terça-feira, 18 de junho de 2019

Bauernfest de Petrópolis é exemplo para municípios atrasados por apego a cultura ‘pangaré’

Flávio Azevedo
Petrópolis, a Cidade Imperial, sobretudo na área do Palácio de Cristal e seus arredores, virou, outra vez, um burgo alemão. É a 30ª edição da Bauernfest ou simplesmente: “a Festa do Colono Alemão”. Os alemães descendem dos germanos, um dos povos 'bárbaros' que tomaram a maior parte do território do Império Romano junto com francos, suevos, vândalos, burgundios, saxões, ostrogodos, entre outros. Por conta das muitas guerras na Europa um grupo de alemães decidiu se mudar para o "Novo Mundo" e aportaram no Brasil em meados de 1800. Foram, inclusive, recebidos pelo imperador D. Pedro II, abrigados num galpão, em Niterói; até que chegaram a Região Serrana do Rio de Janeiro.

Esse ano a Bauernfest de Petrópolis, que teve início nessa sexta-feira (14), se estende até 30 de junho. A influência germânica inspira uma programação repleta de atividades culturais e danças folclóricas que resgatam as tradições desses colonizadores, além da culinária típica, a diversão no Baile do Fritz e o principal: as cervejas e chopes de todos os tipos. Os visitantes gastam apenas o que consomem nas centenas de barracas espalhadas pelo perímetro do evento, pois a entrada é franca.
Nesse sábado (15), por exemplo, rolou o tradicional desfile de lanternas, o concurso de chope a metro, entre outras atrações. Embora o ponto principal da Bauernfest de Petrópolis seja no Palácio de Cristal, a Praça da Liberdade e a Praça da Águia, ambas no Centro Histórico, também tem programação (nos fins de semana), destaque para a feirinha de artesanatos e comidas variadas na Praça da Águia.

O observador mais atento consegue entender de pronto que a interação entre poder público e iniciativa privada é essencial para que o Turismo seja forte. Quando esses setores andam de mãos dadas e, na mesma direção, é possível oferecer um evento organizado, atrativo, bem divulgado, e, principalmente, que envolve muita gente da cidade de variados setores e classes sociais, o que fortalece a economia local.
Que fique a lição para os municípios do Rio de Janeiro que pensam em investir no Turismo e não sabem por onde começar, porque não têm competência para explorar suas habilidades. A verdade é que não é preciso inventar nada! A regra para o sucesso é igual em qualquer lugar e/ou negócio. E no caso de Rio Bonito, por exemplo, ao se falar de Turismo a receita de bolo está pronta: é preciso identificar as potencialidades, planejar, se organizar, tirar o rei da barriga, realizar e fomentar.

Vamos em frente!

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