Flavio Azevedo
A Av. Manuel Duarte, até a entrada da Bela Vista, foi uma das que recebeu o asfaltamento do projeto "Asfalto na Porta" do governo do Estado. |
Que me desculpem os românticos e
críticos, mas esse asfalto que está sendo colocado no Centro da cidade está um
show! Finalmente vejo Rio Bonito ganhando ares de "cidade" e perdendo
o perfil de "aldeia". Aos amantes do paralelepípedo, eu devo lembrar que, desde 1846, Rio Bonito não é mais a
“Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Rio D’Ouro”. Aliás, há muito tempo
os armazéns de “Louro” e “Mansur” se foram e junto com eles os cavalos
amarrados diante dos tais estabelecimentos.
Se a
criminalidade chegou, porque o progresso não pode chegar? Vai alargar durante
as chuvas de verão? Sempre alagou... Vai ter atropelamento? Sempre teve... Os
carros e motos vão trafegar em alta velocidade? Quem anda correndo, corre em
qualquer piso... Concordo
que os moradores de localidades como Jacuba, Cajueiro, Green Valley, entre
outras, reclamam, com razão, asfalto para os seus bairros, mas não é por isso
que vamos criticar o asfaltamento das ruas do Centro! Aliás, eu já vi isso na
gestão passada... Críticas ao que acontece de positivo, porque reclamam por
reclamar e criticam por criticar!
Agora vamos torcer para que a CEDAE,
como de costume, não invente uma obra (que nunca é feita quando a pavimentação
está ruim) e esburaque todo serviço que realmente está muito bom! Exemplo:
quando o prefeito Alcebíades Moraes Filho, o Bidinho, pavimentou a Cidade Nova
até o Rio do Ouro, terminada a obra, a CEDAE iniciou a dela. À época, ela abriu
no meio da via, com a obra recém-concluída, uma vala que começava no viaduto do
Rio do Ouro e terminava no Centro da cidade. Essa é nossa CEDAE!
Mas discutir administração pública
pode ser importante nessa hora, quando muito se fala de prioridade. Todavia, nem
sempre o prefeito pode trabalhar com prioridade e sim com o orçamento que está liberado.
No caso desse asfalto, como aconteceu com o ex-prefeito Mandiocão em 2010 (à
época os paralelepípedos foram tirados e recolados ao contrário), a obra não
poderia ser feita onde não existe pavimentação e drenagem. Ou a prefeita
deveria recusar o asfalto, por que os bairros que precisam da tal melhoria não
foram contemplados? Seria mais ou menos assim: “Não governador, muito obrigado!
Já que o asfalto não vai para a Jacuba e o Green Valley, eu não quero asfaltar
o Centro da cidade!”.
Amigos, a obra é do governo do Estado,
que tem como prioridade, jogar asfalto no chão sem precisar fazer
infraestrutura. É por aí! A prioridade da Prefeitura é uma, mas a do governo do
Estado é outra (arrecadar recursos e votos com as obras). Como o Estado é o
dono da bola, a “brincadeira” vai ser do jeito dele. Se não for como o Estado quer,
ele pega a bola, vai embora e não tem brincadeira! É assim que funciona! Aliás,
é exatamente por isso que diziam ser Mandiocão um prefeito “intransigente”. Com
ele no comando, o Estado e o governo federal têm que brincar como Mandiocão quer.
Ou seja, não tem brincadeira!
Quanto aos reclamados investimentos em
galerias de águas, pluviais e fluviais, se quisesse gastar com isso o governo
do Estado faria as obras do Green Valley, Jacuba e Cajueiro... Contudo, a ideia
é jogar asfalto no chão, receber o dinheiro e ir embora. Se a Prefeitura não aceitar,
paciência, outros municípios querem! Vimos isso acontecendo em várias
oportunidades entre os anos de 2005 e 2012. Mediante a isso eu acho importante
repetir: o governo do Estado é o dono da bola (ou da obra) e a brincadeira tem
que ser do jeito que ele quer! Eu não gostaria que fosse assim, nem concordo
com essa postura do Estado, mas é assim que a banda toca!
Quanto à sinalização das ruas recém-asfaltadas,
vamos aproveitar que a Prefeitura, salvo engano a partir do dia 19/08, estará
multando os "mautoristas"; que o município parece querer uma
Secretaria de Segurança e Desenvolvimento Urbano atuante e com atitude; e vamos
cobrar a implantação de radares eletrônicos, o monitoramento com Câmeras (de
qualidade) e outros mecanismos que são bem mais interessantes e modernos que os
"chatos" quebra molas!
Entendo, perfeitamente, o destino da verba do governo do estado, a intenção e como o município deve receber este recurso,
ResponderExcluirporém acho bastante discutível que asfalto seja sinal de progresso.
Não sou especialista, mas sei que essa camada asfáltica é de fato impermeabilizante e isso faz com que a água da chuva não seja mais absorvida pela terra e se já alagava, pode piorar. Faço votos para que não aconteça.
O cidadão enxerga asfalto e o seu subconsciente visualiza infra-estrutura urbana, porém tem toda uma questão ambiental envolvida.
Me parece paradoxal a umas das premissas do Agenda 21, o desenvolvimento sustentável, mas não sei como esfera local trata essa questão.
Envolve também uma questão histórica, de identidade que o jornalista classifica como romantismo, nesse caso quem tem propriedade para opinar são os historiadores e estudiosos locais.
É fato que existe prós e contra nas duas forma de pavimentação, é uma discussão interessante.
Perfeitamente Gulão!
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