Flávio Azevedo
O estado de destruição do guard rail mostra a importância desse dispositivo. |
A diferença entre uma rodovia que
oferece, ou não, segurança aos seus usuários foi comprovada na tarde do último dia 8 de janeiro, quando um caminhão, placa de São Gonçalo, da
transportadora Transguirio, se acidentou no km 304 da BR – 101 Norte, próximo a
Casa de Fogos Santo Antônio. De acordo com o motorista do caminhão, o motivo do
acidente foi o estouro de um dos pneus. O veículo colidiu e arrancou cerca de
20 metros do guard rail (proteção que divide as pistas) antes de parar. Com a
violência do acidente, o eixo dianteiro se soltou e acabou parando perto do
eixo traseiro. O acidente, sem vítimas, aconteceu por volta das 18h.
Ainda
segundo o motorista, o caminhão, que transportava utensílios domésticos, seguia
para a localidade de Manilha, em Itaboraí. Segundo uma testemunha que viu o
acidente, “o motorista perdeu a direção e se não fosse a proteção o acidente
poderia ter tido um desfecho muito pior”.
– Foi tudo
muito rápido e caso não houve essa proteção, o caminhão, que não estava
correndo muito, teria invadido a pista contrária e uma desgraça poderia ter
acontecido. Já pensou se o caminhão atravessasse para o outro lado? Poderia atingir
uma família que está viajando de férias, alguém que está trabalhando, ou seja,
poderia ter acontecido uma desgraça – comentou.
Comparação
Os aspectos
desse acidente lembra o que vitimou, na RJ – 124 (ViaLagos), no último dia 14
de dezembro, a professora Verônica Campos Corrêa Romagnoli (44) e o seu filho,
Marcos Corrêa Romagnoli (17). Eles foram atingidos por um caminhão guincho. O
motorista teria perdido o controle do veículo por conta de falhas mecânicas.
Como a rodovia ainda não dispõe de divisória, o caminhão invadiu a pista
contrária e bateu de frente no veículo em que viajavam mãe e filho, que
morreram instantaneamente.
Através da sua assessoria de imprensa,
a CCR ViaLagos lamentou as vidas perdidas e esclarece que “por conta de uma renegociação contratual entre a concessionária e o governo
do Estado do Rio de Janeiro, foi
iniciada, no começo de 2013, a instalação de dispositivo de segurança de
separação das pistas”, o que comprava ser necessária as divisórias entre as
pistas e que os reclamantes estavam certos.
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