Quem circula pela
Região dos Lagos e Metropolitana consegue perceber quais são os municípios que
contam com maior ou menor representatividade política junto ao governo do
Estado do Rio de Janeiro. As ações do Estado em cada território deixam esse
cenário em evidência. Em Rio Bonito, por exemplo, as estradas da Prainha, Rio
Mole e Rio Seco (de Saquarema), que ligam a RJ – 124 (ViaLagos) a RJ – 106 (Rodovia
Amaral Peixoto), deixam evidentes que “há algo de podre no reino da Dinamarca”.
É que essas estradas
são asfaltadas somente dentro do território saquaremense. Exatamente no limite
com Rio Bonito a pavimentação acaba e inicia-se uma estrada de terra em péssimo
estado de conservação. O Grupo CCR ViaLagos, concessionária que administra a RJ
– 124, é acusado de fazer, junto ao governo do Estado, “lobby” contra o
asfaltamento total dessas estradas. É que com o asfaltamento dessas vias, os
motoristas terão maior facilidade para fugir do pedágio da Via Lagos, um dos
mais caros do Brasil e alvo de constantes reclamações dos usuários da rodovia.
Lobby pra lá,
conivência pra cá, falta de vontade política acolá, rabo preso de todos e/ou
tudo isso junto, não há como não achar estranho o asfaltamento dessas vias até
o limite dos municípios de Rio Bonito e Saquarema. Se os representantes
políticos da Capital do Surf conseguiram as melhorias para o seu território,
onde estão os representantes da “Cidade Risonha”, que a cada eleição sobem em
palanques, aqui e acolá, se dizendo amigos dos principais políticos do Estado
do Rio de Janeiro?
A amizade propagada e
anunciada em prosas e versos é pessoal ou uma relação institucional que visa o
bem-estar da população? Nessa reportagem, que produzimos na estrada da Prainha,
nós expomos essa clara barbeiragem da classe política da nossa Região em todos
os seus segmentos.
Concluímos que cada
ato político dos nossos representantes é um escárnio a nossa inteligência,
confirma a certeza de impunidade em nosso país e mostra que a classe politica
está de costas para o contribuinte. Todavia, tudo isso ocorre porque o eleitor
é um fanfarrão que acredita em qualquer lorota, oferece o voto a quem dá
cimento e dentadura; e se troca por qualquer R$ 50,00 e/ou alguns litros de
combustível. #flavioazevedo
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