Flávio Azevedo
Dois dos quatro réus acusados de participar da morte do ganhador da Mega-Sena, René Senna, foram ouvidos entre a noite de ontem (quarta-feira/30) e início da madrugada desta quinta-feira (1º/12) no Tribunal do Júri de Rio Bonito. O primeiro a ser ouvido foi o policial militar Ronaldo Amaral (China), que trabalhou por dois meses na segurança do milionário. Ele chegou a ficar preso por 1 ano e 8 meses. Num depoimento de cerca de 30 minutos, Ronaldo, que é acusado de fornecer a moto que foi usada no crime, disse que na época do assassinato ele não trabalhava mais com o milionário.
Durante o interrogatório Ronaldo Amaral negou a acusação de ter emprestado a moto que foi usada na execução do crime. Segundo ele, o seu filho realmente possui uma moto, mas o veículo foi pintado em dezembro de 2006, antes do crime (janeiro de 2007). Ele disse também que o veículo nunca foi emprestado a Anderson. Segundo ele, a moto foi apreendida pela polícia duas vezes.
O também policial militar Marco Antônio Vicente, que ficou preso 1 ano e 11 meses, acusado de ajudar a planejar o crime, foi o segundo a ser interrogado. No depoimento ele disse que trabalhou na segurança de René Sena pelo período de 30 dias, no ano de 2006 também e negou participação no caso.
Ao ser questionado pela promotora Priscila Naegeli Vaz sobre uma informação anônima repassada à Delegacia de Homicídios a respeito da sua participação no crime, Marco Antônio Vicente disse achar que a denúncia anônima foi forjada pelos próprios policiais da DH. “Não foi um Disque-Denúncia. Além disso, essa denúncia chegou à delegacia mais de um mês depois de eu ter prestado depoimento na DH dando detalhes do que eu havia feito no dia da morte de Renné”, declarou.
O interrogatório foi interrompido por volta de meia noite e meia. A expectativa é que os trabalhos sejam retomados hoje (quinta-feira), ao meio-dia, quando devem ser ouvidas, Janaína Oliveira e Adriana Almeida. O depoimento da viúva é o mais esperado e, certamente, o mais longo.
Depoimentos
No terceiro dia de julgamento (quarta-feira), seis testemunhas prestaram depoimento. O júri ouviu Valéria Almeida, irmã de Adriana; Marcelo Braga, cunhado da viúva (ele trabalhou como administrador da fazenda onde René morava); um enfermeiro que cuidou do milionário; o policial militar, Alexandre da Fonseca Cipriano, ex-segurança de René; a mãe de Adriana Almeida, Creusa Almeida; e Otávio dos Santos, namorado de Renata Senna (filha da vítima).
A mãe da viúva da Mega-Sena foi a última a ser ouvida. Ela chorou em vários momentos e disse que em seu primeiro depoimento, colhido pela Divisão de Homicídios (DH), ela foi maltratada.
– Eles me arrasaram, fui muito mal-tratada. Os policiais queriam que eu incriminasse a minha filha. Eu dizia para eles que ela era inocente e que quem fez isso, fez para prejudicá-la, para acabar com sua vida – contou emocionada. Ao final do depoimento, nas perguntas dos jurados, Cleusa foi questionada sobre quem seria a pessoa que queria incriminar Adriana. Chorando muito ela não conseguiu responder. “Não sei, não sei... Alguém quer incriminá-la”.
O depoimento que Creusa prestou aos policiais, segundo ela, foi dado aos agentes da DH na fazenda onde morava René. Ela contou que na tentativa de intimidá-la, os policiais davam socos na mesa, considerando que ela não sabe ler nem escrever.
No fim do depoimento, que durou cerca de duas horas, ela disse que no dia da morte de René, Adriana se encontrou com o seu pai (Valcir), na rodoviária de Rio Bonito. Após a declaração, o advogado de defesa, Jackson Costa, tentou informalmente suspender o julgamento, alegando que precisava do testemunho do pai. No entanto, a juíza explicou que a fase de escolha de testemunhas já tinha terminado.
“Renné tinha problemas com a família”
O cunhado da viúva, Marcelo Cardoso, em depoimento também na tarde de ontem (quarta-feira), negou que a ex-cabeleireira impedisse Renné Senna de receber visitas. Ele afirmou que era Renné que preferia manter distância dos familiares. O milionário teria dito que não queria saber dos parentes, “porque eles só vêm aqui para me pedir dinheiro”.
Ao relembrar supostas conversas com o ex-lavrador, o depoente disse que Renné Senna teria comentado que quando perdeu uma das pernas – amputada por causa de complicações do diabetes – ele teve que ficar na casa de uma irmã. Ela pediu ajuda a filha de Renné (Renata Sena), mas a filha teria reclamado e falado que não abandonaria o trabalho “para cuidar de velho”.
O milionário ainda teria confidenciado a ele que tinha dúvidas quanto à paternidade de Renata. “Ele me disse que se descobrisse que ela não era sua filha a excluiria do testamento”.
Fotos: Jornal Extra e O Dia
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
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