Flávio Azevedo
Na última edição de “O TEMPO” (nº 27/junho), na matéria “Faltam Médicos e Respeito”, nós contamos a história de um casal que passou maus bocados para ver o filho nascer. Ao casal humilde e sem posses foi dada a notícia, durante o pré-natal, que ela não reunia condições físicas de ter a criança através de parto natural. O preço do parto cesariano era R$ 6 mil. Outro médico procurado cobrou R$ 1,5 mil. O valor também era muito para o casal.
Fizemos essa apuração enquanto escrevíamos a matéria “Faltam Médicos e Respeito”. Em nossa apuração conversamos com um jovem que acaba de ser pai. Indignado, ele narra a sua história. Um relato cruel, que confirma as nossas apurações e conclusões quanto a falta de respeito a quem depende dos serviços de Saúde. De acordo com o nosso entrevistado, que trabalha como motoboy, a sua esposa fez o tratamento pré-natal no Ambulatório Municipal Manoel Loyola Silva Júnior. Próximo ao fim da gestação, o médico que acompanhou a sua esposa em todo pré-natal diz que ela não tem condições de parir de forma natural e informa que o custo do parto cirúrgico é R$ 6 mil.
Desesperados por não ter o dinheiro para o pagamento do parto, o casal recorre aos favores políticos. A pessoa que se prontifica a ajudar arruma um médico que cobra R$ 1,5 mil pelo procedimento. O valor também é inviável para os futuros pais, que ficam sem saber o que fazer. Segundo o motoboy, na última consulta, o médico descobre que o casal buscou outro profissional, não fica nada satisfeito e avisa a paciente para ela procurar o HRDV quando sentir as contrações que avisam a proximidade do parto.
As contrações chegam e conforme orientação médica, a gestante busca o HRDV. O plantonista, apesar de ser informado, pelo casal, que o médico que fez o acompanhamento pré-natal disse que o parto natural não seria possível, prefere esperar. De acordo com o motoboy, o médico que fez o pré-natal estava no plantão, mas sequer olhou para mulher ou orientou o colega sobre o quadro da gestante, que só foi operada no dia seguinte.
terça-feira, 3 de julho de 2012
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É um caso simples de ética médica.
ResponderExcluirA ética acima da vida!
A vida abaixo do dinheiro!
O dinheiro acima de seu criador!
Seu criador - o dispensável!
O dispensável, jás agonizante!
A ética acima de tudo!
deuses da ética imoral e ilegal, mas que é indiscutível!
Poço sem fundo...