domingo, 20 de maio de 2012

Saúde de Rio Bonito – Padrões “europeus” ou “africanos”?

Flávio Azevedo

Os governos, federal e estadual, são incompreendidos, e, por vezes, chamados de “doidos” ou “tendenciosos” por darem nota 10 para a Saúde de Rio Bonito. Aliás, o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes disse em recente entrevista ao Bom Dia Rio (TV Globo) que a secretária de Saúde Maria Juraci Dutra, está “revolucionando” a Saúde de Rio Bonito.

Enquanto a situação colhe os louros da declaração do secretário, a oposição, até com certa razão, assegura estar sendo vítima de um complô que pretende esconder, entre outras coisas, as mazelas do setor (elas existem).

Não podemos deixar de destacar que não são poucas as pessoas que reclamam do nosso hábito de simplificar as coisas. Estamos falando de situações que parecem muito complexas, mas que na verdade quando se vai analisar a questão o bicho não é tão feito quanto parece. E mais uma vez faremos isso!

Vale destacar que governo e população analisam a Saúde de forma diferente. O viés utilizado por esses atores sociais são totalmente diferentes. Ao contrário dos usuários, o governo não centraliza as suas avaliações nas pessoas e profissionais. Ele analisa equipamentos.

Funciona assim: um município de cerca de 50 mil habitantes, que conta com um Centro de Tratamento de Câncer, uma UPA, um hospital equipado com CTI, Postos de Saúde com PSFs e ESFs (em quase todos os bairros), um Banco de Sangue, um Centro de Reabilitação, Banco de Leite Humano, Laboratório, CAPs, Clínica de Hemodiálise (CDR), Centro Odontológico, entre outros equipamentos, está sendo muito bem atendido pelo Serviço Único de Saúde.

Ah... Esses equipamentos não funcionam? Bem, aí é outro departamento que aos governos não interessa analisar.

Conclusão: Quando não consegue ver qualidade na Saúde oferecida, a população não está errada. Também não está errado o governo, quando insiste em dizer que a coisa não está ruim. Insistimos na tese de que as análises são feitas de maneira diferente. A população avalia as pessoas (profissionais), como vemos nos comentários escritos em mídias sociais, por exemplo; já o governo avalia prédios, equipamentos e recursos dispensados, como temos visto e ouvido nas declarações dos representantes do poder público!

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