Flávio Azevedo - Reflexões
Já há algum tempo, através do grupo de mídias “O Tempo em Rio Bonito”, nós estamos empenhados em conscientizar as pessoas quanto a importância do Registro de Ocorrência quando se sofre algum tipo de violência. Entretanto, já há algum tempo nós estamos tendo como resposta a essa campanha, a informação de que os munícipes estão encontrando dificuldades para fazer os tais registros na delegacia de Rio Bonito (119ª DP). Rispidez na hora do registro, policiais que tentam convencer o cidadão a não fazer o registro e descaso às vítimas que buscam a delegacia por conta de crimes variados.
Na noite da última terça-feira (6/12), na Mangueirinha, em Rio Bonito, um cidadão estaciona o seu carro em frente a sua residência e entra em casa. Depois de algum tempo, ele retorna para guardar o veículo, mas descobre que o carro havia sido roubado. Indignado, ele se dirige a 119ª DP para registrar o roubo. Entretanto, ao chegar à delegacia, ele foi orientado a retornar no dia seguinte para fazer o registro!
Como o meu forte é ironia, eu comparo essa história ao seguinte caso: o sujeito sofre um Acidente Vascular Cerebral (AVC), é levado ao hospital, mas quando chega lá, os seus socorristas são orientados a retornar no dia seguinte. Outra ilustração: a pessoa sai de casa para almoçar num restaurante. Ao chegar, porém, no referido local, ao setar-se à mesa, o garçom dá a seguinte orientação: “o senhor (a), por favor, deixe para almolçar amanhã, porque o cozinheiro não veio e estamos sem comida”.
Bom, de tanto ver essas reclamações, na reunião do Conselho Comunitário de Segurança (CCS), na última segunda-feira (5/12), eu externei essa queixa ao representante do delegado Paulo Henrique da Silva Pinto (titular da delegacia da cidade), narrando, inclusive, um fato que eu presenciei. Visivelmente incomodado com a narrativa, o policial explicou que “quando a 119ª DP foi transformada em Delegacia Legal, alguns profissionais, que não sabiam transitar no novo ambiente – a má vontade de alguns é conhecida desde a época do registro datilografado – acabaram continuando lotados na 119ª DP.
Ainda segundo o policial Jardes (foto 2), que representava o delegado no CCS, muitos policiais se esforçaram e se adequaram as mudanças (delegacia tradicional/delegacia legal). Outros, porém, segundo o seu relato, não fizeram a mínima questão. Ou seja, quando um personagem desses está de plantão, registrar uma ocorrência é um martírio. O delegado já teria, inclusive, pedido a transferência desses profissionais. Alguns já foram, mas ainda existe os remanescentes. Aliás, para o azar da vítima e do tal profissional que precisa de reciclagem, a impressão que temos é que as ocorrências acontecem, justamente, nos dias que os policiais inabilitados estão no plantão!
De acordo com o novo presidente do CCS, Brunos Soares (foto 3), na Delegacia Legal, a ocorrência é feita on-line, situação que estaria dificultando a vida de alguns policiais, sobretudo os mais antigos. Para ele, “alguns não tem boa vontade de aprender ou querem que continue assim”. Soares destaca que “esse comportamento dos policiais estimula as vítimas a desistirem de fazer os registros, permite que os indices de criminalidade da cidade continuem baixos, ninguém é cobrado e quem paga o preço é a população”, disparou.
Para Bruno, que participou da reunião da sociedade civil organizada, com o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, em junho, quando se reivindica maior efetivo policial para Rio Bonito, as estatisticas do Instituto de Segurança Pública (ISP), não refletem a realidade do município, situação que precisa mudar. Ele também afirma que os conselheiros estão de olho, vão exigir mudanças e o tema voltará a ser assunto na próxima reunião do CCS.
– Gostaria de ressaltar que assumi, na última segunda (05/12), a presidência do CCS, um canal que existe para levarmos, às autoridades, as nossas reivindicações. Com certeza esta vai ser uma das pautas da próxima reunião. Por tanto, vamos ficar atentos, participar das reuniões do CCS, porque a única coisa que eles (as autoridades) respeitam é a mobilização popular”, concluiu.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
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CONHEÇO UM ACASO FLÁVIO, EM QUE UM SENHOR QUE FOI DESARMADO POR UM CIDADÃO TEVE A SUA ARMA NÃO REGISTRADA LEVADA A DELEGACIA O SENHOR AGRESSOR TAMBÉM FOI E ADIVINHA, NÃO DEU NADA PARA ELE. fICA A PERGUNTA: "QUEM TEM ARMA NÃO REGISTRADA, NÃO VAI PRESO?" É ISSO BANG-BANG???? EM RIO BONITO...
ResponderExcluirESTE CASO FOI NO COMEÇO DO ANO!!!!
Quando no EMES, um louco ou bebado agrediu a vigia, fomos socorridos pelas pessoas que estavam no supermercado.Fomos a delegacia,fazer o BO, ama senhora mal humorada, que nos atendeu foi logo avisando que o elemento detido, seria liberado uma hora depois.
ResponderExcluirQuando o Prefeito soube, foi a delegacia e também foi mal recebido pela referida senhora.Quando o prefeito se ausentou para dar um telefonema, ela em tom grosseiro me fez a seguinte pergunta "Quem chamou este homem aqui?" e logo a seguir disse: "Ele manda na prefeitura, aqui manda o delegado".
Se nem as autoridades do município são bem atendidas, que será de nós pobres mortais.
Professora Suely Nunes de Paula
correção: uma senhora
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