Flávio Azevedo - Reflexões
Diante das inquietações de muitos riobonitenses sobre os investimentos públicos e os rumos da política municipal, eu não posso deixar de propor esse texto. Penso que a nossa cidade, talvez, seja a mais carente de “saneamento básico” no estado do Rio de Janeiro. No Facebook, um amigo faz uma pergunta intrigante e provocante. Ele diz: “Até quando Rio Bonito vai viver nessa vida de fantasia, de ilusão, ao invés de sermos referêcia na Saúde, na Educação, em uma cidade que cresce? Querem ser referência em coisas ilusitórias enganando o povo e a eles mesmos, me respondam até quando?”
Bem, diante desse questionamento intrigante, que penso ser compartilhado por muitos riobonitenses (e por mim também), eu não posso me furtar de dizer que Rio Bonito só será referência de qualquer coisa, quando o seu povo for referência de alguma coisa, o que, infelizmente, está longe de acontecer! A nossa marca é a busca por vantagens pessoais e a luta por ações que nos favoreça individualmente (nunca coletivamente).
Quando quem está no poder nos favorece, nós ficamos, inclusive, cegos para as irregularidades e atos falhos (sempre em nome do “estou defendendo o meu) do nosso suposto benfeitor. Mas qual o preço disso? Não é barato e quem paga caro somos nós!
Enfim, quando predominar na nossa sociedade, o desinteresse partidário; o desapego aos esquemas e boquinhas; e a recusa ao hábito venal de entregar o voto por R$ 50,00 (quantia que deve ser aumentada nas próximas eleições), certamente seremos referência em Saúde, Educação, Esporte, Cultura, Transporte, Emprego, Geração de Renda, Dignidade, Habitação, Ordenamento Urbano etc. Ou seja, seremos referência política!
Considero um erro debater as mazelas da nossa sociedade de maneira transcendente, como se nós não fizéssemos parte do processo. Defendo a ideia de que nós precisamos falar e pensar coletivamente! Tentar se esquivar do erro que nós não praticamos, mas é predominante no meio em que vivemos, é permitir que esse erro continue. É o que acontece, por exemplo, nas favelas, onde menos de 1% opera na marginalidade, mas os 99% de pessoas boas “não querem se envolver”.
Olhar para o próprio umbigo é um defeito do ser humano (todos nós somos assim), e nas cidades interioranas, talvez, por conta de um convívio quase familiar (todos se conhecem) esse comportamento é mais explícito. Aliás, o bom e velho "não é comigo" – por covardia ou precaução – contribui significativamente para que o Brasil esteja carente de mudanças que sabemos ser urgentes!
Concluindo, enquanto não houver um SANEAMENTO BÁSICO na cabeça de quem vota e é votado, a nossa realidade continuará essa que achamos que precisa mudar, mas nunca muda!
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
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