O governo federal apresentou nesta terça-feira (06/12) os detalhes da proposta de reforma da Previdência. As contas do INSS estão cada vez mais no vermelho. As contribuições não bancam os benefícios. Em 2105, rombo de R$ 86 bilhões. Em 2016, deve chegar a R$ 152 bilhões; em 2017, R$ 181 bilhões.
E o buraco só aumenta. Até 2015, de cada cem brasileiros, 12 eram idosos. Em 2060, eles serão quase a metade. Mais gente vai viver de aposentadoria. Segundo o governo, por isso a urgência da reforma. Se ela for aprovada em 2017, a economia do INSS passaria de R$ 4 bilhões em 2018. Mais de R$ 14 bilhões no ano seguinte até chegar a R$ 700 bilhões em um período de dez anos.
A proposta de reforma da Previdência provocou reações na Câmara dos Deputados. A oposição fala em dificultar a aprovação. Considera que a proposta trata de forma desigual os trabalhadores. A proposta que chegou à Câmara vai primeiro para a Comissão de Constituição e Justiça. Depois, passará por uma comissão especial, antes de ser votada no plenário.
As centrais sindicais criticaram o projeto. Especialistas dizem que, sem a reforma, a situação da Previdência no Brasil vai ficar insustentável. Sindicalistas não aceitam mudanças para quem já está no mercado de trabalho. A Previdência funciona assim: quem está trabalhando financia a aposentadoria que quem já saiu do mercado. Em 2015, o país tinha 8,6 pessoas em idade ativa para cada aposentado. Pelas projeções, em 2030, serão 5,1 para cada idoso. E em 2060, 2,3. Ou seja, tem cada vez menos gente para financiar cada aposentado.
Fonte: Jornal Nacional
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