Flávio Azevedo
Na tarde dessa quarta-feira (28/12), eu conversei com um amigo sobre o bloqueio que o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Rio Bonito (Iprevirb) pediu que a Justiça faça nas contas da Prefeitura, para que aposentados e pensionistas que são remunerados pelo Instituto consigam receber os salários de novembro, dezembro e 13º. Falei com ele que me preocupava o recurso do Fundeb que chega aos cofres municipais nessa quinta (29). Ele me tranquilizou dizendo que por ser verba carimbada da Educação, esse recurso não pode ser bloqueado a favor do Iprevirb.
Mais tarde, na Rádio CBN, eu ouvi uma reportagem sobre os recursos da “Repatriação” que o governo federal vai dividir entre os municípios. Fiquei pensando o que a atual gestão poderá fazer com essa grana, que também chegará aos cofres do município ao apagar das luzes de 2016. Segundo o especialista que era entrevistado na CBN, o dinheiro da “Repatriação” será depositado no dia 30/12, “mas como esse dia será feriado bancário, somente em 2017, quando as cidades terão novo comando, o recurso estará disponível para ser utilizado”.
Diante dessas informações, independente de ter tido ou não a transição, eu acredito que os integrantes do novo governo, sobretudo o futuro chefe do poder Executivo, já deveria ter vindo a público tratar desses assuntos. Já deveria estar falando sobre as suas pretensões com o recurso da “Repatriação”; como irá gerenciar os recursos do Fundeb; se finalmente o profissional de Educação receberá o Piso Nacional; que prosseguimento ele, junto com sua equipe, dará a devolução do dinheiro do “concurso da vergonha”; entre outras ponderações.
Todavia, até aqui o grupo que vai assumir a Prefeitura segue escorado na muleta do “não nos deram transição” e se limitou a colocar seus serviçais nas mídias sociais debatendo a presidência da Câmara de Vereadores do próximo exercício, uma artimanha que tem um claro objetivo: afastar o olhar da população dos assuntos que abordei anteriormente. Apesar de tanto criticar os “fofoqueiros” que apontam as ilegalidades da sua conturbada participação no pleito de 2016, o novo prefeito foi contagiado pela “fofoca” e esqueceu que Rio Bonito precisa de trabalho, respeito ao povo e não de “fofoca”, “mentira” e “conversa fiada”. Feliz 2017!
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