sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo!

Flávio Azevedo - Reflexões

Os 365 dias de 2011 se foram! O que nos reserva o futuro? O que acontecerá conosco nos 366 dias de 2012, que por ser ano bissexto tem um dia a mais? Na verdade, nessa época, eu sempre penso no aconselhamento que S. Paulo deu a igreja apostólica, na carta que ele escreveu aos filipenses (3.13 e 14): “... Esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo...”.

Nas últimas horas do ano passado, eu escrevi no Facebook: “E lá se vai 2011... O ano que foi péssimo para muitos, indiferente para outros e muito bom para alguns! Em alguns momentos estaremos em 2012, onde nós teremos 366 dias que serão péssimos para muitos, indiferentes para outros e muito bons para alguns. Nesse momento de transição, porém, geralmente nos perguntamos: o que fazer para 2012 ser melhor? A resposta é individual, mas se a mudança para melhor partir de nós, os anos vindouros serão muito melhores!”.

É isso! O ano só será melhor se nós formos melhores! Se, porém, formos piores que em 2011, posso assegurar que o ano vindouro será pior. Ainda recorrendo aos textos bíblicos, não posso deixar de comentar a reflexão de Jesus sobre as janelas do corpo. Segundo Ele, “a candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso... (Mateus 6.22 e 23).

Você certamente está achando que eu enlouqueci. No mínimo você está se perguntando: “como um sujeito tão crítico, um cara que está sempre cutucando os problemas, pode concordar com essa lorota de que se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz?”. Amigo leitor... É aí que está... Nós precisamos ter uma vida equilibrada. Dias atrás, durante uma conversa como meu amigo e colunista do jornal “O Tempo em Rio Bonito”, Dr. Nogueira, ele falava sobre a importância do equilíbrio do nosso corpo nos aspectos físico, mental e espiritual.

Concordo com Dr. Nogueira. Aliás, não posso deixar de mencionar que o homem que disse “serem os olhos, as janelas da alma”, foi o mesmo Jesus que sempre apontou os erros dos judeus, sobretudo dos escribas e fariseus, que entendiam e ensinavam a religião de maneira equivocada (como acontece hoje). Foi o mesmo Jesus que chamou o rei Herodes de “Raposa”, e, posteriormente, com um azorrague (chicote) nas mãos, expulsou as pessoas que transformaram o templo numa feira livre. Alguém duvida da bondade dos olhos de Jesus? Pois é... Mas ele via os problemas, apontava e orientava sobre a forma como eles deveriam ser tratados.

Isso significa que a vida equilibrada comentada por Dr. Nogueira já era praticada por Jesus. O Princípio do Equilíbrio afirma que, onde quer que várias partes formem um todo é importante se dedicar a cada parte de forma igual, sob pena de que tanto as partes não atendidas quanto o todo sofram um natural desequilíbrio. Por exemplo: se você estuda cinco disciplinas e não se dedica devidamente a todas, isto irá afetar as disciplinas negligenciadas e todo o curso que você está fazendo. Se na academia, você malhar apenas as pernas e braços do lado esquerdo, o que vai acontecer com o direito?

No nível mental, uma pessoa pode se desequilibrar dedicando mais atenção ao passado, às lembranças, e esquecer os planos e projetos que vislumbrem o presente e o futuro. Por outro lado, se você for um sonhador, mas esquecer das suas experiências também será ruim. Na China, existe a tradição de manter a xícara do outro, sempre cheia de chá. Isto estimula o cuidado, o costume de olhar o ambiente e, sobretudo, o outro. Já na cultura ocidental, nós somos egoístas e mantemos qualquer relação sempre com a atenção voltada exclusivamente para nós. É a paixão que temos pelo lucro!

É por isso que aquele personagem que falou sobre “as janelas da alma” também deixou o seguinte ensinamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (S. Marcos 12.31). Amigo leitor, que em 2012 as mudanças existam e sejam positivas! Que as janelas da nossa alma vejam muitas coisas boas... Mas que nós tenhamos coragem de repreender e apontar as coisas ruins que transitarem diante dessas janelas. Fazer de 2012 um Feliz Ano Novo, sem dúvida, está em nossas mãos.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Acidentes de trânsito marcam o fim de ano em Silva Jardim

Flávio Azevedo

Um acidente envolvendo um Fox preto e um caminhão de transporte de gado matou instantaneamente na noite do último dia 18 de dezembro de 2011, por volta das 20h, Ana Cláudia Neves Rosa, Juliana Cler e Tânia Mendonça. O acidente ocorreu na RJ – 140, que liga a BR – 101, ao centro de Silva Jardim, próximo ao “Sítio do Elmari”. Juliana Cler dirigia o carro.

Depois de ser arrastado por cerca de 100 metros, o veículo teria caído num barranco de cerca de oito metros de profundidade. Segundo fontes, o caminhão teria sido abandonado, na localidade de Ribeirão, há cerca de 2 km do local do acidente. O velório coletivo foi realizado no Ginásio Poliesportivo Jorge Mendonça.

O carro era ocupado por cinco pessoas, que seguiam do Centro de Silva Jardim para a BR – 101. Sobre as prováveis causas do acidente existem três versões. A mais provável, porém, seria a de que o carro teria sido atingido na traseira, pelo caminhão quando tentava entrar no “Sítio Elmari”, onde estaria acontecendo um pagode.

As duas vítimas que sobreviveram é Marcus Fernando Antunes, único morador de Rio Bonito, é neto do escritor, poeta e advogado Leir Moraes. Já Paula Cler é irmã de Juliana. Marcus Fernando, também conhecido como Júnior teve múltiplas fraturas nos membros inferiores (perna e fêmur). Paula Cler sofreu escoriações e um corte no rosto. Ambos foram atendidos no Hospital Regional Darcy Vargas, em Rio Bonito, e não correm risco de morte.

Para resgatar as vítimas, os bombeiros precisaram cerrar o carro e as vítimas fatais ficaram bem mutiladas. Todo o trabalho durou cerca de duas horas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a hipótese de que o carro tenha sido atingido pelo caminhão não pode ser confirmada porque a queda no barranco avariou muito o Fox.

A morte das jovens comoveu Silva Jardim e durante toda a noite e madrugada do dia 18 foi o assunto mais comentado, sobretudo nas redes sociais. Ana Cláudia trabalhava há cerca de uma semana numa casa lotérica da cidade. Já Juliana Cler trabalhava na Procuradoria Geral da Prefeitura de Silva Jardim.

A dupla formada por Ana Cláudia e Juliana Cler era figura carimbada nas festas e eventos sociais de Silva Jardim e região. A morte prematura das amigas foi muito lamentada, centenas de pessoas compareceram ao velório e ao sepultamento. A fatalidade ainda é assunto em Silva Jardim.

Família morre em acidente no Espírito Santo

No último dia 15/12, uma família que teria residência em Caxito, bairro de Silva Jardim, teve um trágico fim, na Serra de Alto Moledo, em Itaóca Pedra, Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo. A família viajava num caminhão Ford Cargo que transportava pó de calcário. O veículo foi carregado na Mineração Itália e se dirigia para São Paulo. Ao descer a serra, o veículo perdeu o freio, subiu em uma ribanceira, tombou e ficou de rodas para cima.

O condutor Luciano da Conceição, sua esposa Carla Maria Lopes e o filho do casal, Mateus Henrique Lopes da Conceição, de cinco anos, morreram instantaneamente.

Outro acidente

Também em Silva Jardim, por volta das 6h do dia 11/12, um acidente tirou a vida de Silvia das Neves Conceição (36) e um homem não identificado. Eles viajavam num Fiat Uno que ficou completamente destruído depois de colidir de frente com um caminhão Iveco. Os dois ocupantes do caminhão, Ivo Coimbra de Brito, 34 e Ivanildo Caboclo da Silva, 57, sobreviveram.

Foto 1 – Folha dos Municípios/ Foto 2 – Site de Cachoeiras do Itapemirim

A hipocrisia e o assistencialismo

Flávio Azevedo - Reflexões

Nos últimos dias de dezembro, diante da notícia de que o Centro de Oncologia de Rio Bonito (CORB) entraria em funcionamento, no dia 2 de janeiro, publicamos, no Facebook, o seguinte comentário: “Os “assistencialistas” e “aproveitadores” estão com os dias contados! Com o tratamento do Câncer em Rio Bonito, o leva e trás de doentes (assistencialismo) e aquele monte de gente pendurado em porta de político pedindo carona (aproveitadores) tende a acabar. Que bom!”.

Diante da afirmação, o nosso amigo e colaborador Christiano Oliveira, o popular Kit, deu a seguinte opinião: “não sei se o seu é comentário é direcionado a alguém especificamente, mas assistencialismo e “aproveitadores” existe em todas as esferas políticas. Acho que nesse ponto todos os pré-candidatos têm culpa no cartório. Porém, há que se destacar o benefício do Centro de Oncologia na nossa cidade e pronto! Ou você acha que os aproveitadores do governo não irão se aproveitar dessa instituição?

Diante da postagem firme e verdadeira do amigo Kit, eu decidi me aprofundar no assunto, a fim de reparar algumas injustiças e justiçar ações que são repreensíveis, mas que se tornaram corriqueiras nessa relação de amor e ódio entre políticos e eleitores.

Em Rio Bonito, quando se fala de assistencialismo, é comum as pessoas se lembrarem de imediato o nome da ex-prefeita Solange Almeida (PMDB), que é rotulada como assistencialista, como se somente ela utilizasse esse instrumento. Para mostrar que o problema é geral, transcende as fronteiras riobonitenses e se alastra de Leste a Oeste e de Norte a Sul em nosso país, eu começo perguntando: “qual é o político que nunca deu uma cesta básica (o elemento mais manjado do assistencialismo)?

O oferecimento de cestas básicas por entidades e organizações não governamentais e/ou pessoas físicas e jurídicas (desinteressadas), eu entendo como caridade. Entretanto, conta o folclore político local, que políticos importantes utilizariam a Secretaria de Bem-Estar Social (hoje e antigamente) para fazer oportunistas doações (de cestas básicas a material de construção). Pergunto: “isso é o que?”. Desculpe, mas para mim isso não passa de um deslavado assistencialismo!

Engana-se, porém, quem pensa que só existe assistencialismo na Saúde e no setor de Bem-Estar Social! Temos, por exemplo, o "Assistencialismo de Porta de Cadeia". Isso acontece quando determinado político mantém um advogado de plantão para que ele salve a pele de “ladrõezinhos de galinha” e de “esticas e aliciadores”. Geralmente, eles são filhos daquele casal humilde que recorre ao tal político pedindo: “pelo amor de Deus ajuda o meu filho”. Resultado: o pilantra fica solto, e a família encabrestada.

No dia 21 de fevereiro de 2011, um estudante da rede municipal, um menino de 13 anos, foi surpreendido em sala de aula com um revólver. O caso parou na 119ª DP, mas por interferência de assessores de um figurão da política local, a situação foi acomodada. Esse é um exemplo clássico de assistencialismo de porta de cadeia. E, detalhe, nesse caso, o assistencialismo está contribuindo para a formação de deliquentes. Parabéns ao figurão!

Outro assistencialismo desavergonhado é o tal do Contrato. Sobretudo quando as eleições se aproximam, o volume de gente absolvida pela máquina é gigantesco. Isso acontece em qualquer Prefeitura, já se tornou cultural e o pior: as pessoas continuam se deixando enganar. A esperança do assistido é que “se fulano ganhar, eu vou continuar trabalhando”. Como não dá para manter todo mundo, o cara é demitido. Resultado: em alguns meses aquele apaixonado eleitor é encontrado falando mal do político que até recentemente ele defendia com unhas e dentes. O problema é que passados três anos, o sujeito volta a cair na mesma armadilha, porque o assistencialismo aliena.

Outro assistencialismo importante – talvez o mais venal – é o que classifico como “Assistencialismo de Grife”. Nesse caso, o favorzinho dá lugar às barganhas políticas. Os envolvidos, porém, são os formadores de opinião (gente que tem largo círculo de amizade e/ou recursos financeiros). Eles são médicos; empreiteiros; dentistas; industriais; comerciantes; pecuaristas e fazendeiros; advogados e serventuários da Justiça; empresários, principalmente aqueles que militam no setor de alimentos, transporte, postos de combustível, clínicas e laboratórios; jornalistas e pessoas ligadas a Comunicação Social; contadores, corretores, construtores, farmacêuticos, entre outros profissionais.

No Assistencialismo de Grife, o favor nem sempre é absolvido diretamente. Ele pode ser indireto, através da indicação da esposa do “beneficiado” para a direção daquela escola (um dos motivos para não termos eleições para diretor); ou a nomeação do filho(a) ou sobrinho(a) do “beneficiado” para a coordenação daquele setor ou programa do município.

Tem ainda aquele projeto de obra, loteamento ou abertura de um negócio que está travado na burocracia municipal, mas ganha repentina celeridade porque um apoio foi negociado. Também é muito comum a liberação daquele pagamento por serviço que já foi prestado. Isso sem falar na tradicional e comum vista grossa para determinadas situações que são praticadas pelo correligionário. Tudo em nome da política de boa vizinhança, mas que não passa de um tremendo assistencialismo!

O interessante é que o “Assistencialismo de Grife não é muito abordado, porque assiste uma parcela importante da sociedade. Diante dessas análises, a minha sugestão é que “atire a primeira pedra quem não tiver pecado”! E já que impera a hipocrisia, é salutar que nós olhemos para o nosso próprio umbigo, façamos um exame de consciência e comecemos a mudar essa triste realidade a partir de nós.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Centro de Oncologia começa funcionar na próxima segunda-feira (02/01)

Flávio Azevedo

A partir do próximo dia 2 de janeiro, os pacientes de Rio Bonito e região que fazem tratamento contra o Câncer serão atendidos no Centro de Oncologia de Rio Bonito (CORB), que é uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade Oncológica (Unacon). A unidade está instalada no antigo ambulatório do Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV). Embora a unidade fisicamente estivesse pronta, o início do funcionamento dependia de trâmites burocráticos relacionados ao governo estadual e federal.

Por ser uma Unacon, o CORB não vai tratar de pacientes com cânceres raros. Já os tumores mais comuns (Mama, Próstata, Intestino, Estômago, Pulmão, Pele, região ginecológica e urológica), que são cerca de 85% dos casos que se manifestam serão tratados no CORB. Para o tratamento dos casos mais raros (cânceres na região da cabeça, do pescoço, a leucemia, as doenças infantis), o governo prioriza o Inca como referência, “para que o tratamento dessas doenças alcance a expertise desejada”, explica o administrador da unidade, o médico Marcelo Pereló.

Depois de inaugurar o CTI e ver entrando em funcionamento a Unacon, a secretária municipal de Saúde, Maria Juraci Dutra, disse que o próximo objetivo é construir uma UTI Neo-natal em Rio Bonito.

Relembrando

Em entrevista concedida ao programa “O TEMPO EM RIO BONITO”, no dia 21 de agosto, Marcelo Pereló comentou que “a nossa expectativa é que em breve nós tenhamos cerca de 1,5 mil pacientes em tratamento de quimioterapia e estejamos realizando 250 cirurgias por mês”. A qualificação da equipe do CORB é excelente. No quadro de médicos da unidade, por exemplo, profissionais de ponta da área de oncologia, como Cláudio Calazans e Luiz Eduardo Prata, que desempenharam cargos importantes no Inca, estarão atendendo a toda comunidade.
– O cidadão mais humilde de Rio Bonito e região será tratado por médicos que ele não teria acesso se estivesse fazendo o seu tratamento no Inca. Aqui, porém, esses especialistas estarão na linha de frente do CORB – destacou Pereló.

Além da terapia desgastante e o impacto da doença, o transporte até o local de tratamento é outro problema que atinge o portador do Câncer. Algumas pessoas precisam acordar muito cedo – 4h ou 5h – para embarcar na condução oferecida pelo município. “Chegando lá, passam por um procedimento de 15 ou 30min, mas se veem obrigadas a ficar por lá até o período da tarde para regressar no ônibus que trás de volta todos os pacientes. E como essa pessoa se alimentou?”. Ainda segundo Pereló, alguns pacientes que eram atendidos em Cabo Frio, agora, farão o tratamento aqui em Rio Bonito, bem mais próximo de casa, o que ajuda significativamente o tratamento.

O impacto financeiro na renda familiar é outra realidade apontada pelo médico como um problema comum que atinge a pessoa afetada por um Câncer.
– Quando a pessoa descobre a doença, por conta do tratamento é comum que ela deixe o trabalho. Geralmente, esse doente tem um acompanhante, que dependendo da situação, também se vê forçado a abandonar o emprego. Ou seja, o impacto econômico para aquela família é considerável – analisa Pereló, que acredita ser a proximidade do local de tratamento, um atenuante significativo para que o paciente passe a ter mais dignidade e maiores chances de cura.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Atleta para-olímpico Carlos Barbosa recebe “Medalha do Mérito Esportivo Maurício Badr”

Flávio Azevedo

Além da carga de emoção, natural a qualquer jogo final, o secretário municipal de Esporte e Lazer, Ronen Antunes, aumentou ainda mais a adrenalina do público que prestigiava a final do Circuito de Futsal da Indústria e Comércio, no último dia 16 de dezembro, ao homenagear com a “Medalha do Mérito Esportivo Maurício Badr”, ao atleta para-olímpico Carlos Barbosa, o Guto.

A homenagem aconteceu no intervalo da partida entre Cerâmica Marajó e Pé Bacana. O para-atleta conquistou uma medalha de ouro na modalidade vôlei sentado, nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, no México, no último dia 19 de novembro. Ao ter o seu nome anunciado o para-atleta foi ovacionado pelo público que lotava o Ginásio Antonio Figueiredo.

Na oportunidade ele disse que gostaria de repartir a homenagem com a população riobonitense que tem sido muito receptiva com ele e convidou dois outros atletas para-olímpicos para serem homenageados pela torcida. Entre eles, o para-atleta Josiel Muniz, o popular Jô.

Machu Picchu, no Peru, é uma lição de ocupação responsável do solo e civilidade

Flávio Azevedo - Reflexões

A Globo News reprisou hoje (26/12/2011) um documentário sobre Machu Picchu, no Peru. A cidade sagrada dos Incas é talhada na montanha e obedece a padrões rigorosos de engenharia. O que chama a minha atenção é que apesar de serem povos “primitivos”, os incas tinham preocupação com o escoamento da água sob dois aspectos: não deixar de irrigar as plantações e evitar os deslizamentos de terra.

Em nosso tempo, os povos “evoluídos” não estão nem aí para nenhuma dessas questões, principalmente em relação aos deslizamentos de terra. Em nome do “foi o único lugar que sobrou para abrigar a minha família” (pobres); e o “quem tem dinheiro constrói onde quer” (ricos), os povos modernos erguem suas moradias, irresponsavelmente, em qualquer lugar. Enquanto no ano 1.400, os pré-colombianos tinham preocupação em não obstruir o fluxo da água para não ter surpresas desagradáveis com a natureza, em 2011, os caras não estão nem aí!

Se fizermos uma ligeira comparação entre esses povos, quem é primitivo e/ou evoluído?

Se as antigas civilizações (Incas, Maias e Astecas) são consideradas primitivas, por oferecer seus filhos em sacrifícios vivos ao “Deus Sol”; as civilizações atuais sacrificam os seus filhos ao “Deus do Capital”. Ou seja, hoje, adolescentes e jovens morrem aos milhares vitimados por acidentes automobilísticos e por conta do envolvimento com o tráfico de drogas. Tudo isso em nome da vida fácil e fútil, dogmas que são apregoados pelo Capitalismo e aceito pelas famílias, como acontecia com Incas, Maias e Astecas.

Boa Esperança/RB, uma localidade desesperançada!

Flávio Azevedo - Reflexões

Encontro no Facebook, uma foto muito bonita de Boa Esperança, 2º Distrito de Rio Bonito (foto 1)! A imagem foi capturada por Ana Carla Alves e mostra que o projeto Natal Bonito, uma excelente iniciativa da Prefeitura Municipal, também alcançou a localidade. Que os símbolos do Natal sejam canal de bênçãos para os nossos amigos de Boa Esperança e adjacências. Que eles tenham de fato um Ano Novo cheio de paz, alegria, Saúde, prosperidade e, sobretudo, OPORTUNIDADES!

Diante de alguns comentários e inquietações externadas por quem reside nesse pitoresco e aprazível, local, eu decidi fazer algumas reflexões sobre o 2º Distrito, onde eu também tenho raízes. Para quem não sabe, a minha saudosa avó, Isaura Araújo Braga, filha de Anísio Monteiro, era natural de Boa Esperança, o que me faz ter muito carinho pela localidade, onde ainda tenho muitos parentes.

Devo iniciar a minha reflexão sobre o 2º Distrito dizendo que esse trecho da nossa cidade é intrigante. Curiosamente, esse é o local apontado pelos analistas políticos como aquele que define as eleições municipais. Entretanto, é comum vermos os menos favorecidos (a maior parte) acompanhar o voto dos mais abastados. Por quê? Para quem não conhece, o local carece de investimentos que realmente ofereçam dignidade aos seus moradores. Por lá, as únicas alternativas de fonte de renda são os empregos (geralmente subempregos) oferecidos nas lanchonetes, cerâmicas e, antigamente, nos pavilhões de laranja (hoje, praticamente extintos).

Nessa praça que vemos na foto, do outro lado, na pista de decida da RJ – 124 (Via Lagos), a histórica casa, onde a princesa Isabel teria se hospedado, está escorada porque pode desabar a qualquer momento (foto 2). Se fosse revitalizada, o local poderia ser mais uma fonte de renda por conta dos muitos turistas que passam por lá em direção a Região dos Lagos ou vindo dela. Mas existe política de Turismo em Rio Bonito?

Junte-se a isso, o Complexo Agrícola Anísio Antunes Figueiredo Filho. Localizado na Prainha, o local poderia ser socorro importante para os lavradores e pequenos produtores rurais. Através de cooperativas e mecanismos dessa natureza, eles poderiam expor, nesse local, o que é produzido em suas propriedades (verduras, legumes, frutas, hortaliças, galinhas, ovos etc.). O alvo também seriam os turistas que passam por ali em busca da Região dos Lagos. Mas a pasta da Agricultura, como acontece com o Turismo, é risível e quase fictícia!

Dura realidade

Nos últimos anos, as obras de pavimentação, drenagem e saneamento foram muitas, sobretudo no Parque Andréa, que também ganhou o Ginásio Poliesportivo Satiro Narciso de Oliveira. Em Nova Cidade, outra localidade crítica do ponto de vista social, o município iniciou a construção de um ginásio, que será bem-vindo e elevará a auto-estima das pessoas. Todavia, embora sejam necessários, sozinhos esses investimentos não interferem no juízo de valor das pessoas, o que só é alcançado com Educação de qualidade; acesso a direitos básicos e emprego.

Nas localidades mais periféricas do 2º Distrito, o consumo de drogas lícitas e ilícitas se alastra de maneira incontrolável. A falta de opções de lazer e oportunidades de trabalho transforma o lugar em terra fértil para as drogas. A ociosidade e os episódios de violência são corriqueiros. Os muitos casos de gravidez na adolescência é outro fenômeno que sinaliza a existência de um desequilíbrio social acentuado que nunca foi atacado na sua essência!

Terra de excelentes jogadores de futebol – alguns conseguiram romper as barreiras da dificuldade e desigualdade para brilhar no futebol internacional –, a localidade seria o ponto ideal para abrigar um Centro de Treinamento profissional para transformar promissores jovens em profissionais da bola e/ou cidadãos. Mas quando eles são procurados, o que é oferecido é a oportunidade de fraudar a data de nascimento (gato) para alguém sem escrúpulos ganhar dinheiro fácil. Gente que se aproveita da desgraça alheia! Enquanto isso, Esperança e Castelo, tradicionais clubes do 2º Distrito, estão à míngua e entregues a própria sorte!

Enfim, se as famílias abastadas da localidade têm condições de recorrer ao Centro de Rio Bonito e outras cidades (Niterói e Rio de Janeiro) para suprir suas necessidades (o que teoricamente os fazem não demonstrar a devida preocupação com a miséria que existe ao lado); as famílias menos favorecidas, em sua maioria, não têm a iniciativa de mudar essa realidade. Ninguém pensa em ficar, lutar e mudar. A ideia é o “vou embora daqui”.

Certamente, isso acontece porque a expectativa de mudança de vida, sobretudo entre os mais humildes é imediatista. A esses não foi avisado e/ou ensinado que o evoluir economicamente só acontece em longo prazo. O imediatismo faz com que a maior parte dos adolescentes pobres ingresse nas fileiras do tráfico de drogas, onde o dinheiro aparece rápido, mas o vício consome o almejado lucro e transforma o sujeito num eterno refém da ilegalidade... Num soldado da marginalidade!

Diante disso, podemos ter uma “Esperança Boa” para o 2º Distrito? É claro que sim, mas precisamos nos mobilizar e movimentar para isso!

Natal Bonito em Boa Esperança/RB


Essa foto é de Ana Carla Alves e mostra que em Boa Esperança, 2º Distrito de Rio Bonito, o Natal também foi iluminado! Bela imagem! Feliz Natal e um Ano Novo cheio de paz à todos os nossos amigos que residem nesse trecho do município!

domingo, 25 de dezembro de 2011

Fogos de Artifício no Natal... Nada haver!


Quando eu era criança, rojões e fogos de artifício eram assessórios para eventos como Réveillon; jogos da Seleção Brasileira (em Copa do Mundo); time do coração campeão; e as desaparecidas Festas Juninas. Ontem, porém (véspera de Natal), ouvi estampido de fogos de artifício. Sem querer ser rabugento – mas já sendo –, o que tem haver as tais explosões com o “Espírito Natalino”? Quem inventou essa loucura deve ser o mesmo tarado que substituiu o samba do Carnaval por música baiana!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Presenteie sem gastar dinheiro...


Se você está triste por não ter dinheiro ou presentes para fazer o Natal e o Ano de Novo de alguém mais feliz... Doe sangue! Certamente, você irá beneficiar alguém que nem imagina! Eu não tenho dúvida que o seu sangue é mais eficiente e beneficente que brinquedos, guloseimas e garrafões de vinho!

Para ser um doador de sangue é necessário estar bem de saúde, ter entre 18 e 67 anos. Pessoas com idade inferior a 18 anos (entre 16 e 17 anos) podem doar acompanhados do responsável ou com autorização prévia do responsável.

O doador precisa pesar mais de 50 quilos e deve procurar o Centro Municipal de Hemoterapia, na Mangueirinha, em Rio Bonito, de 2ª a 6ª feira, das 7h às 12h. Não é preciso estar em jejum, mas é bom não ingerir alimentos gordurosos no dia anterior à doação. Também é necessário apresentar um documento de identidade no momento do atendimento.

PS: Caso não possa doar, compartilhe!

Proerd forma 160 alunos em Rio Bonito


O Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD) formou cerca de 160 alunos de escolas públicas de Rio Bonito, na tarde do último dia 13 de dezembro. A solenidade aconteceu no Esporte Clube Fluminense e contou com a participação de diversas autoridades do município. Parabéns aos alunos!

O que é?

O Proerd desenvolveu-se no Brasil, com o objetivo primordial de atuar na prevenção do uso de drogas por crianças e adolescentes. Diante do crescente poder de atração das drogas, que ilude e engana nossas crianças, jovens e adultos, as organizações governamentais e não governamentais, relacionados direta ou indiretamente a segurança pública, têm se empenhado, de várias formas para coibir as ações criminosas que estão destruindo a sociedade.

Conclui-se desta forma, que os esforços encontram maior eficiência quando se adota uma postura educacional, preventiva, de cunho estratégico. O Proerd, com sua missão de educar as crianças, no seu ambiente. A família, a polícia e a escola foram fatores preponderante que motivaram em 1983, a criação do DARE pelo Distrito Escolar e Departamento de Polícia de Los Angeles (EUA). O propósito era de forma didática e pioneira, atuar na prevenção do uso de drogas pelas crianças e adolescentes.

No Brasil o programa chegou em 1992, através da Polícia Militar do Rio de Janeiro, quando recebeu o nome em português de Proerd, que tem por objetivo a prevenção ao uso de drogas entre crianças em idade escolar através do fornecimento de informações sobre álcool, tabaco e drogas. Ao aluno também é ensinado, na prática, as formas de dizer não às drogas. O Proerd orientar os estudantes a tomar decisões e a conhecer as conseqüências de seus comportamentos; e por último, ma não menos importante, trabalha a auto-estima das crianças, ensinando-as a resistir às pressões que as envolvem.

Você aceita o Natal?

Flávio Azevedo - Reflexões

Correria, consumo exagerado de tudo, mesa farta, muita bebida, troca de presentes (nem sempre com sinceridade), “Feliz Natal!” e votos de felicidade... Esse é o cenário do Natal! Tudo isso é uma espécie de culto ao nascimento de Jesus. Porém, não adianta nenhum tipo de celebração a esse acontecimento, se não soubermos o verdadeiro propósito da vinda do Filho de Deus a este planeta corrompido pelo mal.

Se não entendermos, e, principalmente aceitarmos, o sacrifício que o menino Jesus fez, 33 anos depois de ter nascido, não há sentido nas celebrações que envolvem o Seu nascimento. João escreveu no capítulo 3, verso 16, do seu evangelho, que “Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”. Ainda segundo João, “Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele” (3.17).

Sendo assim, em meio a tanta alegria e festejos, é salutar parar um pouco e refletir a respeito do significado desses episódios. Jesus... Por que Ele nasceu? Como Ele viveu? E, sobretudo, para que e por quem Ele morreu? A pergunta mais importante, porém, deve ser: “estou correspondendo? Compreendo o propósito de Deus para mim? De que lado eu estou no grande conflito entre o bem e o mal?

Sobre Jesus Cristo, esse que inspira o tal “Espírito Natalino”, o livro “O Desejado de Todas as Nações, na página 83, trás o seguinte comentário: “Far-nos-ia bem passar diariamente uma hora a refletir sobre a vida de Jesus. Deveremos tomá-la ponto por ponto, e deixar que a imaginação se apodere de cada cena, especialmente as finais. Ao meditar assim em Seu grande sacrifício por nós, nossa confiança nEle será mais constante, nosso amor vivificado, e seremos mais profundamente imbuídos de Seu espírito. Se queremos ser salvos afinal, teremos de aprender ao pé da cruz a lição de arrependimento e humilhação”.

Se não meditarmos e, sobretudo não compreendermos o verdadeiro motivo do sacrifício de Jesus, que tem início por ocasião do seu nascimento, as trocas de presentes são em vão, os votos de “Feliz Natal” não terão sentido; a nossa passagem aqui nessa terra se torna vazia e sem referencial.

Que nesse novo ano, nós possamos atender e entender o conselho que S. Pedro deixou no capítulo 5, versos 6 e 7 do seu primeiro livro: “Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”.

Feliz Natal e Próspero Ano Novo!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

COMUNICADO

Flávio Azevedo

Na internet, mais precisamente no Facebook, existe uma foto da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, que foi feita pelo Sr. James Donohue. Segundo fontes, ele também fez outras fotos da nossa cidade. Ao prezado James, que não é o meu irmão (James Azevedo), seja bem-vindo e continue fotografando Rio Bonito!

Entretanto, diante de certo reboliço que vimos nas ruas da cidade e na Internet, por ocasião da chegada do jornal O TEMPO EM RIO BONITO (algumas pessoas acharam que surrupiamos a foto do Sr. James Donohue), eu preciso esclarecer que a foto que publicamos na primeira página é minha! A foto acima!

Sobre a foto que circula no Facebook do Sr. James Donohue, parabéns, realmente ela é muito bonita! Mas a que foi publicada no meu jornal é minha! E por isso eu não coloquei o crédito.

PS: dada a carga religiosa que inserimos no texto da primeira página, antes que algum líder religioso apareça dizendo que escreveu o referido texto, devo esclarecer que aquela redação também é de minha autoria!

Um abraço a todos, obrigado pelo carinho, sobretudo pela excelente recepção que os amigos deram ao jornal O TEMPO EM RIO BONITO!

Um beijo em todos, Feliz Natal e um Ano Novo repleto de realizações!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Cerâmica Marajó e Shekinah botam adversários para sambar no Indústria e Comércio de Futsal

Flávio Azevedo

Depois protagonizar cenas de vandalismo e agressão aos árbitros em várias partidas da competição, o Campeonato de Futsal da Indústria e Comércio terminou em Carnaval. Apesar do tumulto entre às jogadoras da Cerâmica Marajó e Pé Bacana, quando a final feminina terminou, a finalíssima entre Shekinah e Enzo Kids foi disputa na bola e foi um dos melhores jogos de Futsal da competição nos últimos anos. As partidas aconteceram na noite da última sexta-feira (16), no Ginásio Antonio Figueiredo, no Rio Bonito Atlético Clube.

No feminino, a Cerâmica Marajó fez 4x2 na equipe da Pé Bacana e conquistou o bi-campeonato. Os gols da Marajó foram de Salsicha (2), Marcela e Samara. Para o Pé Bacana marcaram Deyse e Verônica. Já no masculino, Max Sandro desequilibrou para o Shekinah, que fez 10x8 no Enzo Kids e ficou com o título. Para o Shekinah marcaram Max Sandro (4), Carlos Antonio (2), Alex (2), Feijão e Carlos Alberto. Os gols do Enzo Kids foram de Hebert (4), Dudu (2), Tatico e Luciano.

Os jogos

Se no feminino, a equipe da Cerâmica Marajó, liderada por Salsicha, dominou os dois tempos e construiu a vitória com tranquilidade; no masculino, o resultado esteve aberto até os últimos segundos. O apaixonado torcedor do Shekinah só soltou o grito de “é campeão” na contagem regressiva do placar. Quando a árbitra Fernanda Lima deu o apito final, o torcedor do Shekinah invadiu a quadra para comemorar. A partir daí o ginásio Antonio Figueiredo virou uma quadra de escola de samba. A batucada era conduzida por ritmistas do bloco carnavalesco Unidos da Galera.

Na final feminina, o time Pé Bacana, que venceu a Cerâmica Marajó na fase de grupos, pelo placar de 6x3, não demonstrou a mesma vibração, foram dominadas e o nervosismo foi o pior inimigo. O desequilíbrio das jogadoras Rayana, Leandra e Verônica, que começou na quadra e terminou nas arquibancadas confirma que o time não estava tranquilo.

Já no masculino, num jogo que ficou aberto o tempo todo, Max Sandro e Hebert encheram os olhos do torcedor com jogadas de cinema. Ambos marcaram quatro gols e foram decisivos para os seus times. No Shekinah, Max Sandro tinha a companhia de Pupu e Alex. No Enzo Kids, Hebert contava com o decisivo Dudu, a habilidade de Padeiro, Tatico, mas prevaleceu a maior categoria do Shekinah, que contou com o goleiro Ricardo numa noite inspirada. Nem a expulsão de Feijão atrapalhou a equipe que contou com Carlos Alberto para substituí-lo e o garoto deu conta do recado.

Homenagem

Além da carga de emoção, natural a qualquer jogo final, o secretário municipal de Esporte e Lazer, Ronen Antunes, entregou no intervalo do jogo feminino, a “Medalha do Mérito Esportivo Maurício Badr”, ao atleta para-olímpico Carlos Barbosa, o Guto, morador de Rio Bonito. Ele conquistou uma medalha de ouro na modalidade vôlei sentado, nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, no México, no último dia 19 de novembro e roubou a cena. Ao ter o seu nome anunciado o para-atleta foi ovacionado pelo público.

Artistas do espetáculo

A Cerâmica Marajó começou jogando com Liliana, Kerla, Salsicha, Marcela e Samara. Completaram o time as atletas Jaqueline, Verônica, Camila Cardoso, Camila Mota, Raquel, Letícia, Daniele, Thaiane e Tainá. A comissão é composta por Júlio César Freitas, Guilherme Guimarães e Tâmara Silva.

A Pé Bacana jogou e perdeu com Lorinha, Suellen, Verônica, Deyse e Fernanda. No banco, o treinador Everaldo Azevedo, que atuou acompanhado de Carlos Eduardo e Romário Costa, contou com Karina, Patrícia, Jenyffer, Rayana, Maria Teresa, Leandra, Daniele, Caroline e Nataly.

No masculino, o Shekinah veio para o jogo com Ricardo, Feijão, Alex e Max Sandro. O time ainda contava com Geórgeles, Carlos Alberto, Carlos Antonio, Carlos Evandro, Filipe e Rodrigo. O treinador é Roberto Guarandi, que atuou auxiliado por Jordan da Silva.

A equipe da Enzo Kids formou com Berola, Luiz Guilherme, Dudu, Hebert e Papel. Compunham o banco de reservas os jogadores Padeiro, Tatico, Segundinho, John, Juliano, Mateus e Otávio. O treinador é Willian de Oliveira, que atuou com auxílio de Júlio César Nacimento.

A arbitragem foi do quarteto Lisieux Araújo, Fernanda Lima, Thiago Lasmar e Frank Graneiro

sábado, 17 de dezembro de 2011

Policiais militares prendem menores traficantes na Serra do Sambê

Flávio Azevedo

Depois de alguns dias de ronda pela pelo bairro da Serra do Sambê, policiais militares da 3ª Companhia de Rio Bonito prenderam na manhã de hoje (sábado/17), quatro menores sob a acusação de tráfico de drogas e porte ilegal de armas. Eles foram capturados na antiga represa da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) portando maconha, cheirinho da loló, cocaína, crack, R$ 182,00 e uma pistola 380. Os menores disseram que moram em Manguinhos/RJ. Três tinham 16 anos e um 15. A prisão foi registrada na 120ª DP (Silva Jardim).

Moradores do bairro denunciam um suposto crescimento do tráfico de drogas na localidade. Eles apontam como referência o volume de carros nas noites serranas, sobretudo nos fins de semana.
– Aqui na minha rua o entra e sai de carros e motos não nos deixa dormir. É um vai e vem que dura toda a madrugada. O que me deixa indignado é que essas pessoas não moram na Serra, mas depois posam de santo e ainda dizem que o nosso bairro é um lugar violento. Eu não tenho nada com a vida de ninguém, cada um faz o que quer, mas quem tem filhos adolescentes se preocupa com essa situação – reclama o morador que prefere não se identificar.

OBS: por serem menores, os presos por tráfico não podem ser fotografados e expostos na imprensa.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A culpa é nossa!

Flávio Azevedo - Reflexões

Ontem (15/12), a Câmara Municipal de Rio Bonito, decidiu em duas horas, a vida da cidade para o ano de 2012 (366 dias). Eles aprovaram 12 mensagens, entre elas o Orçamento do município que poderá chegar a R$ 180 milhões. Apesar da importância, sobretudo dessa matéria, não havia um cidadão acompanhando a sessão. Também não vimos por lá os pré-candidatos a vereador que se dizem renovação e anunciam aos quatro ventos que serão diferentes atuais parlamentares. Onde estão? Serão realmente diferentes?

Talvez seja por isso que o trânsito está do jeito que está; que os carros estacionam em qualquer lugar; que os desabrigados vitimados pelas chuvas de 2008 e 2009 ainda não receberam as suas casas; que os investimentos reclamados para Saúde, Educação, Transporte e Segurança, sejam diminutos; que o Parque da Caixa D’Água está entre às moscas; que a usina de compostagem de lixo do Mato Frio virou um lixão; que a nossa água foi dada para a CEDAE; que os projetos culturais, entidades esportivas e instituições assistenciais não têm o apoio devido; que as drogas, lícitas e ilícitas, infestam a cidade e domina a vida dos nossos jovens e adolescentes; entre outras coisas.

Com os votos contrários de Márcio da Cunha Mendonça, o Marcinho Bocão (DEM); e Carlos André Barreto de Pina, o Maninho (PPS), os parlamentares deram 5% de remanejamento em suplementações para o prefeito José Luiz Antunes (DEM) no exercício de 2012. A Emenda foi do vereador Saulo Borges (PTB). O prefeito havia pedido 50%. A Emenda do vereador Maninho que dava 15%, nem chegou a ser votada.

E o plenário da Casa estava lotado de cadeiras vazias! Parabéns riobonitenses!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Jovem estuprada na saída de show gospel é uma lição aos pais desatentos e um alerta a falta de limites

Flávio Azevedo

Uma jovem de 16 anos foi estuprada depois de sair do show Exalta Cristo, em companhia de amigas, em Venda das Pedras, Itaboraí, por volta de 1h. Ela foi sequestrada por três homens e estuprada dentro do carro dos criminosos, um Gol bege, que capotou, durante a fuga dos bandidos, na Estrada dos Pachecos. “Ele saiu do carro e disse: ‘é você quem eu quero’. Em seguida, fui jogada para dentro do carro”, contou a vítima.

Um dos acusados é José Felipe Frem de Souza, de 21anos, que foi preso, na tarde de ontem (terça-feira/13), por agentes da 71ª DP (Itaboraí). Ele estava em casa, na localidade de Parque Ribeira, no distrito de Papucaia, em Cachoeiras de Macacu. Outros dois suspeitos, identificados pela polícia como Felipe de Jesus Alcântara, de 24 anos; e Thiago Almeida da Silva, de 21 (foto), já tiveram a prisão preventiva pedida à Justiça. Segundo a polícia, Felipe de Jesus tem duas anotações criminais por furto.

O criminoso José Felipe foi localizado porque esqueceu a carteira de identidade no carro. “A partir daí conseguimos a identificação dos outros suspeitos”, contou o delegado Wellington Vieira.

Reflexão

Aos pais mais desatentos fica uma dica: o fato de o evento ser evangélico não elimina a necessidade dos pais acompanharem os filhos menores. Sabemos que o mundo atual inverteu os valores, mas uma menina de 16 anos, na rua, sozinha, de madrugada (1h), sempre estará exposta a acontecimentos desagradáveis como esse. É lamentável o desinteresse dos pais para com os filhos!

Experiência

O filho adolescente fez um pedido ao pai, mas ele responde negativamente. O filho, indignado, vai dormir contrariado e aborrecido! Algum tempo depois, o pai entra no quarto e diz: “durma zangado, mas não durma arrependido”.
Contando essa história, o tal filho, que hoje é homem feito e pai de adolescentes, diz: “naquele dia eu não entendi nada, hoje, porém, percebo que o velho tinha razão!”.

Falta limites

Um dos problemas do mundo atual é a permissividade e a falta de limites. Uma menina de 16 anos, não pode estar na rua sozinha 1h da madrugada. Quanto aos três criminosos (estupradores), certamente são jovens a quem os pais não deram limites. Talvez eles nunca tenham aprendido em casa, que não se pode tirar as coisas dos outros à força.

Em entrevista recente ao programa “O Tempo em Rio Bonito”, o diretor do Colégio Cenecista Monsenhor Antonio de Souza Gens, Carlos Alberto Machado, o professor Betinho, disse que, hoje, as crianças chegam à escola sem nenhuma educação primária. “As crianças chegam sem saber o significado de palavras chaves para o convívio em comunidade como “muito obrigado!”, “me desculpe!”, “por, favor!”, “com licença!”, entre outras”, contou o educador.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ricardo Eletro de Rio Bonito fechada por falta de Alvará

Flávio Azevedo

Os riobonitenses ainda estão estupefatos com o fechamento da loja Ricardo Eletro da cidade. A determinação foi da Secretaria de Fazenda da Prefeitura de Rio Bonito. O caso aconteceu ontem (segunda-feira/12 de dezembro). A loja, que havia sido inaugurada no último dia cinco, estaria funcionando sem Alvará, e os prazos que teriam sido dados pelo município para a regularização do referido documento teriam sido ignorados pela empresa, segundo explicou um funcionário do setor de fiscalização da Prefeitura.

Em conversa informal com o secretário de Fazenda em exercício, João Balbino, tomo conhecimento que não foi apenas a falta do Alvará que motivou o fechamento do estabelecimento. De acordo com ele, existe pendência de outros documentos importantes, por exemplo, a liberação do Corpo de Bombeiros. Tudo indica que a pressa em inaugurar, por conta do Natal, foi um dos motivadores da abertura da loja sem a devida documentação.

Além da repercussão nas ruas, o caso também repercutiu nas mídias sociais, com destaque para o Facebook, que tem definido posicionamento de políticos importantes da cidade. Não foram poucas as pessoas que defendiam a ideia de que por conta do período natalino, a Prefeitura deveria rever o fechamento da loja.

Entretanto, outros diziam que caso isso acontecesse, os críticos de plantão iriam dizer que houve favorecimento; diriam que os fiscais levaram dinheiro para fingir que não viram a irregularidade, entre outros comentários já conhecidos em assuntos dessa natureza. Nós na verdade, estranhamos o fato de o prefeito não ter sido favorável ao empreendimento e não interfiriu na ação dos fiscais.

Reflexão

Concordamos que se deixarem os fiscais da Prefeitura trabalhar como manda o figurino, mais da metade das lojas da Cidade fechariam as portas. Essa permissividade das autoridades, porém, é antiga (seja em período eleitoral ou fora dele!); assim como a cara de pau do cidadão, que sempre aproveita o famoso “jeitinho brasileiro” para andar na irregularidade. Juntando tudo isso, nós chegamos a esse cenário: “as pessoas, inclusive eu, sem acreditar que a lei foi cumprida!”.

Caso existisse algum tipo de consideração com a irregularidade, certamente o debate seria outro. Por exemplo: “isso pode?”, “isso na é renúncia fiscal?”... Aliás, se alguém desconfia que o “Papai Noel da Ricardo Eletro” não passou pela Prefeitura de Rio Bonito; caso houvesse omissão do município, a crítica seria que o “Papai Noel da empresa deve ter passado pela Prefeitura com um saco bem pesado”! Alguém duvida disso?

Concluindo, também é vergonhoso que uma empresa do porte da Ricardo Eletro esteja funcionando sem Alvará ou outro qualquer documento. A chegada da empresa não foi surpresa, o aviso esteve disponível no site da empresa por vários dias (inclusive, pedindo o envio de currículo); e eles não deram entrada no Alvará?

Bom, ontem, na porta da loja, cartazes prometiam ao consumidor, que quando a loja for reaberta, as promoções serão imbatíveis!

Empresários do setor gastronômico em apuros com falta de qualificação profissional dos riobonitenses

Flávio Azevedo - Reflexões

Diante das muitas reclamações dos riobonitenses em relação ao atendimento nos bares e restaurantes da cidade, eu decidi fazer algumas reflexões que julgo serem pertinentes sobre o temível ATENDIMENTO RUIM, que atinge empresários, consumidores e os profissionais que trabalham no setor!

Eu começo destacando que a contratação de garçons eficientes já minimizaria em 80%, a reclamação direcionada ao ATENDIMENTO, que é a alma de qualquer negócio, sobretudo se estivermos falando de bares e restaurantes.

Se o profissional é caro, que o custo seja repassado no valor cobrado ao cliente. Eu, particularmente, prefiro pagar mais caro e ser bem atendido; do que pagar uma ninharia e sair insatisfeito. Aliás, os amigos que preferem pagar mais barato, que procurem as lanchonetes dos chineses. Por lá, o atendimento é mais rápido e o pedido não leva um minuto para ser entregue.

O problema é que nós riobonitenses somos tremendos caras de pau. Queremos comer e beber do bom e do melhor, mas não queremos pagar por isso. Também me incomoda outro fato: o sujeito sai de Rio Bonito para comer em Niterói ou no Rio de Janeiro, paga um absurdo, mas volta tirando onda e feliz (comportamento provinciano). Porém, quando vai aos estabelecimentos de Rio Bonito, reclama de tudo e de todos!

Sinceramente, eu tenho observado que com o intuito de economizar, a maior parte dos empresários do setor gastronômico está empregando pessoas sem qualificação. Por outro lado, as pessoas sem a tal qualificação, não demonstra o mínimo interesse em melhorar, por um único motivo: em Rio Bonito, a função de garçom é encarada como “bico” e não como uma “profissão”.

Resultado: nós (consumidores) ficamos no prejuízo; o estabelecimento, mal falado na boca do povo (por conta do mau atendimento); e o tal garçom, permanece sempre insatisfeito, por não estar fazendo aquilo que ele gosta!

Falta qualificação? Pode ser! Falta o empresário meter a mão no bolso e contratar profissionais que sejam realmente qualificados? Também pode ser, porque em várias oportunidades o empresário veio até a minha mesa (isso acontece muito nos sábados), com o seguinte argumento: “Desculpa a demora, mas é que, logo hoje, três garçons faltaram. Eles foram trabalhar num casamento, aí estamos com poucos garçons para atender!”.

Ao ouvir essa desculpa, eu concluo que esse empresário está no rol daqueles que não pagam bem o serviço do garçom! Porque se ele desse uma remuneração digna aos seus funcionários, ele não seria deixado na mão. Ninguém abandona um emprego em busca de outro que ofereça remuneração inferior!

Por outro lado...

... Conversando com empresários do setor, eles reclamam que não conseguem encontrar profissionais qualificados, que na cidade não existe cursos de qualificação para esse serviço e que quando aparece alguém oferecendo os tais cursos, as pessoas não têm interesse em se matricular.

O empresário Gustavo Miranda, sócio do Botequim Mirasauer (foto), comenta que para qualificar os empregados, a empresa tem que custear a passagem de funcionários para outros centros, porque em Rio Bonito não se encontra cursos dessa natureza. “Acaba ficando muito caro e inviável para a empresa custear esse serviço”, analisou.

A empresária Lilian Ximenes, da Padaria Nosso Pão, recentemente se queixou da falta de padeiros profissionais na cidade. De acordo com ela, “a padaria está precisando de profissionais qualificados (padeiro e confeiteiro), mas não encontramos ninguém com qualificação para contratar. Estamos procurando, mas não encontramos”, reclamou.

O empresário Carlos Alberto Gerhardt, proprietário do restaurante Ponto de Encontro, comentou que não vê essa escassez de profissionais para o setor como culpa da Prefeitura ou de outro qualquer órgão. Para ele as pessoas precisam buscar essa qualificação.
– Existe uma acomodação das pessoas naturais de Rio Bonito. Isso é tremendamente problemático para nós. Elas não buscam se qualificar por conta própria... Não correm atrás... O que nos força buscar funcionários de fora da cidade – comentou o empresário.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Fechamento do Hospital Colônia Rio Bonito é cinismo e falta de compromisso político com a Saúde Mental

Flávio Azevedo

Em agosto de 2010, os Ministérios Públicos, Federal (MPF) e Estadual (MPE); União, Estado e a prefeitura de Rio Bonito firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) contendo plano de ação para a desinternação de todos os pacientes do Hospital Colônia de Rio Bonito (HCRB) no prazo máximo de até um ano. O TAC resulta de uma investigação conjunta do MPF e do MPE conduzida pelo procurador da República Lauro Coelho Junior e pela promotora de Justiça Luciana Martinho, onde se verificou o abandono do manicômio e a falta de tratamento eficaz aos pacientes com transtornos mentais (isso não é de hoje!).

No último dia 9 de dezembro, nova notícia sobre a instituição. A Justiça Federal determinou que a União, o governo do Estado do Rio e a prefeitura de Rio Bonito, na região das baixadas litorâneas, assumam a gestão do HCRB. As três partes terão de elaborar um plano que viabilize a retirada de todos os pacientes da unidade. A ordem judicial partiu de um pedido dos Ministérios Públicos, Federal e Estadual, do Rio.

A investigação foi iniciada assim que promotores tomaram conhecimento de que o hospital estava abandonado e não cuidava de maneira adequada dos cerca de 300 pacientes lá internados. Uma liminar expedida pela 1ª Vara Federal de Itaboraí determinou que o município de Rio Bonito reforme as duas enfermarias da unidade em um prazo máximo de 30 dias. Além disso, terá de realizar reparos nas máquinas, comprar, lençóis, cobertores e colchões novos.

A prefeitura ainda precisará prestar contas dos valores repassados pelo governo federal para a manutenção do hospital e fornecer diretamente os insumos necessários ao funcionamento do hospital e concluir em até 120 dias a construção de duas residências terapêuticas para abrigar os pacientes que serão removidos.

Já a União deverá repassar à prefeitura de Rio Bonito a verba referente a 400 autorizações para internação hospitalar. A Justiça determinou também o bloqueio dos bens do hospital e de seus sócios administradores. Após o julgamento definitivo do processo, o MPF pede que o hospital seja descredenciado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e encerre suas atividades. O hospital também deverá restituir ao poder público o montante recebido nos últimos cinco anos de convênio com o SUS e ainda pagar multa no valor a ser estipulado pela justiça por danos morais coletivos.

O TAC tem como objetivo implementar a política prevista na Lei 10.216/2001, que visa acabar com o modelo de internação em manicômios, substituindo-o por um modelo que prevê o atendimento em família, mediante assistência dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), ou em residências terapêuticas, para os que não têm família. Uma comissão com representantes da União, Estado e Município deve gerenciar o deslocamento dos pacientes do hospital em Rio Bonito para locais adequados.

Caos eminente

Em agosto de 2010, segundo uma vistoria técnica do MPE realizada no hospital, em outubro do ano passado, o local possuía 432 pacientes internados, que ficavam deitados ou vagando pelas enfermarias e pátios sem qualquer atividade terapêutica ou recreativa. Nas enfermarias foi verificado a existência de infiltrações e umidades nas paredes e tetos e os prontuários médicos não estavam atualizados. As camas, muitas delas quebradas, não tinham lençóis, travesseiro, nem cobertor. Nos banheiros, além da deficiência na limpeza, muitos dos chuveiros elétricos e vasos sanitários não funcionavam (só descobriram isso, agora?). Por todo o ambiente do hospital, era possível sentir mau cheiro.

Explicações e emoção

Em 2009, o jornalista Flávio Azevedo visitou o HCRB e conversou com a diretora da instituição Maria Luisa Cid Loureiro. A época, ela disse que com as mudanças na forma de tratar a doença mental – desospitalização e a criação dos Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS) –, o HCRB está enfrentando uma profunda crise financeira. “O caso é desesperador, porque estamos em setembro (2009), mas ainda não recebi o mês de julho”.

Com um discurso emocionado, ela disse que se sente abandonada. “Você é a terceira pessoa que procura saber o que aconteceu comigo, porque das autoridades de Rio Bonito, eu não recebi sequer um telefonema. Nós fomos invadidos, desrespeitados, não nos deixaram falar, e ninguém, com exceção da coordenadora de Saúde Mental do município, Luciana Albuquerque, se mostrou solidário com a nossa situação”, lamentou.

Segundo Maria Luisa, “apesar de nós termos representantes no governo federal e estadual, O HCRB não tem nenhum suporte político. Parece que somos leprosos. Somos 700 pessoas, sendo 440 pacientes e cerca de 300 funcionários, mas estamos abandonados”, disse. Ainda de acordo com Maria Luisa, a diária de cada paciente é de R$ 31,00. “Desse valor nós temos que dar alimento, medicação, vestimenta, a equipe médica e técnica que cuida da saúde desse doente, entre outras coisas”. A forma que foi conduzida a fiscalização no HCRB, deixa Maria Luisa à vontade para acreditar que “tudo não passou de uma coisa orquestrada, porque filmaram, inclusive, locais que estão desativados. Tudo isso com a única intenção de nos desmoralizar”.

Sobre desospitalização, a diretora do HCRB acredita que essa ideia é apenas para o pobre, “porque quem tem dinheiro consegue internação em clínicas que cobram mil reais diariamente”. Sobre a fiscalização, Maria Luisa ironiza: “estiveram no Hospital, viram os pacientes maltratados e foram embora sem resolver o problema. Eles não poderiam sair e deixar os pacientes recebendo maus tratos!”. A diretora voltou a alfinetar as autoridades, dizendo que “nós não somos nada nesse município. Aliás, as pessoas discutem a saúde da região e deixam fora do debate os maiores hospitais da cidade, o Hospital Colônia Rio Bonito e o Hospital Regional Darcy Vargas. Eles tratam dos temas sem saber efetivamente o que está acontecendo nessas instituições”, concluiu.

Conclusão e reflexão

Antes de ser jornalista, eu sou técnico de enfermagem, área em que eu atuei por mais de 10 anos. Trabalhei, inclusive, no Hospital Colônia Rio Bonito e na Clínica de Repouso Ego, em Tanguá. As minhas passagens por essas instituições psiquiátricas, mais os anos de jornalismo e contato com disciplinas como Sociologia e Antropologia, me deram conhecimento suficiente para falar da realidade desses lugares, das pessoas envolvidas (pacientes, administradores e profissionais) e do interesse do governo para com esses lugares.

Concordo que os manicômios e hospitais psiquiátricos de toda e qualquer natureza devem ser desativados. Aliás, eu apoio a reforma psiquiátrica! Em 1995, quando eu, recém-formado, comecei trabalhar no HCRB, eu sempre defendi que os doentes mentais deveriam ser tratados com muito mais respeito e humanidade por todos nós. Mas, geralmente, aqueles que estavam acima de mim hierarquicamente, me chamavam de “louco”.

Por outro lado, acho muito cínica e intempestiva essa mudança, porque não estamos vendo seriedade por parte do governo na condução desse assunto, que envolve uma série de fatores extremamente importantes. Ao governo, eu faço apenas algumas perguntas: “E as fábricas de malucos, elas também estão sendo desativadas? O governo está atento a essa indústria perversa?”. Eu explico! Eu estou falando das drogas lícitas e ilícitas, que começam a ser utilizadas cada vez mais cedo; dos emagrecedores e moderadores de apetite; da eterna desigualdade social; da incorrigível falta de Educação; tudo isso coisas corriqueiras em nosso país. Isso também está sendo atacado? Eu não estou vendo. Será que alguém pensa ser o programa Bolsa Família a solução para os problemas do nosso país?

Outra questão: segundo informações dos organismos do Ministério da Saúde, os pacientes psiquiátricos estão sendo preparados para o convívio em sociedade. Acho isso louvável e muito bom! Eu defendo isso! Mas a sociedade está sendo preparada para o convívio com essas pessoas? As famílias desses doentes, quase sempre gente desajustada em todos os sentidos da vida... Elas estão preparadas para receber essas pessoas?

Eu gostaria de ver debates, também nessa direção, mas ainda não começaram. Tenho visto reuniões, mas como diria o ex-prefeito de Rio Bonito, Alcebíades Moraes Filho, o Bidinho, “quando você não quer resolver uma questão, marque uma reunião”. É o que, a meu ver, está acontecendo!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Homenagens e escolha da rainha marcam a solenidade de encerramento dos Jogos Estudantis de Rio Bonito

Flávio Azevedo

A estudante Bárbara Baêta, 16 anos, aluna do Colégio Rio Bonito, é a Rainha dos Jogos Estudantis de Rio Bonito (JERBs), edição 2011 (XIII). A escolha aconteceu durante a solenidade de encerramento dos JERBs que aconteceu na manhã do último sábado (10), no Ginásio Professor Maurício Hanna Badr, no Colégio Rio Bonito. A primeira princesa foi Ketine Correa, da Escola Municipal Castro Alves. Já Beatriz Borges, aluna do Colégio Cenecista Monsenhor Antonio de Souza Gens, foi escolhida como segunda princesa. Segundo a organização dos jogos, 14 meninas participaram da disputa. A escolha foi feita por cinco jurados.

Além da entrega das medalhas de 1º, 2º e 3º lugares, que foi dominadas pelas escolas públicas, a solenidade foi marcada por surpresas, homenagens e muita emoção. O secretário municipal de Esporte e Lazer, Ronen Antunes, anunciou a criação da “Medalha do Mérito Esportivo Maurício Badr”, em homenagem a um dos grandes incentivadores do esporte na cidade. Falecido no último dia 23 de julho, o homenageado era um amante do Esporte e construiu um dos maiores complexo esportivo do município.

Diretor do Colégio Rio Bonito por cerca de 30 anos, Dr. Maurício, como era mais conhecido, sempre investiu no esporte. Durante a sua gestão, o Colégio Rio Bonito sempre foi uma das unidades escolares mais vencedoras dos JERBs. Convidado para receber a honraria, representando a sua mãe, a professora Eunice Porto Badr, o empresário Marcelo Badr, filho do homenageado estava visivelmente emocionado.
– Nós sempre nos preparamos para esse momento, sabemos que a emoção sempre nos cerca, mas, hoje, eu confesso que desabei diante de tanta emoção. Eu fui informado que haveria uma homenagem, mas eu não sabia que seria algo tão significativo – comentou Marcelo que na oportunidade destacou os objetivos do saudoso Maurício Badr a frente do Colégio Rio Bonito. “Papai sempre comentou que a Educação tinha que ultrapassar a sala de aula. Por isso, ele sempre investiu e acreditou no Esporte e na Cultura”, analisou.

Outras homenagens

O atleta Rodrigo Souza, de 17 anos, que tem conquistado inúmeras medalhas em competições nacionais e internacionais de Taekwon-Do ITF, também foi homenageado com a medalha Maurício Hanna Badr. A sua última conquista foram duas medalhas de prata, nas categorias de luta e forma, por equipe, no 3º Campeonato Centro Sul-Americano de Taekwon-Do ITF, que aconteceu entre os últimos dias 5 e 6 de novembro, em Santiago, no Chile.

O Colégio Municipal Dr. Kingston de Souza Mota, no Parque Andréa; e o Colégio Rio Bonito, anfitrião do evento, também foram contemplados com a Medalha do Mérito Esportivo, por conta do destaque que alcançaram no XIII JERBs.

Outro homenageado foi o desportista e funcionário de carreira da Prefeitura Municipal de Rio Bonito, Ossian Silva, que recebeu das mãos do secretário, um certificado pelos serviços prestados ao Esporte da cidade desde 1988, quando se tornou funcionário da Prefeitura.
– Desde que aqui cheguei, eu sempre trabalhei na Secretaria de Esporte Lazer. No governo de Ayres Abdalla, por exemplo, a Secretaria de Esporte foi extinta, virou um departamento da Secretaria de Educação, e eu fui junto. Ou seja, sempre estive ligado a esse setor, onde pretendo permanecer até o momento de parar – comentou Ossian, ressaltando que para se qualificar melhor para o serviço que desempenha iniciou a faculdade de Educação Física.

Reflexão

Convidado para fazer uso da palavra durante a solenidade, o jornalista Flávio Azevedo, que fez parte do corpo de jurados que escolheu a rainha e as princesas dos jogos, citou o estudo da Organização das Nações Unidades (ONU) que sinalizou a importância do investimento na prevenção. “Para cada US$ 1,00 (um dólar) investido em prevenção, a administração pública economiza cerca de US$ 5,00 (cinco dólares) que poderiam ser empregados para remediar situações referentes a Saúde, Segurança, entre outras áreas”.

Ainda segundo o jornalista, muito se reclama dos poucos investimentos em Saúde, Educação, Segurança, Esporte, Cultura, Transporte, “mas não vejo as pessoas fazendo barulho para cobrar investimentos em prevenção”. Uma declaração polêmica, que em algumas ocasiões já criou polêmica, foi repetida pelo jornalista: “o mercado que mais cresce na nossa cidade e região é o tráfico de drogas... Penso que os investimentos direcionados ao Esporte e a Cultura é a única maneira de competir com essa indústria que está em franca expansão”, destacou.

Fleches da solenidade

As rainhas de cada escola


A equipe da Secretaria de Esporte e Lazer que realizou o evento


Pablo Roboredo, o Dj do evento

Doze de dezembro... O dia de Flávio Azevedo, o homem "dO TEMPO”!


No dia 12 de dezembro de 1974, às 12h20min, no Hospital Regional Darcy Vargas, em Rio Bonito nascia Flávio Azevedo Ribeiro. Filho do escritor, poeta e músico, Francisco Azevedo; e da dona de casa, Selma Braga Ribeiro. Desde cedo, Flávio sempre se mostrou inconformado com as coisas erradas da vida. Esse pensamento sempre marcou a sua formação física, mental, espiritual. Ávido por organização e defensor do “cada coisa em seu lugar”, Flávio nasceu e cresceu na Igreja Adventista do Sétimo Dia, onde exerceu vários cargos de liderança, sobretudo junto aos jovens.

Iniciou sua vida estudantil em 1982, no Colégio Estadual Barão do Rio Branco; onde estudou até a 3ª série. Em 1985, os seus pais o transferiram para o Colégio Rio Bonito, onde ficou até 1990, quando passou a estudar no Centro Educacional de Ensino Navega Creton (Colégio Municipal). Terminou o segundo grau em 1994, com a formação de Técnico de Enfermagem. Exerceu a profissão de 1995 há 2009. Ele trabalhou nessa função no Hospital Colônia Rio Bonito, Clínica Ego (Tanguá), Hospital Regional Darcy Vargas e Prefeitura Municipal de Rio Bonito (Secretaria de Saúde/Postos de Saúde e SAMU).

Em 20 de janeiro de 2000, casou-se com a biomédica, Melissa de Souza Moraes. Da união nasceu Lorena Moraes Ribeiro (24/11/2006). Em novembro de 2012 o casal se separou. Em março de 2013, o jornalista inicia um namoro com a professora e psicopedagoga, Wanduza Vasconcellos, com quem tem grandes planos para o futuro. A família, a namorada e o jornalismo são as grandes paixões da vida de Flávio, que acabou se tornando referência entre os jornalistas da cidade pelo seu jeito mais “ativista” de comunicar.
– Eu discordo inteiramente da ideia de que o jornalista não pode opinar. Isso me cheira a castração e uma forma velada de frear a liberdade de expressão. É extremamente frustrante não poder escrever uma matéria reflexiva, por isso virei dono do meu jornal, onde quem define as regras sou eu – afirma.

O sonho de infância de Flávio era ser apresentador do Jornal Nacional da TV Globo, sonho que ele, hoje, acha impossível ser realizado, apesar de exercer a função de jornalista, graduação adquirida na Universidade Estácio de Sá, campus Niterói. “O meu jeito ativista me desqualifica para trabalhar na grande mídia, geralmente comprometida e preocupada em preservar aquilo que eu geralmente critico e tento mudar”, diz Flávio Azevedo, que se notabilizou pelo viés firme, político e polêmico.

Carreira no Jornalimo

O ingresso de Flávio Azevedo no Jornalismo é curioso. Iniciou a carreira por conta do período que ficou desempregado. O começo foi no Informativo da Associação Comercial e Industrial de Rio Bonito (Ascirb), veículo para o qual ele vendia publicidade. Ficou por lá cerca de seis meses e saiu para exercer a mesma função no jornal Folha da Terra, onde virou jornalista. Como vendia muitas matérias corporativas, mas os jornalistas não reuniam tempo para escrever os textos, Flávio começou a rascunhar as matérias. O editor do jornal, Alfonso Martinez, notou o bom português e decidiu integrá-lo à redação.

A primeira matéria foi um acidente com um caminhão de telhas na entrada da ViaLagos (RJ-124), em Rio Bonito, para onde foi escalado por não haver outro profissional disponível. O editor criou a coluna “Ronda Policial”, onde Flávio narrava acontecimentos policiais registrados na delegacia de Rio Bonito (119ª DP). Nesse tempo ele ainda não estava na faculdade, que iniciou em 2006.

Em abril de 2008, Flávio Azevedo lançou, na rádio Sambê FM (98,7), o programa “O TEMPO EM RIO BONITO”. Por se tratar de um ano eleitoral, o programa logo caiu no gosto do ouvinte, se consolidou e, hoje, é referência de notícia da cidade. Ele ingressou no rádio, mas continuava atuando no jornal Folha da Terra e ainda mantinha a vida de profissional de enfermagem. Em 2009, porém, ele foi convidado pelo então presidente da Câmara Municipal, vereador Fernando Soares (PMN) para fazer a sua assessoria de imprensa.

No mesmo ano, Flávio Azevedo se desligou do jornal Folha da Terra, da enfermagem e para assumir a direção do jornal Gazeta Rio Bonito, que tinha como foco fazer oposição ao prefeito José Luiz Antunes (DEM). A ideia era criar um veículo que apontasse os pontos fracos da administração municipal e indicasse alguém que pudesse assumir a Prefeitura de Rio Bonito em 2013.

Entretanto, desavenças entre vereadores, que não concordavam com a postura independente do jornalista, que não aceita interferência, sobretudo política, nos seus textos (isso sempre foi respeitado pelo vereador Fernando Soares), fez com que o projeto naufragasse depois de 12 meses.

Já conhecido, respeitado e com a carreira consolidada, em Rio Bonito e região, Flávio Azevedo, decidiu encerrar a sua participação no jornal Gazeta Rio Bonito. Retornou ao jornal Folha da Terra, e lançou em abril de 2010, junto com o seu irmão, James Azevedo Ribeiro, o jornal “O TEMPO EM RIO BONITO”, que nasceu independente, sem financiamento público e sem bandeira política. Era uma extensão e resumo do programa “O TEMPO EM RIO BONITO”, que vai ao ar todos os domingos a partir das 9h.

Mostrando que estava inserido na Comunicação Social do município, em novembro de 2009, ele começou a apresentar na Super Rádio Tupi 1340 AM (Rio Bonito), o programa “Bate Bola Tupi”, que vai ao ar todas às segundas-feiras das 20h às 22h. Além do diretor do programa (Flávio Azevedo), a mesa do Bate Bola é composta pelos radialistas Cidinho Dumas, Lauro Aranha e Antonio José Vasconcellos, o Antonio Cabeça Branca.

Esse ano (2011), através das mídias sociais (Blog e Orkut e Facebook), Flávio passou a chamar todos os veículos que controlava, de “Grupo de Mídias O TEMPO EM RIO BONITO”. Os canais de comunicação têm milhares de seguidores, ouvintes, leitores e tem interferido de forma significativa na vida de Rio Bonito e cidades vizinhas. Com matérias inteligentes, reflexivas e quase sempre alguma polêmica, o jornal “O TEMPO EM RIO BONITO”, tem um corpo de colunistas ecléticos, colaboradores variados e os anunciantes crescem a cada edição. Tudo isso capitaneado por Flávio Azevedo, que é torcedor do Fluminense, tradicional clube de Laranjeiras .

A boa dicção e postura deram ao jornalista outra oportunidade: cerimonialista e apresentador de eventos públicos e particulares.
Por ocasião da posse do Conselho Comunitário de Segurança, no dia 5 de dezembro, onde passou ocupar a função de Diretor de Assuntos Comunitários, o presidente Bruno Soares definiu a importância dele (Flávio) para Rio Bonito. “Acredito que o nosso amigo Flávio Azevedo ainda não percebeu a importância dele para Rio Bonito. Talvez ele ainda não tenha notado que as suas colocações, as cobranças, a sua postura, a forma como conduz o noticiário local tem influência e define o rumo e o futuro da nossa cidade em vários aspectos – analisou Soares.

Como escreveu o advogado Luis Gustavo Siqueira Martins, presidente do HRDV e amigo particular do jornalista: “Flávio Azevedo, um homem aquém ao seu tempo”.