Flávio Azevedo - Reflexões
Diante de um debate que surgiu no meu Facebook, sobre o atendimento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e do Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV), eu decidi produzir um texto com algumas reflexões que considero serem importantes para os administradores e operadores da Saúde, sobretudo, para os usuários do setor, que percebo em vários momentos não terem ideia – não exatamente nesse caso – de como deve funcionar o serviço público, que ao contrário do que é comum, não é uma extensão do nosso quintal.
Senhores e senhoras! Volto aqui para dizer que discordamos da teoria de que as mídias sociais não teriam a função de cobrar determinadas ações do poder público e não seria o espaço legal para essas discussões! Somos totalmente contrários a esse raciocínio! Concordamos que as redes sociais foram criadas para o entretenimento, mas talvez nós sejamos o único veículo de comunicação que tem aversão a esse negócio de entretenimento, por achar que ele contribui apenas para ‘emburrecer’ e anular o pensamento crítico (aliás, é por isso que tem tanta gente nesses espaços!).
Exatamente por esse perfil inibidor, nós usamos as mídias sociais com propósito diferente. Na verdade, aproveitamos que esse é um espaço de ociosidade e conversa fiada, para alcançar muita gente. A nossa participação nesses espaços não é para ostentar uma vida feliz que só é possível no mundo virtual. A nossa participação aqui é interferir e temos conseguido algum sucesso nessa empreitada.
Fazemos questão de não PARTIDARIZAR o debate, embora isso aconteça entre as pessoas que posteriormente comentam os links. Mas, eu em particular, confesso que quando vejo a manifestação de todos eu me sinto satisfeito e com a sensação de estar cumprindo o meu papel.
Se por um lado ficamos satisfeitos em conseguir despertar a confiança do cidadão, que acredita no nosso trabalho e busca socorro em nossas mídias sociais, também nos empolgamos quando os representantes da coisa pública se manifestam. Isso demonstra respeito ao usuário, ao nosso grupo de mídias (que trouxe o assunto à tona) e, sobretudo preocupação com o funcionamento da máquina pública.
Defendemos a ideia de que Rio Bonito é capital mundial do “vamos botar panos quentes”, fruto de um fisiologismo praticado durante anos pelos administradores públicos da nossa cidade e seus apaniguados. Porém, assim como existiu no Oriente Médio, a “Primavera Árabe”, que derrubou ditaduras importantes através de movimentos que nasceram nas mídias sociais, acreditamos que essa ferramenta também será fundamental para derrubarmos duas ditaduras extremamente opressoras que existem em nossa cidade. São elas:
1ª A DITADURA DO ASSISTENCIALISMO, elemento perverso que é defendido por usuários do serviço público e por administradores desse serviço. Não é o caso das pessoas envolvidas especificamente neste caso (Mel Cardozo e a secretária de Saúde, Maria Juraci). Aliás, a secretária sempre deixa transparecer um viés técnico (postura que em se tratando de Saúde, principal ferramenta de estímulo ao favorzinho, Rio Bonito não conhecia);
2ª A DITADURA DA “VASELINA”, que tem como principal argumento evitar que “você se indisponha com alguém, porque não ganhará nada com isso e ainda ficará mal com aquele alguém”. As mídias sociais, porém, estão, aos poucos, permitindo que o riobonitense – mesmo que timidamente – se liberte dessa escravidão imposta pelas classes dominantes locais, porque essa é a forma de não terem a sua hegemonia ameaçada. Com o advento das mídias sociais, as pessoas estão falando mais, se manifestando mais, participando mais, e principalmente se posicionando mais.
Concluindo, viva as redes sociais! E vamos usá-las de forma inteligente, crítica e equilibrada. Sim, é possível mudar!
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sim é possivel,mas tem que começar com alguém fora da politica.
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