Flávio Azevedo
O Trânsito de Rio Bonito está insuportável, mas os hábitos agressivos e egoístas dos "maltoristas", que parecem viver num eterno "Need For Speed", são irritantes e beiram a falta de Educação. |
De acordo com inúmeros e-mails e telefonemas que chegam a nossa redação, a falta de abastecimento de água se mantém como um dos grandes problemas de Rio Bonito em suas quatro extremidades. Que o riobonitense sempre sofreu com essa questão nós sabemos, mas diante das tantas reclamações, que tendem a piorar no verão, não podemos deixar de agradecer aos nossos políticos por terem, de maneira unânime, entregado a nossa água a CEDAE. Isso aconteceu há cerca de um ano. O argumento para a atitude entreguista foi que o serviço iria melhorar e que a água chegaria ao 2º Distrito, o que até agora não aconteceu.
Também estamos ouvindo muitas reclamações sobre a Segurança. A argumentação é que por conta do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), muitas pessoas de outros centros e regiões do país estão sendo atraídos para os municípios satélites ao empreendimento. O objetivo da migração pode ser trabalhar ou roubar. Contudo, desde 2005, quando nós começamos ouvir falar do Comperj e os seus impactos, ninguém (município, estado e federação) moveu uma palha amenizar as questões que envolvem esse tema.
Fica muito nítido que enquanto os nossos políticos (parecem viver em outro planeta) não dão a devida atenção a esse tema (por preguiça ou desinteresse), boa parte da população sofre de uma “idiopatia” grave. Essa afirmativa pode ser feita sem maiores sobressaltos por qualquer pessoa, porque diante das medidas coercitivas (o agente de trânsito, por exemplo) que precisam ser implantadas, boa parte da sociedade se mantém reticente e apresentam como argumento a manutenção de um modo de vida pacato que já não existe há muito tempo por aqui.
Diante desse cenário pavoroso, onde políticos e povo estão preocupados com o próprio umbigo (vide a compra de votos no período eleitoral), nós podemos concluir, sem receio de estarmos sendo levianos, que enquanto estivermos querendo amarrar o nosso cavalo na porta do comércio em que iremos fazer compras (como acontecia há cerca de 50 anos), as medidas organizadoras não irão acontecer ou encontrarão oposição, sobretudo por parte daqueles que lucram com a desordem.
Que Deus ilumine a cabeça dos próximos governantes. Que eles não pensem apenas em voto e em benefícios próprios. Que a prioridade seja crescer de forma ordenada, progredir de maneira responsável e se desenvolver com sustentabilidade. Que a população cobre dos novos governantes, a criação de postos de trabalho e não de emprego. Que lutem por interesses coletivos e não individuais. Que a grita seja por ações técnicas e não a concessão de boquinhas na máquina pública!
Como diria o trecho da música “Normalista”, de Nelson Gonçalves, “o negócio é esperar”.
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