Flávio Azevedo
| A noiva recebe a notícia que o noivo comparecerá no casamento marcado para aquele dia. |
“Artigo 121” é um espetáculo
apresentado pela CIA de Teatro Jeová Nissi que relembra as épicas tragédias gregas.
A trupe esteve na Assembleia de Deus Ministério Crescendo em Fé, no Centro de
Rio Bonito, no último dia 31 de maio. O espetáculo expõe ensinamentos
importantes para cristãos e não cristãos. No início da apresentação a igreja
está lotada e todos aguardam o desfecho da trama.
Tudo começa quando no
dia do seu casamento, uma noiva descobre que o seu noivo não virá à cerimônia. Para
confortá-la, o noivo manda para ela o Consolador, que ao chegar pede que a
noiva fique tranquila, porque o noivo não desistiu de casar, ele apenas adiou a
sua vinda. “Mas até a sua chegada, eu, o Consolador, estarei por perto para lhe
dar o suporte que você precisar”.
Além do Consolador, que
constantemente lê cartas que o noivo envia para a noiva, três damas são
designadas a fazer companhia a noiva: Fé, Amor e Esperança são os seus nomes. O
cuidado da noiva também é de responsabilidade de cinco personagens: o Pastor, o
Mestre, o Profeta, o Apóstolo e a Evangelista, um quinteto que vivem se
desentendo, inclusive, inculcam na cabeça da noiva que “o noivo está demorando porque
ele deve ter desistido do casamento”.
| Observados pelo jornalista investigativo (E), os guardiães da noiva arquitetam um plano para que ninguém saiba do desaparecimento do Consolador. |
Nesse interim, a
senhorita Esperança é misteriosamente assassinada. Um jornalista busca
informações sobre o crime e tenta associar a morte ao desaparecimento do
Consolador, situações que o quinteto tenta esconder. A senhorita Fé perde a
visão. As desavenças entre o quinteto é flagrante e o clima ruim faz a senhorita
Amor sentir muito frio durante as e constantes tentativas de apaziguar o clima
sempre tenso.
Já debilitada pela
cegueira, a senhorita Fé também é assassinada. Quem será o culpado? O Pastor, o
Mestre, o Profeta, o Apóstolo e a Evangelista são acusados pelos crimes e
também pelo desaparecimento do Consolador. A juíza já prepara a sentença quando
são surpreendidos pela confissão da noiva. O vestido branco está rasgado, sujo
e ela confessa ter se corrompido e matado a Fé e a Esperança, por não acreditar
mais no regresso do noivo.
Significados
| Ao descobrir que o noivo não virá para o casamento, a noiva é amparada pelo Consolador. |
Ele também deixou,
para animar a igreja (noiva), os pastores, os mestres, os profetas, os apóstolos
e os evangelistas (1º Coríntios 12:7-11). Mas como esses personagens estão
preocupados com os seus próprios afazeres (Ageu 1:9), a noiva se corrompe e
esquece o noivo. As suas vestes brancas, que representam pureza, agora estão
sujas e sem brilho, porque ela não é mais imaculada como antes. Parte dessa decadência
é responsabilidade dos pastores, mestres, profetas, apóstolos e evangelistas,
que além de provocarem o desaparecimento do Consolador (Espírito Santo) não
percebem que a noiva (igreja) está perdendo a sua pureza.
A paciência da Igreja
(noiva) vem da Fé e da Esperança, já que em Hebreus 11:1, o escritor diz que “a
fé é a certeza das coisas que se esperam e a convicção dos fatos que não se vê”.
A CIA Nissi
A CIA de Teatro Jeová
Nissi iniciou as suas atividades em Campinas, em abril de 2000. A partir de
então jovens de várias igrejas passaram a fazer parte do teatro inovador que
surgia nas congregações. Muitos abandonaram faculdade, trabalho, amigos e
família para cumprir o “ide e pregai o evangelho” (Marcos 16:15). São com
jovens como esses que a Companhia Jeová Nissi conta. São nove equipes esplahdas
pelo Brasil e pelo mundo. Há equipes na Rússia, Angola, países da Europa e em vários
estados brasileiros.
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| A Aldeia Nissi, na Angola lançou a campanha "Adote uma criança". |
Os artistas
não são remunerados e sobrevivem de ofertas recebidas durante as apresentações
ou por doações depositadas nas contas da companhia. Em vez de fazer apelos de
doações para manutenção da equipe, a CIA Jeová Nissi solicita doações para o
projeto Aldeia Nissi desenvolvido em Angola, que cuida de 600 crianças em Comuna
do Kunje, um dos lugares mais atingidos pela Guerra Civil angolana.

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