Flávio Azevedo
Até quando os bancos ficarão calados? Será que realmente os tempos são outros? Quem viver verá! |
A lucratividade de bancos como Bradesco e Itaú caiu. Embora o Itaú tenha um lucro superior ao do Bradesco, o índice de rentabilidade é menor em relação ao Bradesco. O Itaú anunciou essa semana, ter registrado lucro líquido recorrente de R$ 3,4 bilhões no terceiro trimestre de 2012. Uma queda de 13% em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com um dos executivos do Itaú, Rogério Calderón, a redução dos resultados no terceiro trimestre pode ser atribuída a “receitas menores, associadas a um mix de crédito de preço menor”, referindo-se às taxas de juros mais baixas – o que vem acontecendo no mercado bancário nacional desde abril, acompanhando a redução da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic.
O que o noticiário da grande mídia está se esquecendo de informar é que isso nada mais é do que o resultado da pressão feita pela presidenta Dilma Rousseff (PT) sobre as instituições financeiras. A presidenta pediu redução das taxas de juros, mas os bancos não atenderam. Diante da negativa, a presidente determinou que os juros dos bancos estatais (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) fossem reduzidos.
Sem poder competir com as instituições estatais, os executivos das agências privadas se viram obrigadas a reduzir as suas taxas de juros. Diante desse cenário positivo para o povo brasileiro, não vai demorar os bancos iniciarem, através da mídia corporativa (Veja, Época, O Globo, Folha), a publicação de matérias denunciando escândalos e corrupção na presidência da República. O objetivo? Simples! Lançar descrédito sobre o governo que está diminuindo os absurdos lucros de bancos e banqueiros para um patamar que ainda precisa ser muito mais reduzido.
É lógico que nenhuma das mídias dominantes dará essa informação com esse viés. Entretanto, fica muito nítido que o governo de D. Dilma, vai sim, muito bem obrigado (ainda falta bastante coisa). Todavia, a grande mídia não tem nenhum interesse em mostrar os acertos do governo, porque esses acertos não beneficiam as forças dominantes (ou dominadoras?) do nosso país.
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