Flávio
Azevedo
Fraternidade
e Tráfico Humano: esse é o tema da Campanha da Fraternidade (CF) de 2014,
promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O lema “É para
a liberdade que Cristo nos libertou”, é baseado no capítulo 5 do livro de Gálatas
5. O objetivo geral da CF é identificar as práticas de tráfico humano em suas
várias formas e denunciá-lo como violação da dignidade e da liberdade humana,
mobilizando cristãos e a sociedade brasileira para erradicar este mal, com
vistas ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus.
Segundo o
padre Luis Carlos Dias, assessor da CF, o tráfico de pessoas é um problema que
existe há muito tempo, mas só agora está sendo acompanhado pela sociedade que
entende ser essa atividade um atentado contra a dignidade.
– Na história
da CF é a primeira vez que se aborda o tema do tráfico humano. Apesar do
gigantismo da estrutura deste crime organizado, só recentemente a sociedade em
geral começou a conhecer a gravidade deste problema social e a mobilizar-se
para seu enfrentamento – afirma.
Desde o
último mês de setembro a CNBB disponibilizou o texto-base da Campanha, com
informações e estatísticas sobre a questão do tráfico humano, obtidas em órgãos
oficiais e organismos internacionais, sobretudo da Organização das Nações
Unidas (ONU) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). No Brasil, foram
analisados dados do Ministério da Justiça, que apontam que este tipo de crime está
presente em todos os Estados, com mais de 240 rotas de tráfico.
O
lançamento da Campanha da Fraternidade será na quarta-feira de cinzas
(05/03/2014), uma data bastante propícia. De acordo com o padre Luis Carlos, a
CF é realizada na quaresma, tempo litúrgico que se apresenta como um itinerário
de conversão para os cristãos em vista da celebração da Páscoa. Ele acrescenta
que “por meio da Campanha da Fraternidade, a Igreja quer ampliar o âmbito de
conversão para que este convite não permaneça alheio aos grandes problemas que
nos atingem na vida em sociedade, especialmente aos irmãos e irmãs mais
necessitados”.
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