Flávio
Azevedo
A foto do acidente é de Gabriela Torres/ Inter TV |
A
professora Verônica Campos Corrêa Romagnoli, de 44 anos, e o seu filho, Marcos
Corrêa Romagnoli, de 17 anos, morreram na manhã desse sábado (14/12), na RJ –
124 (ViaLagos). Segundo informações do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) da
Polícia Militar, a professora, que dirigia um Fiat Palio Weekend de placa não
revelada, viajava na pista de subida (sentido Cabo Frio), quando colidiu de
frente com um guincho de placa e empresa não revelados.
A colisão
aconteceu na altura do quilômetro 28, próximo ao Museu Arqueológico, em
Araruama. O guincho, que trafegava no sentido oposto, segundo informações
oficiais, teria perdido o controle do caminhão por conta de uma falha mecânica.
O veículo avançou em direção a pista contrária e atropelou o carro das vítimas.
O impacto foi tão forte que o carro entrou embaixo do reboque até o banco
traseiro, matando mãe e filho, instantaneamente. O motorista do guincho não foi
identificado.
Repercussão
Esse é mais
um acidente que está sendo atribuído a falta de muretas centrais da ViaLagos,
rodovia que contabiliza inúmeras mortes por conta da falta desse equipamento. O
assunto tem sido tema de inúmeras discussões políticas e o volume de críticas à
falta das muretas é grande em todos os lugares.
Nas mídias
sociais o acidente foi o assunto do fim de semana. Muitas despedidas, lamentos
e comentários bem pertinentes, como o texto escrito pela também professora
Regina Dário. Ela escreveu: “Transitamos
diariamente nas estradas pontuadas por caça níqueis, pedágios, pardais,
lombadas eletrônicas, sanguessugas fardados etc... Infelizmente, o que deveria
ser a razão maior: "poupar vidas”, fica no segundo plano. Se as
autoridades observassem mais as condições dos carros que circulam em péssimas
condições, talvez o número de acidentes fosse menor. Lamento muito. Descansem
em paz, Veronica e Marcos”!
A
ViaLagos se manifesta
As obras que estão acontecendo na ViaLagos. |
Através da sua assessoria de imprensa,
a CCR ViaLagos lamenta as vidas perdidas e esclarece que por conta de uma renegociação contratual entre a Concessionária e o
Governo do Estado do Rio de Janeiro, com
foco em melhorias na segurança da rodovia, foi iniciada no começo deste
ano a importante obra para a instalação de dispositivo de segurança de separação
das pistas.
Os serviços contemplam o alargamento
das pistas nos dois sentidos para a instalação de divisória, com a construção
de um novo sistema de drenagem e o recapeamento do pavimento, a implantação de
uma nova sinalização vertical (placas) e horizontal (pintura de faixas) e, por
fim a instalação do dispositivo de segurança.
Ainda segundo a nota, até o final do
primeiro semestre de 2014, a divisória metálica será instalada nos 53
quilômetros da rodovia. A concessionária lembra também, que desde o
início da concessão, a CCR ViaLagos investiu R$ 307 milhões em obras, que
geraram mais segurança e conforto para os usuários, e contribuíram para redução
de 32% no número de acidentes.
Nota da redação: Rio Bonito lamenta
mais uma tragédia que poderia ter sido evitada se a RJ – 124 (ViaLagos) já contasse
com as "reclamadas" muretas centrais. Aliás, reivindicação tão antiga
quanto o pedido por um viaduto na localidade de Três Coqueiros, onde diariamente
os moradores da Viçosa, Rio Seco, Catimbau, Mata e Tomascar se arriscam para
alcançar o outro lado da rodovia. O momento é de tristeza; deixamos, aqui, os nossos
sentimentos a família enlutada; mas mesmo sabendo que as obras de melhorias estão
em andamento, não podemos deixar de repetir a nossa clássica e nunca respondida
pergunta: “quem será o próximo?”.
Um absurdo o preço desse pedágio e não apresenta separação de concreto das pistas. E ninguem faz nada.
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