quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Divisórias de uma rodovia pode salvar vidas

Flávio Azevedo 
O estado de destruição do guard rail mostra a importância desse dispositivo.
A diferença entre uma rodovia que oferece, ou não, segurança aos seus usuários foi comprovada na tarde do último dia 8 de janeiro, quando um caminhão, placa de São Gonçalo, da transportadora Transguirio, se acidentou no km 304 da BR – 101 Norte, próximo a Casa de Fogos Santo Antônio. De acordo com o motorista do caminhão, o motivo do acidente foi o estouro de um dos pneus. O veículo colidiu e arrancou cerca de 20 metros do guard rail (proteção que divide as pistas) antes de parar. Com a violência do acidente, o eixo dianteiro se soltou e acabou parando perto do eixo traseiro. O acidente, sem vítimas, aconteceu por volta das 18h.

Ainda segundo o motorista, o caminhão, que transportava utensílios domésticos, seguia para a localidade de Manilha, em Itaboraí. Segundo uma testemunha que viu o acidente, “o motorista perdeu a direção e se não fosse a proteção o acidente poderia ter tido um desfecho muito pior”.
– Foi tudo muito rápido e caso não houve essa proteção, o caminhão, que não estava correndo muito, teria invadido a pista contrária e uma desgraça poderia ter acontecido. Já pensou se o caminhão atravessasse para o outro lado? Poderia atingir uma família que está viajando de férias, alguém que está trabalhando, ou seja, poderia ter acontecido uma desgraça – comentou.

Comparação

Os aspectos desse acidente lembra o que vitimou, na RJ – 124 (ViaLagos), no último dia 14 de dezembro, a professora Verônica Campos Corrêa Romagnoli (44) e o seu filho, Marcos Corrêa Romagnoli (17). Eles foram atingidos por um caminhão guincho. O motorista teria perdido o controle do veículo por conta de falhas mecânicas. Como a rodovia ainda não dispõe de divisória, o caminhão invadiu a pista contrária e bateu de frente no veículo em que viajavam mãe e filho, que morreram instantaneamente.

Através da sua assessoria de imprensa, a CCR ViaLagos lamentou as vidas perdidas e esclarece que “por conta de uma renegociação contratual entre a concessionária e o governo do Estado do Rio de Janeiro, foi iniciada, no começo de 2013, a instalação de dispositivo de segurança de separação das pistas”, o que comprava ser necessária as divisórias entre as pistas e que os reclamantes estavam certos.

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