domingo, 27 de maio de 2018

Classe política usa "LOCAUTE" em suas ações há anos e ninguém percebeu

Flávio Azevedo
O governo brasileiro está suspeitando que a paralisação dos transportadores de carga esteja fincada numa prática criminosa chamada Locaute, que é uma espécie de greve de patrões, no caso em curso no país, as grandes transportadoras e patrões dos caminhoneiros. Segundo o governo, a categoria está sendo usada como massa de manobra. Ou seja, as transportadoras estão agindo em razão dos próprios interesses e não das reivindicações dos caminhoneiros.

Não estou aqui para dizer se isso é mentira ou verdade, se concordo ou discordo dessa suspeita do governo. Mas penso ser muito mais nocivo ao Brasil, o locaute que a classe política aplica constantemente. Está nítido que deputados federais, senadores, presidente da República, integrantes da Suprema Corte e do Superior Tribunal de Justiça; estão atuando de forma conjunta para se safar dos tentáculos da Operação Lava Jato, das operações da Polícia Federal e das ações do Ministério Público.

Por exemplo, o projeto “Dez Medidas Contra a Corrupção”, uma iniciativa popular apoiada pelo Ministério Público, foi totalmente deformado e descaracterizado pelos congressistas de Brasília. E mais do que isso! Eles inverteram tópicos importantes para se auto preservar, uma vez que 90% dos políticos brasileiros tem o rabo preso em alguma falcatrua.

Mas o locaute político não é uma prerrogativa somente de Brasília, onde vemos Gilmar Mendes soltando político ladrão. Darei dois exemplos locais: já vi ministro Napoleão, para atender interesses espúrios do PMDB, manter prefeito picareta no poder; e já vi desembargador Siro Darlan, para atender interesses picaretas do PP, permitir que ficha suja participasse de eleição municipal.

Você a de convir comigo que esses dois últimos locautes apontados por mim prejudicam significativamente a cidade de Rio Bonito, assim como o locaute praticado pelos picaretas de Brasília impacta o país muito mais que uma paralisação de transportadoras de carga. #flavioazevedo

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