Flávio
Azevedo
Cabos
eleitorais dos partidos (PT, do PCdoB, do PV e do PSB), que formam a Frente
Popular, lançada nesta quinta-feira (26/06), em apoio ao candidato Lindbergh
Farias (PT) ao governo do Estado do Rio de Janeiro, acusam os agentes do Tribunal
Regional Eleitoral (TRE) de estarem a serviço do PMDB, ao tentarem impedir a
realização do evento, que aconteceu na casa de espetáculos Via Show, em São
João de Meriti, na Baixada Fluminense. Cerca de 20 fiscais do Tribunal Regional
Eleitoral (TRE) estiveram no local para fazer cumprir uma decisão judicial que permitia
acesso ao evento somente para pessoas filiadas aos partidos.
Antes de chegar
ao evento, Lindbergh questionou o motivo do TRE não ter impedido a convenção do
PMDB, que aconteceu no Centro do Rio.
– Eu só
queria perguntar se houve o mesmo procedimento arbitrário do TRE na convenção
do PMDB que aconteceu hoje. É um absurdo. Isso nunca aconteceu. Ninguém anda com
a carteirinha do partido em todos os lugares. Dois pesos e duas medidas – analisou.
O senador Lindbergh
chegou ao lado do deputado federal Romário, candidato ao Senado pelo PSB na
chapa do petista. No discurso, Lindbergh criticou a gestão Sérgio Cabral,
principalmente na área de segurança pública. Já Romário convocou a militância
para ir às ruas pedir votos para a chapa e ressaltou o apoio a Eduardo Campos
para presidência. “Nossa frente popular precisa tirar do poder essas pessoas que
não nos representam mais no estado”, numa referência a Sérgio Cabral, Pezão e o
PMDB.
A confusão
O imbróglio
aconteceu no início da convenção, que recebeu cerca de 20 fiscais do TRE. Houve
confusão e empurra-empurra. Informações veiculadas pela grande mídia noticiam
que tumulto começou quando a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) tentou
impedir a ação dos fiscais do TRE e teria dito que não cumpriria a decisão
judicial.
O TER informou
que vai processar a deputada federal por tentar impedir a fiscalização do
evento, mas a parlamentar comentou que é deputada e conhecedora das leis.
– Aqui é
uma convenção partidária que vai apresentar uma chapa do meu candidato ao
governo. E eu convido quem eu quiser. No “Aezão” não teve isso. Aqui é uma ação
política e não tem nada de ilegal – alfinetou Jandira, referindo-se ao evento
realizado pelo PMDB, no Rio, no último dia 05 de junho, em prol da candidatura
de Aécio Neves.
A decisão é
da juíza Daniela Barbosa, coordenadora estadual de propaganda eleitoral do TRE.
Segundo a nota divulgada pelo TRE, o ato foi convocado nas redes sociais, mas a
legislação proíbe encontros partidários abertos ao público. A juíza já havia
tomado a mesma decisão sobre uma reunião partidária de Anthony Garotinho no
Riosampa, válida para todos os pré-candidatos.
Ainda
segundo a nota do TRE, os responsáveis pelo evento e a deputada teriam incitado
“militantes a hostilizar fiscais do TRE, que vão ser processados por
descumprimento da ordem judicial”. O relatório do TRE será encaminhado, segundo
a nota, ao Ministério Público Eleitoral (MPE), que pode ajuizar ações por
propaganda antecipada e abuso do poder econômico.
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