Flávio Azevedo
Visitando o perfil no site de relacionamentos Facebook, do vice-prefeito, Matheus Neto (PSB), nós encontramos algumas postagens interessantes sobre as suas atividades. Uma delas fala sobre o Centro Oncológico de Rio Bonito (CORB), que atende pacientes acometidos de Câncer. A unidade está funcionando no Hospital Regional Darcy Vargas (onde era o ambulatório) e já atende cerca de 200 pessoas. Uma notícia fantástica para nós riobonitenses, concordamos. Visita a escolas e obras que estão sendo realizadas pelo município também são imagens que podemos ver no álbum “Minhas Atividades”.
Talvez seja isso que tenha provocado a oportuna postagem da universitária Cíntia Santos Martins, que reclama do estado em que se encontra a localidade de São José de Braçanã, no 3º Distrito. Uma foto (imagem 2) da entrada da localidade foi postada por Cíntia, que cobra investimentos no local.
– Será que tem como você também ajudar o nosso bairro? Porque a cada dia que passa a rua fica pior. Estamos sem manilhamento nos esgotos e quando chove alaga tudo. Vivemos correndo o risco de pegar, a qualquer momento, uma doença.
Conto com sua ajuda – conclui a jovem.
A postagem nos faz recordar uma matéria que produzimos em março de 2010, quando ainda escrevíamos para o jornal Gazeta Rio Bonito. À época, nós visitamos São José de Braçanã a pedido de um morador que tinha reclamações semelhantes. Embora tenham se passado dois anos, a situação é idêntica. Sendo assim, propositalmente, faremos a reprodução da matéria escrita em 2010.
Faltam pavimentação e saneamento. Sobram buracos, mato e outras coisas que deixam muito nítido que ao bairro São José de Braçanã está abandonado. Durante a nossa reportagem, um morador que pediu para não ser identificado, disse que a localidade só é lembrada pelos políticos na época das eleições. “Na política, os candidatos surgem de todos os lados, fazem reuniões em nossas casas e prometem um monte de coisas que nunca cumprem depois de eleitos”, disparou.
Já o fiscal de ônibus Neilton da Silva Soares, de 45 anos, reclamou que, em dias de chuva, o rio que corta a localidade enche, e as pessoas ficam isoladas. O fiscal aponta a causa deste problema. “Você não vai acreditar, mas o rio foi canalizado com manilhas. Não existe ponte, nem pontilhão, ou seja, quando a chuva causa uma enxurrada, a água não tem por onde passar e causa o alagamento”. Ainda segundo Neilton, “a iluminação do bairro é recente, está aprovada, mas o Correio não vem aqui”.
Na localidade, a nossa reportagem viu algumas casas abandonadas. Questionamos os moradores sobre essas residências, e descobrimos que geralmente elas servem como abrigo e esconderijo para traficantes ou usuários de drogas. “Isso já foi pior, mas como a polícia andou passando por aqui, a situação está mais tranquila”, disse outro morador que pediu para preservarmos a sua identidade.
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