Caixa Econômica Federal de Rio Bonito continua irritando clientes e usuários

Flávio Azevedo 

Sobretudo nos fins de semana, os caixas eletrônicos da CEF não funcionam quase que em sua totalidade.

Clientes e usuários da Caixa Econômica Federal (CEF) de Rio Bonito estão indignados com os serviços que estão sendo prestados pela agência. O assunto não é novo e começou em 2008, quando a Prefeitura, então governada pelo ex-prefeito José Luiz Antunes, fechou negócio com a CEF e transferiu a Folha de Pagamento dos servidores para a referida agência. Logo no primeiro mês os sinais de que o banco não reuniria condições mínimas de atender os cerca de 4 mil novos correntistas ficou evidente.

A questão gerou pendengas judiciais, se transformou em discurso político da oposição, mas cerca de seis anos depois, os servidores municipais continuam com as suas contas na CEF e sofrendo com os mesmos problemas. As dificuldades se agravam nos primeiros 10 dias de cada mês, quando os usuários da agência aumentam com a busca por recebimento de programas como Bolsa Família, benefício do INSS e outros recebimentos.

Na tarde do último dia 9 de março, um usuário que não conseguia usar os caixas eletrônicos, principal reclamação dos clientes da agência Rio Bonito, diante da situação insolúvel, apesar de aborrecido fez um comentário bem humorado.

– Cadê aquele banco que nós vemos na propaganda da televisão? Aquele que aparece no comercial dá até vontade de morar dentro dele. Essa agência aqui, porém, é sofrível! Quando chegamos aqui a realidade é totalmente diferente. Faltam caixas eletrônicos, não tem ninguém para orientar o usuário e, hoje, por exemplo, está um calor danado aqui, porque eles desligam o ar refrigerado do saguão – disse o usuário, mostrando a sujeira que tinha no interior da agência e na área dos caixas eletrônicos.

Ao ver o comentário do usuário, uma dona de casa que usava um dos caixas eletrônicos lembrou que o volume de caixas é até satisfatório, “o problema é que eles não funcionam”. Ela reiterou que “se todos os caixas funcionassem, eu não tenho dúvida que as pessoas não teriam dificuldades para fazer seus movimentos financeiros e a demora seria muito menor”. Ela acrescentou que “principalmente nos fins de semana os caixas eletrônicos ficam péssimos e geralmente não é possível fazer nenhuma operação”.

Já o comerciante Jonas de Souza, 34 anos, morador do Centro, comentou que acompanhou a esposa até a agência no último sábado (08/03) e encontrou a área dos caixas eletrônicos fechadas. “Eu não sei se depois eles abriram, mas por volta das 11h o portão estava fechado com uma corrente”, disse o comerciante que também fez um gracejo diante da situação.

– Rapaz, ontem era o Dia Internacional da Mulher, eu queria fazer uma graça com a minha esposa, combinamos uma comemoração, mas ela ficou tão aborrecida que não conseguiu fazer uma operação financeira aqui no banco que as nossas comemorações ficaram para outra oportunidade. Ou seja, eu saí no prejuízo – gracejou o comerciante.

Para a operadora de caixa, Antônia Maria Alves, 23 anos, moradora da Bela Vista, quem lucrou com a má prestação de serviço da Caixa Econômica Federal foram os outros bancos. Ela lembrou que muita gente faz logo uma Transferência Eletrônica Disponível (TED) ou um Documento de Ordem de Crédito (DOC) e acaba com o problema. “Quem fica no prejuízo é Caixa Econômica, porque depois de ter tantos clientes – aqui, por exemplo, a agência é responsável pelo pagamento do pessoal da Prefeitura – ela acaba vendo os outros bancos, que também não são nenhuma maravilha, o Bradesco, por exemplo, é horrível, fazendo financiamentos, empréstimos e vendendo outros serviços que poderiam estar sendo contratados na CEF”, analisou.