Flávio Azevedo
Um amigo me pede para discorrer sobre o meu entendimento e o que penso sobre as Fakenews ou “notícias falsas” que são publicadas nas mídias sociais. Na condição de profissional de comunicação, eu gostaria de destacar que ao estudarmos “Mídias Sociais” na faculdade de Comunicação Social, a primeira coisa que nós aprendemos é que a pretensão dessa plataforma é divertir. Também descobrimos que o politicamente correto nesses espaços não é prioridade. Por último e não menos importante temos o fator ficção, pois nem sempre as postagens externam a realidade exposta nas fotos e pensamentos publicados.
O objetivo de espaços como o Facebook, por exemplo, é ver foto de gatinhas de biquíni, gatos marombados, fuxicar a vida alheia e arrumar um ‘peguete’. Sim, esse é o objetivo principal e por isso o nome é “site de relacionamento”. Se você não acredita nisso, vá ao Google e leia a definição do Tinder (uma aplicação multiplataforma de localização de pessoas para encontros românticos online cruzando informações do Facebook e do Spotify, localizando as pessoas geograficamente próximas).
Todavia, dado o volume de gente que se conecta nesses espaços, empresas, entidades e instituições de toda ordem migraram para esses ambientes a fim de apresentar seus produtos, ideias e dar publicidade as suas marcas. Mas a mídia social não é para isso. A proposta original dela é o culto ao fuxico, ao consumo, a ostentação ficcional etc.
Esse preambulo é necessário para pensarmos as Fakenews. Eu gosto de fazer a seguinte ilustração: entre numa sala cheia de pessoas, num ônibus cheio de pessoas e grite: “alô gente, quem aqui for idiota levante a mão!”. Ninguém vai se manifestar. No ambiente virtual, porém, é diferente. As Fakenews fazem exatamente essa pergunta (quem for idiota levante a mão!) e um monte de gente ergue o braço. Penso dessa maneira, porque vejo pessoas acreditando em cada idiotice, em cada lorota, que pelo amor de Deus!
Eu conheço um sujeito meio bronco, que cultiva um adágio duro de ouvir, mas muito real. Ele diz: “bobo não acaba! Bobo, morre um e nasce dez”. Eu sou obrigado a concordar com ele. E não me venham falar de escolaridade, de falta disso ou daquilo, porque tem um monte de gente diplomada que consegue ser enganada por Fakenews absurdamente falsas e ainda compartilham.
Ter acesso a Fakenews é inevitável e não é nada de mais. Acreditar e compartilhar que é o grande problema. Encerro essas considerações acrescentando que existe um negócio chamado “bom senso”. Todavia, nós temos uma enorme dificuldade para usar esse instrumento. A desconfiança pode parecer paranoia. Eu, porém, digo que a desconfiança deve ser usada igual orégano na pizza, ou seja, na medida certa. Muito orégano na pizza não é bom, mas sem ele a pizza não tem graça.
Enfim, quem usar o bom senso na medida certa para analisar as notícias que circulam das mídias sociais, não será vítima de Fakenews, tão pouco vai compartilhar e impulsionar as tais informações. Espero te ajudado!
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