trabalhava exaustivamente pela recuperação dessa paciente. O grupo de Enfermagem, do qual eu fazia parte, não esmorecia. Mesmo diante da manutenção do quadro da paciente nós seguíamos trabalhando.

Até que um dia, eu não sei dizer com exatidão depois de quanto tempo, ela começou a melhorar... Gradativamente foi se recuperando... Da UI foi para enfermaria, da enfermaria foi para casa e em casa ela decidiu ingressar na enfermagem. Ela sempre me diz que através da nossa dedicação, nós influenciamos a sua escolha por essa profissão tão nobre e tão desvalorizada.

Todas as vezes que eu reencontro Tina, eu lhe dou um abraço e recebo um abraço. Vejo em Tina, e em muitos outros pacientes com história igual a dela (que passaram pelos meus cuidados), que valeu à pena eu ter sido técnico de enfermagem (1994) e ter passado cerca de 15 anos atuando nessa profissão (me desliguei dela em 2009). Ouvir que a nossa dedicação foi determinante para que ela escolhesse a profissão (ela está terminando a faculdade de Enfermagem) é gratificante. Tina, muito obrigado por você ter sobrevivido, porque a sua existência é um exemplo vivo de que enquanto há vida há esperança. Olhar você bem, junto da sua família, me trás a sensação de dever cumprido. Um abraço e muito obrigado!