Flávio Azevedo
Com a presença de representantes das localidades de Bandeirantes e Vila Côrtes (Tanguá); Caxito, Lucilândia e Silva Cunha (Silva Jardim); e Monteiro Lobato, Parque Andréa, Praça Cruzeiro, Rio Vermelho e Basílio (Rio Bonito), foi empossada a nova diretoria da Federação das Associações de Moradores de Rio Bonito e Municípios Vizinhos (FAM-RB). A eleição aconteceu na Câmara Municipal de Vereadores de Rio Bonito na tarde do último sábado (26/11). Na oportunidade também aconteceu o Congresso com as associações de moradores dos municípios da FAM-RB.
Os trabalhos foram dirigidos pelo presidente da FAM-RB, José Balbino. O evento contou com as presenças do consultor do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), Carlos Alberto Monteiro Rego, que falou sobre os impactos do empreendimento da Petrobras para as comunidades da região; e do presidente da Federação das Associações Moradores do Estado do Rio de Janeiro (Famerj), Wilson Bighi Fernandes, que abordou os desafios do movimento comunitário e a conjuntura política e organizacional das associações de moradores.
Comperj gera polêmica
Enquanto o representante do Comperj (foto acima) deixou nas entrelinhas que os municípios não estão se preparando para absolver os impactos, positivos e negativos, da refinaria que está sendo construída em Itaboraí; o presidente da Famerj (foto abaixo) comentou que a Petrobrás chega, causa impactos terríveis para as cidades da região, mas não contribui o suficiente para ajudar os municípios a administrar essas questões.
– Esses investimentos são muito grandes para a nossa região, mas pouca gente percebe isso. Muitos se enganam achando que esses empreendimentos trazem desenvolvimento e crescimento. Na verdade, o que eles fazem é inchar as cidades da região.
Infelizmente, os nossos governantes, ou não percebem essa questão, ou não dizem nada porque acabam ficando reféns das promessas que nunca chegam – disse Wilson Fernandes.
Mostrando ser realmente um assunto controverso, o consultor do Comperj, que atua na gerência de relacionamento externo da Petrobras, disse que é comum as pessoas terem um entendimento equivocado da petrolífera, que cuida da extração de petróleo e o seu refino.
– A Petrobras não produz pontes, ruas, hospitais, escolas, policiais e coisas dessa natureza. É comum vermos algumas pessoas com expectativas equivocadas da Petrobras. Essas melhorias, que concordamos ser urgentes, são ações de responsabilidade dos governos, municipal, estadual e federal, não da Petrobras, que desenvolve projetos e ações compensatórias para ser realizadas em parceria com os governos – frisou Carlos Alberto, afirmando que as prefeituras precisam desenvolver projetos nessa direção e também saber buscar recursos que a petrolífera destina para esses fins.
Dos vereadores, apenas o presidente da Câmara, Marcus Botelho (PR), esteve presente. Nenhum pré-candidato, dos três municípios representados no evento, compareceu a solenidade. Também esteve presente a secretária municipal de Meio Ambiente, Carmem Motta.
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