Flávio
Azevedo
O
Ministério da Saúde divulgou nos últimos dias de 2013, que o número de casos de
Diabetes no Brasil está crescendo. A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e
Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) revelou um
aumento de 40% da doença desde 2006. Segundo um levantamento feito ano passado,
o percentual de pessoas que se declararam diabéticas passou de 5,3% para 7,4% nesse
período. A capital com maior percentual de diabéticos é São Paulo (9,3%),
seguido de Curitiba (8,4%), Natal (8%) e Porto Alegre (8%). Os menores índices
estão em Palmas (4,3), Macapá (4,9), Manaus (4,9%) e Porto Velho (5%).
O
avanço da diabetes está relacionado ao excesso de peso, falta de exercícios
físicos, má alimentação e ao envelhecimento da população que está vivendo mais.
A pesquisa aponta que 75% do grupo de brasileiros convivendo com o
diabetes estão acima do peso. Ainda segundo a pesquisa, em 2012, pela primeira
vez na história o número de pessoas com sobrepeso superou a metade da
população, chegando a 51%.
– Os hábitos
de vida dos brasileiros sofreram uma profunda mudança nos últimos anos, que
estão provocando o aumento de doenças crônicas, entre elas o diabetes. Temos
trabalhado para preparar o sistema de saúde para lidar com este novo quadro,
com ações como a ampliação do acesso aos medicamentos para controle das doenças
– declarou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha ao saber dos resultados do
Vigitel.
Expansão
da diabetes
De
acordo com o Vigitel, o diabetes é mais comum em mulheres (8,1%) do que em
homens (6,5%). Outro estudo revela também que a escolaridade é um
fator importante de prevenção: 3,8% dos brasileiros com mais de 12 anos de
estudo declararam ser diabéticos, enquanto 12,1% dos que têm até oito anos de
escolaridade dizem ter a doença.
O
crescimento ocorreu em todas as faixas etárias, porém, na faixa de 35 a 44 anos
o aumento foi mais significativo: 26,6% de 2006 a 2012, ano em que o percentual
de brasileiros, nessa faixa etária, que declararam ter diabetes foi de 3,9%. Em
2006, esse o volume de pessoas era de 2,9%. Outra faixa de destaque foi a de 65
anos ou mais, que passou de 19,2% para 22,9%, entre os anos de 2006 e
2012.
O que é Diabetes
Os alimentos sofrem digestão no intestino onde se transformam
em glicose, substância que é absorvida pelo sangue. A glicose no sangue é usada
pelos tecidos como energia. A utilização da glicose depende da presença de
insulina, uma substancia produzida nas células do pâncreas. Quando a glicose
não é bem utilizada pelo organismo ela se eleva no sangue o que chamamos de
HIPERGLICEMIA. Diabetes é a elevação da Glicose no sangue: HIPERGLICEMIA.
Há três tipos de Diabetes:
tipo 1, tipo 2 e Gestacional. A Diabetes
tipo 1 também é conhecida como “Diabetes Insulinodependente, Diabetes Infanto-Juvenil
e Diabetes Imunomediado. Neste tipo de diabetes a produção de insulina do
pâncreas é insuficiente pois suas células sofrem o que chamamos de destruição
autoimune. O diabetes tipo 1 embora ocorra em qualquer idade é mais comum em
crianças, adolescentes ou adultos jovens.
No caso da
Diabetes tipo 2, também chamado de diabetes não insulinodependente ou diabetes
do adulto e corresponde a 90% dos casos de diabetes. Ocorre geralmente em
pessoas obesas, com mais de 40 anos de idade embora na atualidade se vê com
maior frequencia em jovens, em virtude de maus hábitos alimentares,
sedentarismo e stress da vida urbana.
A presença de
glicose elevada no sangue durante a gravidez é denominada de Diabetes
Gestacional. Geralmente a glicose no sangue se normaliza após o parto. No
entanto, as mulheres que apresentaram diabetes gestacional possuem maior risco
de desenvolverem diabetes tipo 2 tardiamente, o mesmo ocorrendo com os filhos.
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