Flávio Azevedo
O ex-presidente João Goulart governou o Brasil entre os anos de 1961 e 1964. |
Os restos mortais do ex-presidente João Goulart (foto) serão
levados a Brasília para serem periciados no Instituto Nacional de
Criminalística da Polícia Federal. A exumação e perícia fazem parte da
investigação, conduzida pela “Comissão da Verdade”, que pretende apurar a causa da morte do
ex-presidente, que teria sido vítima de envenenamento a mando da “Operação
Condor”, cooperação militar entre as ditaduras da América do Sul nos anos 70.
Eu aproveito a oportunidade para sugerir
que a “Comissão da Verdade” também investigue a morte do ex-presidente
Juscelino Kubitschek. Para quem não lembra, o mineiro faleceu vitima de um
“terrível acidente automobilístico”. A verdade é que a tal “Operação Condor”
pretendia eliminar todas as lideranças contrárias a Ditadura. Também aproveito
para sugerir um estudo minucioso sobre a morte de Carlos Lacerda.
Detalhe: Juscelino morreu no dia 22 de
agosto de 1976; e João Goulart, no dia seis de dezembro do mesmo ano (1976).
Já, Carlos Lacerda, morreu em 21 de maio de 1977. O curioso é que, segundo
algumas correntes, apesar de adversários, o trio teria se unido e, com
regularidade, estaria se encontrando, entre os anos de 1975 e 1976. O objetivo
dos encontros era derrubar a Ditadura Militar e estabelecer um governo
democrático!
O trio, porém, morreu num prazo inferior
a um ano. Não é curioso? O triste é que os pilantras dos generais que
comandaram isso, infelizmente, ou estão gagás ou já morreram de velho! Ou seja,
os safados não serão castigados por essas e outras ‘gracinhas’ que aprontaram
durante os 20 anos que comandaram o Brasil. Aliás, as investigações só
estão acontecendo por conta disso.
Caso a tal apuração começasse antes,
muitos operadores da Ditadura, inclusive, grandes figurões da política
nacional, teriam que ser levados ao xilindró e serem obrigados a dar conta de
inúmeros jovens e ativistas que desapareceram durante os “Anos de Chumbo”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário