sábado, 22 de junho de 2019

Motos barulhentas continuam infernizando a vida dos riobonitenses

Flávio Azevedo
Motos barulhentas infernizando as noites riobonitenses tem sido uma reclamação constante da população. A última reportagem que construímos sobre esse assunto, redigida há cerca de dois anos, trouxe o depoimento de um funcionário da Casa São Vicente de Paulo. Ele comentou os sustos e incômodos que o barulho submete os idosos. A situação piorou e alcançou toda população. Enquanto nas mídias sociais a população cobra providências, a Secretaria Municipal de Ordem Pública segue fingindo que não é com ela. 

Qualquer postagem sobre o tema nas mídias sociais suscita comentários e testemunhos que deixam claro serem as reclamações o clímax da irritação das pessoas. A postura dos motoqueiros atenta, inclusive, contra a própria integridade deles, uma vez que parte dos motoqueiros não usa os equipamentos de proteção, andam em alta velocidade e empinam acintosamente suas motos.
– Existe governo? A Praça da Bandeira (no Mercado Municipal) está virando uma cracolândia de respeito, digna de cidade grande. Toda semana é uma facada, uma foiçada, fora as cenas de sexo e ninguém faz nada. A cidade está sem comando e a Guarda Municipal, por sua vez, nada faz – comenta o internauta Márcio Peclat.

Opinião similar tem a internauta, Darcy Ribeiro. Ela comenta que chega ficar com raiva “quando esses mal educados passam empinando e fazendo um barulho infernal”. Para o internauta, Jony Oliveira; “há também a culpa dos pais, que não dão educação adequada”. Ele acrescenta que “muitos desses barulhentos são menores” e questiona “como um pai permite o filho de menor andar de moto ou tem coragem de presentear o menor com uma moto?”.

O professor Arnupho frisa que as motos “barulhentas e sem placa por vezes desfilam diante da delegacia dando boa note aos policiais e bai-bai para Guarda Municipal”. O internauta, Maicom Robert; frisa que entregadores também estão ajudando a “infernizar o ouvido das pessoas” e sugere devolver a encomenda caso o entregador chegue com moto barulhenta.
– Se eu peço algo e chega aqui fazendo barulho eu mando devolver na hora. Já até liguei para um estabelecimento daqui da Serra do Sambê que mandou um motoboy com uma moto barulhenta avisando isso – destaca. Acompanha a ideia de Robert a internauta Sabrina Silva. “Eu aqui há muito tempo já faço isso. Se for moto barulhenta eu não recebo a encomenda”, destaca também Mônica Santos.

O internauta Robson Luz aproveita a ocasião para lembrar que “isso é o que as blitz de Lei Seca e Detran deveriam fiscalizar”. Pensa igual o internauta, Isaque Alves; que recomenda fiscalização, apreensão e lembra que muitos desses motoqueiros fazem competição entre eles. “O que as autoridades teriam a dizer sobre poluição sonora?”, questiona Isaque, acrescentando que “o barulho incomoda uma criança que pode estar dormindo, um idoso doente e ninguém toma providências”.
Outro depoimento convincente que expõe a dificuldade que está exposta nessa reportagem foi oferecido pela comerciante Patricia Carvalho. Ela narra o impacto do barulho na saúde de quem trabalha exposto às motos barulhentas.
 – Agora quem vai falar só eu. Para quem não me conhece eu sou a Tia do Churros. Trabalho quase todas as noites em frente ás Lojas Cem. Eu e todos os ambulantes, clientes, enfim, os moradores; não suportamos mais. Eu estou doente dos nervos a ponto de ter que parar de trabalhar. Tem hora que eles (os motoqueiros) passam em grupo de 10 motos enfileiradas e a competição é quem faz mais barulho. Enfim é o retrato de uma geração sem limites e da cultura da falta de respeito – escreve Patrícia, acrescentando que trabalha na rua há 16 anos “e posso garantir quê a coisa tomou uma proporção absurda do ano passado para cá”.

Moradora da Av. Sete de Maio, no Centro, Simone Dumas; classifica Rio Bonito como “uma cidade sem lei”. Ela revela que “principalmente nos finais de semana as disputas de qual moto faz mais barulho é absurda”. 
– Antigamente eram os carros com o som alto, agora essas motos. Não podemos contar com a Guarda Municipal e nem com a Polícia Militar. Rio Bonito está ficando uma cidade sem lei mesmo – descreve.

Também chega reclamação do bairro Green Valley, onde a moradora Letícia Souza diz ver crianças pilotando motos. Ela descreve as ruas do bairro como “pista de corrida”.
– Segunda-feira feira teve uma batida bem enfrente a minha casa. O motoqueiro bateu no muro e fez o maior buraco. Não tem necessidade disso. As motos, além do barulho, são pilotadas por crianças. Não sei como a mãe tem coragem de deixar uma criança sair de casa pilotando uma moto. Depois vão chorar porque será tarde. Que Deus olhe por esses adolescentes – finaliza.

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