Flávio Azevedo
A Sociedade Musical e Dramática Riobonitense sediou na última sexta-feira (25), o primeiro Seminário Municipal de Cultura. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, o objetivo foi trazer a população para debater e propor ações na área da cultural. Ajustar o Plano Municipal de Cultura, criado em 2009, durante a 1ª Conferencia Municipal de Cultura, foi outra finalidade do encontro.
O Seminário contou com a presença do Representante Regional do Ministério da Cultura, André Diniz; do Superintendente da Cultura e da Sociedade (SEC/RJ), Marcos Vinícius Faustini; e do Professor Jorge Luiz Barbosa (Universidade Federal Fluminense/UFF), que também é coordenador do Observatório de Favelas da Maré.
Os vereadores Marcus Botelho (PR) e Rita de Cássia (PP); e o prefeito José Luiz Antunes (DEM), prestigiaram o evento. Também esteve presente o vice-prefeito, Matheus Neto (PSB). Enquanto estivemos no local, nenhum outro vereador ou pré-candidato aos cargos eletivos nas eleições de 2012 marcaram presença no Seminário.
Conseqüências
Coincidência ou não, na última terça-feira (29/11), durante a sessão da Câmara Municipal, a vereadora Rita de Cássia (PP), apresentou proposta (indicação) para a criação da Secretaria Municipal de Cultura, uma das principais necessidades identificadas pela Conferência Municipal de 2009. A parlamentar anunciou que vai colocar emenda referente no Orçamento de 2012 que está tramitando na Câmara de Vereadores. Segundo a Rita de Cássia, dentro da Secretaria de Educação, a Cultura sempre ficará em segundo plano (o que nós já percebemos há muito tempo).
Para quem não está lembrado, a Secretaria de Cultura de Rio Bonito foi criada no primeiro mandato do prefeito José Luiz Antunes (93/96) e extinta no governo da ex-prefeita Solange Almeida (97/2004). A iniciativa teria sido da então Secretária de Educação, Rita de Cássia, hoje vereadora. Por outro lado, o prefeito José Luiz sucedeu Solange em 2005, foi reeleito em 2008, e sete anos depois, não reativou a referida Secretaria.
Em entrevista ao programa “O TEMPO EM RIO BONITO”, em novembro de 2008, a ex-prefeita disse que a extinção da Secretaria de Cultura foi um erro. Além disso, ela comentou que se arrependia desse ato. No referido programa, também foi entrevistado o poeta, jornalista, advogado e escritor, Leir Moraes, um dos ícones da Cultura riobonitense, que ouviu essa declaração e também lamentou a extinção da Secretaria de Cultura.
A quem diga que a iniciativa da parlamentar tenha como objetivo corrigir esse equívoco que foi cometido há cerca de 10 anos. Entretanto, a falta dessa secretaria e das iniciativas que ela poderia promover nesse tempo causou profundas sequelas ao setor Cultural de Rio Bonito.
Movimentos pró-cultura são muitos
O ano era 2009! Numa reunião onde o então presidente da Câmara de Vereadores, Fernando Marinho Soares, recebeu os integrantes do setor cultural, eu (Flávio Azevedo) disse que o parlamentar fazia a obrigação dele ao receber os artistas da cidade e ouvir as suas demandas.
– Na verdade, a minha grande admiração é ver reunido aqui, tanta gente que trabalha na Cultura, que não sei por que cargas d’água, não conseguem se entender. Existe sempre um racha – comentou o jornalista.
Algumas pessoas argumentam que a Secretaria de Cultura não foi extinta, mas anexada a pasta da Educação. Em nossa opinião, essa argumentação é um insulto a inteligência do riobonitense. Fica muito nítido que essa história foi idealizada para amortecer um passo errado que foi dado no passado.
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