O carnavalesco Leandro Vieira, campeão do Carnaval 2016 com a Estação Primeira de Mangueira. |
Enquanto muito se fala da tradição da Estação
Primeira de Mangueira, tradicional escola de samba da Zona Norte do Rio de
Janeiro, campeã do Carnaval de 2016, eu prefiro comentar a trajetória do
carnavalesco Leandro Vieira, até aqui um mero desconhecido. Com apenas 31 anos,
ele foi figurinista em várias escolas por cerca de 10 anos. Em 2015 obteve a
oportunidade ser carnavalesco da Caprichosos de Pilares. Fez sucesso, recebeu
prêmios, mas chegou a tradicional Mangueira na base do “não tem ninguém vai
você mesmo”.
Sem o brilho de carnavalescos
reverenciados como Paulo Barros, o novato implantou o seu trabalho, se tornou campeão
e, agora, integra a história da Estação Primeira de Mangueira e faz parte de um
seleto grupo de artistas do Carnaval do Rio de Janeiro.
Em entrevista ao G1, no último mês de
novembro, Leandro Vieira disse que o sucesso vem da determinação e da
capacidade de transformar em muito, o pouco que tem para se trabalhar. Ele
também disse que atua como se fosse mais um no barracão, e não o senhor das
alegorias, adereços e fantasias. Outra novidade é que o carnavalesco chegava ao
barracão da “Verde e Rosa” pela manhã e saia tarde da noite.
– Gosto de me misturar aos ferreiros,
aos escultores, aos carpinteiros. Sou mais um no barracão. As dificuldades não
me assustam. Comecei em escolas que não tinham praticamente nada para trabalhar
e a gente botava o Carnaval na rua. E na Mangueira vou fazer um Carnaval
competitivo, vou trabalhar para resgatar o orgulho do mangueirense na avenida –
garantiu Leandro, que certamente não imaginava ser campeão.
A história do carnavalesco Leandro
Vieira pode ser exemplo para quem está diante de novos desafios e decidido a
transformar sonhos em realidade. A essência do sucesso, observando a história da
nova sensação do Carnaval Carioca, é o trabalho, a simplicidade e o infalível “mãos
a obra”. Acrescento que 2016 é um ano de sucesso para inúmeras pessoas que
estão falando em renovação, mudanças e realizações. Todavia, não custa nada lembrar
que para vencer os modelos existentes é importante se misturar aos ferreiros,
aos escultores, os carpinteiros do dia-a-dia e ser sempre mais um no barracão.
#flavioazevedo
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