quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Liminar permite Marcos Abrahão e Chiquinho da Mangueira assumirem seus mandatos na Alerj

O deputado estadual, Marcos Abrahão; é de Rio Bonito, agora, com dois representantes na Alerj.
O desembargador Rogério de Oliveira Souza, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), determinou nesta quinta-feira (13/02) – em decisão provisória – que dois deputados estaduais afastados dos mandatos após serem presos na Lava Jato devem ser empossados na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
"(...) Defiro a liminar no sentido de reconhecer aos Impetrantes o direito ao pleno exercício de seus mandatos de parlamentares da Legislatura de 2019/2023", escreveu o magistrado.

A decisão atende pedido feito em mandado de segurança pelas defesas dos deputados, Marcos Abrahão (foto) e Francisco Manoel de Carvalho, o Chiquinho da Mangueira. Ambos foram presos em 2018 durante a Operação 'Furna da Onça' – desdobramento da Lava Jato que levou 10 parlamentares para trás das grades.

O Ministério Público Federal (MPF) acusou os presos de receberem um "mensalinho" na Alerj. O esquema, segundo a Polícia Federal, movimentou mais de R$ 54 milhões.

Na decisão, o desembargador Rogério de Oliveira Souza, da 22ª Câmara Cível do TJ-RJ, também afirmou que, ao proibir o exercício dos mandatos, "a Alerj ingressou em seara aparentemente inconstitucional".

"Com efeito, não se discute que um Parlamento – seja ele federal, estadual ou municipal – possa, mediante processo administrativo hígido, perante o respectivo Conselho de Ética e votação perante seu Plenário, suspender o exercício ou, até mesmo, cassar mandato parlamentar", sustentou o magistrado.

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