Texto: Flávio Azevedo
Fotos: Willian Teixeira
Fotos: Willian Teixeira
O incêndio começou nos fios de um poste no Centro do município. |
“É uma tragédia anunciada isso que estamos
vendo. Se não nos unirmos para cobrar das empresas prestadoras de serviço, principalmente
AMPLA e CEDAE, investimento e melhor atendimento ao riobonitense, a nossa cidade
vai entrar em colapso”. Com essas palavras o empresário e advogado, Gibran Elias
Mansur define o sentimento de boa parte dos riobonitenses em relação aos
seguidos incêndios em fios e postes que ocorreram no Centro de Rio Bonito nos
últimos dias. A prestação de serviço da AMPLA, concessionária que administra o
setor, também é alvo das críticas dos usuários de energia elétrica em todo
município.
Por volta das 11h30min dessa
quinta-feira (02/01), quem estava retomando as atividades, no Centro de Rio
Bonito, acabou percebendo que o novo ano recomeça com velhos problemas. Um
incêndio nos fios e poste localizados em frente a filial da Drogaria Santo
Antônio assustou transeuntes, motoristas, comerciários e comerciantes. No último
dia 28 de dezembro, um incêndio, também nos fios e poste, da Rua da Conceição, quase
em frente a GEM Imóveis, causou pânico e prejuízos.
– Aqui na Rua da Conceição o incêndio
ocorreu por volta das 9h de sábado (28/12). Ficamos todo o dia sem energia. Os
prejuízos foram enormes, porque não tivemos condições de trabalhar. Perdemos
equipamentos e principalmente clientes. Com a temperatura alta do jeito que
está, todos os aparelhos de ar refrigerado estão ligados no máximo, o que foi o
suficiente para sobrecarregar a rede e causar o incêndio – conta o empresário
Cláudio Miranda Portela, que faz um questionamento que é dele e de todos os
riobonitenses: “mas cadê os investimentos da AMPLA no município?”.
Bombeiros utilizando a viatura hibrida recém chegada ao Destacamento local controlaram as chamas. |
O crescimento de Rio Bonito é
flagrante, a implantação do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj)
em Itaboraí aqueceu o setor imobiliário riobonitense, mas os investimentos em
infraestrutura, sobretudo no fornecimento de energia elétrica, não acompanharam
esse crescimento. “A tendência é que esse cenário piore ainda mais, porque quem
está chegando a Rio Bonito, por conta do Comperj, são pessoas de bom poder aquisitivo,
gente que tem condições de pagar para ter conforto, casas e apartamentos climatizados
e para atrair esses clientes o setor comercial tem que seguir essa tendência, o
que aumenta o consumo principalmente no verão”, disse o programador Willian
Teixeira.
Profissional na área de informática,
Teixeira afirma que diferentemente de anos anteriores, hoje, toda casa tem pelo
menos um computador. “Com o forte calor que tem feito, as pessoas estão
comprando aparelhos de ar refrigerado e climatizando as suas residências, o que
é uma tendência da modernidade. Além disso, a situação econômica do país
permite que as pessoas das classes mais baixas façam esse investimento, que só
não é percebido pela empresa que fornece energia elétrica para a nossa cidade e
Região”, comenta o programador.
A sugestão do empresário Gibran Elias
Mansur é que o poder público assuma o seu papel de representatividade da
população e busque as soluções.
– Sabemos que essa
questão não é de responsabilidade da Prefeitura Municipal, mas os nossos
representantes precisam liderar a sociedade civil na luta por essas melhorias.
A cidade caminha para um colapso e esses incêndios demonstram que não é exagero
nosso pensar dessa maneira. Eu já conversei com alguns vereadores sobre isso, tenho
certeza que a prefeita Solange está sensível a esses problemas e esperamos
soluções – disse o empresário.
Serviço Público oriundo do Setor Público ou de seus Concessionários, Ó , é sempre deste tamanhinho
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Não quero tirar a responsabilidade da concessionária, mas já prestaram a atenção no emaranhado de fios nos postes? Cabos de gatonete, fios telefonicos e das várias empresas de internet que junto com as de gatonet ligam seus aparelhos na rede elétrica sem nenhum critério. Acredito que os incendios nos postes sejam causados pelos equipamentos ligados indevidamente na rede elétrica.
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