Flávio Azevedo
Cerca de 500 pessoas saíram do ponto de concentração, por volta das 18h30min, para a manifestação que foi recebendo adeptos ao longo do percurso. |
Uma noite épica... Uma
ocasião especial... Uma data (19/06/2013) que muito pode representar para Rio
Bonito. Estamos falando da mobilização de pessoas, que em número próximo ou
superior a mil indivíduos, marcharam em passeata pelas principais ruas da
cidade com o objetivo de chamar as autoridades, municipais, estaduais e
federais; e a própria sociedade, à responsabilidade. Composta por jovens em sua
esmagadora maioria, a marcha teve início na Padaria Japão, percorreu a Ruas Dr.
Mattos, Getúlio Vargas, XV de Novembro, Conceição e concluiu no fim da Av. Sete
de Maio, no posto de combustíveis.
Ten. Cel. Wagner Guerci e Major Otto Manato |
Entre os participantes do
evento, todo tipo de queixa e inconformismo podia ser encontrado. Se inicialmente
a motivação era reclamar o aumento das tarifas do transporte público do
município, reajustadas em janeiro de 20013, pelo Decreto 001/13 do poder
Executivo, outras cobranças também foram vistas. Os superfaturamentos das obras
de construção dos estádios que serão utilizados na Copa do Mundo; a PEC 37, que
se aprovada restringe o poder de investigação do Ministério Público; e em
esfera local, a situação da Biblioteca Municipal, mal acomodada sobre o
Supermercado Tinoco.
Cartazes criticando o salário
diminuto dos servidores municipais; o aumento irrisório aprovado pelos vereadores
há algumas semanas; o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos
servidores do município, que ainda não foi implantado; o Trânsito de Rio
Bonito; e até o grande volume de policiais que a cidade recebeu (os manifestantes
ironizavam perguntando por que não tem esse volume de PMS (38) todos os dias), foram
temas questionados na ocasião.
Se a marca da mobilização
foi a presença maciça de crianças, adolescentes e jovens, os adultos e até
pessoas já com cabelos brancos também deram o ar de sua graça. Em frente ao
Botequim MiraSauer, estabelecimento localizado próximo ao Cemitério Central, os
manifestantes foram aplaudidos de pé por quem ainda curtia a vitória da Seleção
Brasileira sobre o México (2x0). Os manifestantes ficaram agradecidos, mas
gritaram: “vem, vem pra rua vem!”. Um dos momentos mais marcantes aconteceu na
Praça Fonseca Portela, quando o Hino Nacional Brasileiro foi cantado por um
coral de mil pessoas.
Para aqueles que não
puderam participar, porque teriam recebido ordens de não ingressar na
mobilização por questões político-partidárias, os manifestantes gritaram: “essa
luta é por vocês também!”. Um dos organizadores da mobilização confirmou que alguns
amigos seus foram orientados a não ingressar na mobilização por trabalharem na
administração pública. Indignado, ele ressalta que “o cidadão, sobretudo quem
não dependem de cargos políticos para sobreviver, precisa ir às ruas em
manifestação, porque é exatamente esse estado de coisas, essa política
revanchista e coronelista, do “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, que precisa
ter um fim”.
Encerramento da caminhada na Av. Sete de Maio, no posto de combustíveis. |
A coordenação do evento se reuniu e definiu nova manifestação para o próximo sábado (22/06), às 10h30min. |
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