A partir de agora devemos ser todos Rio Bonito

Flávio Azevedo

O pavilhão (bandeira) azul e branco que representa Rio Bonito.

O volume de gente que está me ligando (o que eu tenho com isso?) para externar a insatisfação com a vitória da ex-prefeita Solange Almeida é muito grande. Devo informar aos descontentes que ela foi eleita com 15.964 votos. Outros 13.544 escolheram Matheus Neto e 5.730 preferiram Marcos Abrahão. Entretanto, 886 votaram em branco, 1.256 anularam o voto e 6.151 se abstiveram.

Sinceramente, eu sou da opinião que esses 8.293 eleitores é que deveriam estar ouvindo essas reclamações e não eu. O resultado também não foi o que eu desejava, mas a partir de ontem, às 17h, o vermelho, o verde e o amarelo devem se transformar no azul e branco, as cores de Rio Bonito (bandeira).

Vamos aproveitar o suposto bom trânsito que a futura chefe do Executivo riobonitense tem com governador para ver se ele consegue responder as célebres cinco perguntas de interesse do riobonitense.

A primeira é até quando os policiais da 119ª DP e da 3ª CIA da PM vão continuar argumentando que a reclamada insegurança é motivada pelo efetivo diminuto de policiais. Mudar isso é atribuição do Estado do Rio de Janeiro.

A segunda pergunta é “onde estão os 30km de asfalto que foram prometidos por ele na Praça da Bandeira, quando esteve na cidade, em campanha, no dia 14 de outubro de 2009?”. Se ele não lembra, foi aquele dia em que os insatisfeitos topiqueiros roubaram a cena e ele rapidamente se retirou.

O terceiro questionamento é sobre a escola técnica, também atribuição do estado, que precisa ser implantada no município para capacitar e qualificar os nossos jovens que buscam as vagas de trabalho geradas pelo Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj).

A quarta pergunta é relacionada ao famoso convênio da Prefeitura com o Detran, para que o município reúna condições de ordenar o fluxo viário e o trânsito da cidade. Ainda dentro desse assunto, a saída do Detran daquele cubículo na Rua Desembargador Itabaiana de Oliveira para um local mais amplo também poderia ser pensada.

E por último, mas não menos importante, ele precisa responder por que passou a perna nos políticos locais (todos), que concordaram com a entrega da nossa água para a CEDAE, mas os benefícios prometidos e cantados em prosas e versos (por exemplo, o abastecimento de água para o 2º Distrito), ainda não aconteceram e não existe nenhuma expectativa de que irão acontecer a curto ou médio prazo.